No início de janeiro de 2025, a Zumbo FM Notícias noticiou que a Montepuez Ruby Mining não havia disponibilizado os fundos de 2024 para as comunidades locais, devido à situação política do país. Este atraso gerou apreensão, visto que os recursos provenientes dos impostos pagos pelas mineradoras são cruciais para o financiamento de projetos comunitários em Montepuez.
Isaura Máquina, administradora do distrito, comentou sobre a questão durante uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, nesta quarta-feira, 19.02.2025, na cidade de Pemba. Ela afirmou que, apesar de a liberação dos fundos estar ocorrendo de maneira gradual, ainda há uma pressão constante para que o governo central atenda às necessidades do distrito.
"Os fundos já estão a ser disponibilizados de forma palotina. Recebemos alguma parte tardia, mas estão a ser disponibilizados. Nós também estamos a pressionar ao nível provincial, ao nível central, e nesta conjuntura toda, para que os fundos sejam disponibilizados a tempo, porque a nossa guerra aqui é que até ao meio deste ano esses fundos sejam disponibilizados ao completo para que as atividades aconteçam e possamos responder cabalmente às nossas comunidades", explicou Isaura.
Embora não tenha especificado a porcentagem exata dos fundos liberados, Isaura afirmou que grande parte já foi disponibilizada. Contudo, ela destacou os impactos negativos causados pela demora.
"Toda demora traz impactos negativos. Se tu tens um programa e os fundos não se disponibilizam naquele momento, com certeza tu tens os desafios, impactam negativamente. Não tem como dizer que não, isso dá impacto negativo. Como, por exemplo, as expectativas das comunidades que tinham na resolução dos problemas locais. O que deveria ser resolvido não foi resolvido dentro dessas prioridades que a própria comunidade tinha previsto", lamentou.
Isaura também explicou que os fundos, que representam 2,75% dos impostos pagos pela Montepuez Ruby Mining, não são provenientes diretamente da empresa, mas sim do governo central, que disponibiliza esse valor após a cobrança dos impostos.
"Os fundos 2.75% saem dos impostos das minerações, do que é pago pelo trabalho de mineração que acontece, neste caso, pela Montepuez Ruby Mining. Os 2.75% não vêm diretamente da Montepuez Ruby Mining para as atividades comunitárias de Namanhubir. Eles vêm do Estado, através do imposto pago pela mineradora à Autoridade Tributária, e o governo central, por meio do orçamento, disponibiliza esses 2.75% para as atividades de Montepuez", esclareceu.
A administradora também comentou sobre a desigualdade no desenvolvimento entre as comunidades do distrito, mencionando a necessidade de garantir que todos os postos administrativos sejam igualmente beneficiados.
"A nossa perspectiva é que não só beneficie a comunidade de Namanhubir, como tal, mas também as outras comunidades que estão impactadas ao nível do distrito. Para evitar essas desigualdades, Namanhubir está a crescer exponencialmente, enquanto outras localidades não estão a sentir os benefícios. Então, surge uma nova discussão", destacou.
Por fim, Isaura ressaltou a importância de garantir que os fundos sejam disponibilizados de forma regular para que os projetos possam ser concretizados, beneficiando assim as comunidades.
"A nossa missão é discutir com o governo central, com as finanças ao nível central, para a disponibilização desses valores, seja de forma regular e atenta ao distrito, para que esses projetos sejam executados no distrito e as comunidades percebam que aquilo que priorizaram de fato está a acontecer", concluiu. (x)
Por: António Bote
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O diretor da organização não-governamental moçambicana Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), Adriano Nuvunga, afirmou que a presença das tropas ruandesas em Moçambique é ilegal e precisa ser esclarecida pelo Estado moçambicano. Nuvunga falava aos jornalistas esta quarta-feira,19.02.2025, na cidade de Pemba, provincia de Cabo Delgado, durante a Conferência Anual de Coesão Social, levantando questões sobre a soberania nacional e o futuro da segurança no país.
“Enquanto estamos todos agradecidos pela presença dos ruandeses, estamos agradecidos, não há dúvidas em relação a isso. A população de Cabo Delgado está agradecida pela forma como ajudaram a debelar a situação. Mas a presença deles é ilegal no país neste momento. É ilegal a presença desses homens. E eu repito: eles ajudaram, mas é ilegal a sua presença. Não houve nenhuma resolução da Assembleia da República que autorizasse a entrada dessas forças estrangeiras em Moçambique. É ilegal a sua presença. Não só ilegal, como também não está claro por quanto tempo estarão em Moçambique, o que ganham por estar aqui e qual é o plano que o Estado moçambicano tem para a substituição desta necessidade que teve de trazer os ruandeses”, declarou.
Nuvunga destacou que a soberania nacional não pode estar constantemente dependente de forças estrangeiras. “A nossa soberania não deve estar continuamente de estrangeiros. Moçambique é uma nação forte, uma nação orgulhosa”, frisou.
O diretor do CDD defendeu que a questão deve ser levada ao Parlamento para um debate sobre a base legal da presença das tropas ruandesas, a duração da sua permanência e os custos para Moçambique.
“A primeira coisa é que é preciso que os jornalistas, nós como sociedade civil, a sociedade moçambicana, façamos uma intervenção ou uma interrogação ao Estado. Afinal, qual é a base legal da presença desses homens aqui no nosso país? Esse é o primeiro ponto. O segundo é: por quanto tempo? Essas perguntas devem ser colocadas na sede própria, que é o Parlamento. Os parlamentares devem discutir esta questão: se deve legalizar a presença deles com um calendário muito claro e este calendário para a sua saída do país. Quanto custa a presença deles? Quanto custa aos moçambicanos? Não existe parte nenhuma de 'almoço grátis'. Eles estão aqui, saíram do país deles até aqui porque há um benefício qualquer que eles têm. Então, qual é esse benefício que eles têm? E por que não se utiliza esses recursos para melhorar o nosso exército?”, questionou.
O ativista sublinhou ainda as dificuldades enfrentadas pelos militares moçambicanos.
“Nós sabemos que há muitos jovens que estão dispostos a combater pela nossa pátria. Por que não se melhoram as condições deles? Os nossos militares não têm botas adequadas, não têm alimentação adequada, não têm seguro de vida, não têm o básico para terem orgulho de estarem lá a dedicarem as suas vidas para lutarem pela nossa pátria. Por que não se melhoram as condições desses? E qual é o calendário para que isso aconteça?”, acrescentou.
O diretor do CDD alertou ainda para o histórico das tropas ruandesas em outras regiões.
“Enquanto por um lado esta tropa é vista internacionalmente como tropa agressora na região de Kivu-Norte, na República Democrática do Congo, uma força que o M23, de março, neste caso, está a violar direitos humanos, está a propiciar uma das maiores crises humanitárias naquela região, aqui essa tropa é salvadora. Como e quais são aqui as contrapartidas disso? E é por isso que nós estamos a dizer que esta tropa que fez boa coisa, que ajudou na estabilização das comunidades, não há dúvidas em relação a isso. Mas agora já temos relativa estabilidade. Há condições para se iniciar um plano muito claro, com um calendário muito claro: primeiro, reforçar o nosso exército aqui, dar de comer aos nossos militares aqui, dar seguro de vida aos nossos militares, melhorar o seu salário, melhorar as suas condições para fazerem carreira militar e defenderem a nossa pátria. E, gradualmente, substituirmos os ruandeses. Os nossos recursos naturais vão servir ao nosso povo se forem protegidos pelos nossos filhos, pelos nossos irmãos, nossos sobrinhos, e não protegidos por uma força estrangeira”, concluiu.
Desde julho de 2021, as tropas ruandesas estão presentes em Moçambique, particularmente em Cabo Delgado, para auxiliar no combate aos insurgentes ligados ao extremismo islâmico. A intervenção foi amplamente elogiada por estabilizar regiões afetadas pelos ataques, permitindo o regresso de populações deslocadas. No entanto, a sua presença tem gerado debates sobre os custos, a legalidade e os interesses estratégicos por trás da cooperação militar entre Ruanda e Moçambique. A oposição e organizações da sociedade civil têm insistido na necessidade de um debate parlamentar para clarificar a permanência destas forças estrangeiras no território moçambicano. (x)
Por: António Bote
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Os membros da Associação dos Avicultores da província de Cabo Delgado acusam a atual direção de desviar fundos destinados ao desenvolvimento dos negócios dos associados. As denúncias surgiram no último sábado, 15 de fevereiro de 2025, durante um encontro que deveria eleger uma nova liderança. No entanto, a eleição não ocorreu devido à falta de condições organizacionais, o que gerou forte descontentamento entre os presentes.
Segundo os associados, os fundos destinados à capacitação e ao crescimento do setor avícola foram mal administrados, havendo suspeitas de apropriação indevida. Eles alegam que a direção promoveu formações fictícias para justificar o uso do dinheiro, sem gerar benefícios concretos para os membros.
“É uma vergonha o que a direção está a fazer com os membros! Tudo está no bolso, carimbo no bolso! Eu fui eleito para representar a associação, mas o que aconteceu foi um jogo de dividir para reinar. A associação recebeu financiamento e, quando o dinheiro entrou, correram para fazer formações em pequenos grupos, apenas para justificar que houve capacitação. Mas não foi para isso que fundamos esta organização! Quando o dinheiro acabou, os financiadores perceberam e simplesmente nos deixaram à própria sorte.” - denunciou António Jorge, membro da associação.
Outro associado, Mohammed Robiul, reforçou as críticas, afirmando que a gestão atual não trouxe benefícios concretos para os avicultores.
“Não digo que não fizeram nada, obviamente houve alguma ação, mas estamos aqui para falar a verdade. Precisamos nos organizar e tornar a associação forte. O que o Ministério diz no Parlamento é bonito na teoria, mas, na prática, não estamos a ver benefícios reais!” - afirmou.
Orlando Domingos, avicultor da cidade de Pemba, lamentou a falta de assistência e criticou a transparência na gestão dos fundos.
“Os apoios? Não vejo apoio nenhum! No passado, investi na criação de frangos para corte, mas nunca recebi assistência da associação. Dizem que há financiamentos, mas eu nunca ouvi falar deles. O dinheiro precisa ser canalizado com transparência, e não com esquemas obscuros!” - criticou.
O presidente da Associação dos Avicultores de Cabo Delgado, Yacoob Latifo, negou as acusações e desafiou os críticos a apresentarem provas de irregularidades.
“Essas acusações não têm fundamento! Eu vou mais longe: desafio alguém a apresentar provas de desvio de fundos! Não há nenhuma irregularidade! As nossas contas estão fechadas e em ordem.” - declarou.
Apesar da defesa da direção, os membros insistem na necessidade de uma reestruturação e maior transparência na gestão financeira, exigindo esclarecimentos sobre o destino dos recursos recebidos.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Programa de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte de Moçambique (PREDIN), que recebeu um investimento de 2 bilhões de dólares, está a enfrentar sérias dificuldades na sua implementação, alcançando apenas 30% de progresso após três anos de atividades.
Com uma duração de cinco anos, o projeto visa impulsionar o desenvolvimento e a resiliência nas províncias do norte do país, incluindo Cabo Delgado, Niassa e Nampula. No entanto, falhas na coordenação entre diversos parceiros responsáveis têm comprometido o andamento das ações planejadas.
A revelação foi feita pelo Presidente Executivo da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), Jacinto Loureiro, em declarações a imprensa, durante um evento realizado em Pemba, capital de Cabo Delgado, nesta terça-feira, 18 de fevereiro.
O evento teve como objetivo divulgar as novas atribuições da ADIN, bem como os mecanismos de coordenação revisados, alinhados à aprovação do Decreto nº 85/2024, que reformula o Decreto nº 9/2020 e estabelece novas diretrizes para o funcionamento da agência.
“O PREDIN é um projeto com um investimento substancial de 2 bilhões de dólares, aproximadamente 2 mil milhões de meticais, mas a execução está a apenas 30%. Embora tenha o apoio de vários parceiros, a falta de uma coordenação eficaz entre as agências responsáveis é o principal obstáculo para o progresso”, afirmou o Presidente da ADIN.
O projeto envolve diversas iniciativas nas áreas de infraestrutura, agricultura e capacitação, com o objetivo de promover a estabilidade e o desenvolvimento nas regiões do norte de Moçambique, que enfrentam desafios significativos, como a insurgência armada e dificuldades econômicas. No entanto, três anos após o seu lançamento, o progresso de apenas 30% evidencia as dificuldades de alinhamento e colaboração entre as entidades envolvidas.
O Presidente Executivo da ADIN fez um apelo para a aceleração da execução dos projetos, observando que alguns apresentam um índice de execução inferior a 5%.
“É urgente que aceleremos a implementação de certos projetos, que estão paralisados ou com um progresso muito lento, alguns projectos estão com execução financeira de 5 %. Como ADIN, estamos a trabalhar incansavelmente para garantir que o desenvolvimento da região norte seja mais eficiente e que a população possa sentir os impactos positivos”, acrescentou.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Os transportadores que percorrem a Estrada Nacional 380, a principal via que conecta os distritos do norte de Cabo Delgado, como Macomia, Muidumbe, Mocímboa da Praia e Palma, enfrentam uma realidade de constante medo e insegurança devido aos recorrentes ataques terroristas na região.
A estrada, crucial para o transporte de grandes cargas e o desenvolvimento local, tem se tornado um caminho perigoso, colocando em risco tanto os transportadores quanto os passageiros.
Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, esta segunda-feira (17.02.2025), Cassimo Salimo, presidente da Associação dos Transportadores de Cabo Delgado, relatou as difíceis condições enfrentadas pelos profissionais do setor de transporte.
“Viajar pela EN 380 tornou-se um ato de coragem. Nossos motoristas estão aterrorizados, temendo que cada viagem possa ser a última. Não há segurança garantida em nenhum momento”, afirmou Salimo.
A fonte também enfatizou que, apesar dos riscos, muitos transportadores continuam a realizar as viagens devido à necessidade de sustentar suas famílias.
“Estamos indo, mas de forma voluntária e arriscada. As pessoas precisam do ganho diário, mas a cada quilômetro o medo aumenta. Precisamos de uma resposta imediata do governo”, completou.
Nos últimos meses, a situação se agravou com a colocação de explosivos artesanais ao longo da EN 380, colocando em risco não apenas os transportadores, mas também os passageiros que dependem dessa via para suas atividades diárias. A estratégia de ataques tem gerado pânico e incerteza, prejudicando a circulação de bens essenciais e afetando a economia local.
Salimo fez um apelo às autoridades para uma ação mais eficaz na garantia da segurança da estrada.
“Esperamos que o governo tome medidas urgentes para garantir que possamos realizar nossas atividades sem riscos. Precisamos de segurança para trabalhar e sustentar nossas famílias. A situação é insustentável e exige uma resposta mais forte”, concluiu.
A EN 380, que também é estratégica para os projetos de exploração de gás natural na Bacia do Rovuma, desempenha um papel vital no comércio e no transporte de bens essenciais. No entanto, a crescente insegurança tem forçado os motoristas a adotar medidas de precaução extremas, ao mesmo tempo em que enfrentam a constante ameaça de emboscadas e ataques de grupos armados.
O ataque mais recente ocorreu no último sábado, 15 de fevereiro de 2024, na aldeia de Natandola, localizada entre Muidumbe e Mocímboa da Praia.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Presidente da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), Jacinto Loureiro, alertou que a possível suspensão de projetos financiados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) pode comprometer significativamente o progresso da região norte de Moçambique.
A USAID tem investido cerca de 4,2 milhões de dólares em diversas iniciativas na região, abrangendo áreas como desenvolvimento comunitário, fortalecimento econômico e apoio a populações vulneráveis. No entanto, a incerteza sobre a continuidade desse financiamento levanta preocupações quanto ao impacto no crescimento socioeconômico da província.
A preocupação foi expressa por Jacinto Loureiro nesta terça-feira, 18 de fevereiro de 2025, durante um evento de divulgação das novas atribuições e mecanismos de coordenação da ADIN. O encontro ocorreu no contexto da aprovação do Decreto nº 85/2024, de 25 de novembro, que revisa o Decreto nº 9/2020, de 18 de março, estabelecendo novas diretrizes para o funcionamento da agência.
"A USAID tem vários projetos em Cabo Delgado, com um investimento de 4,2 milhões de dólares. Não estamos a dizer que estamos em condições de avançar sem a USAID, mas trabalhar com a sua parceria seria muito melhor." - Afirmou Jacinto Loureiro.
Apesar da incerteza quanto à manutenção do apoio, o Presidente da ADIN destacou a importância da agência norte-americana como um parceiro estratégico para o desenvolvimento da região.
"Assim, contamos com todos os parceiros e aguardamos uma posição oficial sobre a USAID, reconhecendo que é um grande aliado no desenvolvimento de Cabo Delgado e de Moçambique." - Acrescentou.
A eventual suspensão do financiamento pode afetar diretamente programam voltada à reconstrução de comunidades afetadas pelo conflito armado, à criação de oportunidades de emprego e ao fortalecimento das economias locais.
A ADIN reforça a necessidade de colaboração entre o governo, organizações internacionais e o setor privado para garantir a continuidade dos projetos estratégicos, considerados essenciais para o desenvolvimento sustentável do norte do país.
A Agência de Desenvolvimento do Norte foi criada em 2020, no contexto do extremismo violento na província de Cabo Delgado, para a promoção de ações de caráter multiforme, visando o desenvolvimento socioeconômico das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte do país.(x)
Por: Bonifácio chumuni
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A cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, vive um clima de crescente insegurança devido à onda de assaltos que atinge, principalmente, os moto-taxistas da urbe.
Em entrevista à Zumbo FM Notícias, nesta quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025, moto-taxistas relataram o aumento das agressões e a sensação de constante medo devido à onda de assaltos.
Miguel Mussa, de 34 anos, que trabalha há mais de cinco anos como moto-taxista na cidade, relatou.
“Trabalhamos com medo o tempo todo. Os assaltos estão cada vez mais frequentes, e a cada dia estamos mais expostos.”
Segundo Mussa, os criminosos agem com total ousadia, intensificando a violência e deixando as vítimas cada vez mais vulneráveis.
“Perdi a conta de quantas vezes fui assaltado ou vi colegas sendo vítimas. Já tivemos motos roubadas, e nem sempre conseguimos recuperar os bens”, lamentou.
João Alberto, de 30 anos, também moto-taxista, afirmou que a insegurança tem afetado diretamente o setor de transporte na cidade.
“A situação está insustentável. A cada semana, mais motoristas são atacados. Ninguém se sente seguro, e o trabalho está se tornando cada vez mais perigoso”, declarou.
Além da violência, a falta de iluminação pública em várias áreas da cidade tem sido apontada como um dos principais fatores que contribuem para os ataques.
Pedro Fernandes, que trabalha em um dos pontos mais afetados, sugeriu ao Conselho Municipal de Pemba que invista na melhoria da iluminação pública.
“As ruas não têm boa iluminação, e algumas estão em péssimas condições. Se houvesse mais investimentos em segurança e iluminação, muitos pontos vulneráveis aos criminosos seriam evitados”, sugeriu.
Em resposta à crescente onda de violência, outro moto-taxistas, Kelvin Ernesto, pediu aumento no patrulhamento policial para reduzir os ataques.
“A Polícia da República de Moçambique (PRM) precisa intensificar a fiscalização nas áreas mais afetadas”, destacou.
Na última segunda-feira, 17 de fevereiro, durante uma conferência de imprensa, a PRM de Cabo Delgado reconheceu o aumento de casos de criminalidade na cidade e expressou preocupação com a segurança da população. A polícia garantiu que continuará a trabalhar para melhorar as condições de segurança e evitar novos ataques.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A informação foi avançada nesta quarta-feira 19 de Fevereiro de 2025, pelo porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, após a realização da V Sessão Ordinária do Conselho de Ministros na cidade capital de Moçambique.
Inocêncio Impissa avançou que, há um trabalho que está sendo feito pelo Governo e os sectores económicos, para avaliar e analisar a probabilidade da redução do custo de vida no país.
"Sobre o custo de vida, é importante esclarecer que o exercício de redução dos custos de produtos essênciais de quaisquer que sejam, sua excelência Presidente da República a poucas horas fez referência, a necessidade e fazer analise para ver aonde pode aliviar efetivamente o custo de vida para as populações, para que as devidas populações tenham a capacidade de pelo menos ter o básico. Não posso adiantar de facto mas há um trabalho que está sendo feito, pelos sectores económicos tem estado a desenvolver um trabalho para ver de facto aonde se diminuí e onde se retira, sem necessidade ou por em causa os produtores, os comeciantes, os fatores de produção entre outros", explicou.
Aquele porta-voz, fez saber ainda que, enquanto a população continuar a destruir infraestruturas públicas e privadas, paralisando a economia, bloquear as estradas, será difícil reduzir o custo de vida no país
"Enquanto as manifestações continuarem, mesmo com a redução do custo de vida, a vida vai ficar mais difícil ainda, porque o pouco que existe disponível hoje para os moçambicanos, deveria ser acarinhado, deveria ser considerado e respeitado, agora, mandar cortar energia, porque o outro não tem energia não vai resolver o problema, paralisar a estrada, paralisar a economia não vai ajudar para a redução do custo de vida, destruir estradas, destruir escolas, mandar crianças a parar de estudar, não reduz o custo de vida", concluiu o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa. (x)
Por: Esperança Picate
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A petrolífera italiana Eni vai avançar com o projeto Coral Norte, a segunda plataforma flutuante de gás natural liquefeito (GNL) na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado. O empreendimento deverá gerar receitas para o Governo moçambicano, ajudando a aliviar a crise de liquidez nos cofres públicos.
De acordo com o Jornal de Negócios, a Eni já opera a Coral Sul desde novembro de 2022, tendo registado até junho de 2024 63 carregamentos de GNL, totalizando 4,48 milhões de toneladas. Como se trata de uma operação offshore, a petrolífera não é diretamente afetada pela instabilidade em Cabo Delgado, onde ataques terroristas forçaram a suspensão do megaprojeto de gás da TotalEnergies.
O mesmo jornal destaca que a crise económica moçambicana se agravou após a contestação popular dos resultados das eleições de 9 de outubro de 2024, resultando na escassez de receitas e dificuldades na captação de divisas. Para mitigar esse cenário, o Governo poderá avançar com uma desvalorização do metical, o que pressionará ainda mais os preços.
O Presidente Daniel Chapo admitiu, a 16 de fevereiro, a possibilidade de isentar produtos de primeira necessidade do IVA e intervir na redução do preço dos combustíveis, numa tentativa de aliviar o custo de vida.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Após meses de resistência, os comerciantes de Mocímboa da Praia finalmente começaram a ocupar o mercado central da vila, construído pela tropa ruandesa no bairro Pamunda. A mudança ocorre depois de sucessivas pressões do Conselho Municipal, que vinha insistindo para que os vendedores abandonassem os pontos informais de comércio e passassem a operar na nova infraestrutura.
A relutância dos comerciantes em utilizar o espaço estava ligada a desconfianças sobre o envolvimento das forças ruandesas em atividades além do combate ao terrorismo. Muitos questionavam a construção do mercado por tropas estrangeiras, argumentando que sua presença na região deveria se limitar às operações militares contra grupos insurgentes.
A Zumbo FM Notícias ouviu, com exclusividade, comerciantes que anteriormente exerciam suas atividades na zona do Massapateiro. Segundo eles, a adesão ao novo mercado já está em curso, embora ainda haja desafios a serem superados.
“O mercado já está em funcionamento, e alguns comerciantes estão a construir lojas dentro do recinto. No entanto, ainda há pouca movimentação de clientes, porque esta área fica um pouco afastada do centro.”– afirmou Momade Momade, vendedor de produtos cosméticos.
Apesar da abertura do mercado e da instalação dos comerciantes, há preocupações em relação ao fluxo de clientes.
“As vendas já começaram, e há comerciantes a erguer novas estruturas. Aqui encontramos frutas, legumes e outros produtos alimentares. O mercado fica localizado no bairro Pamunda.” – Disse Bela Santos.
A Zumbo FM Notícias já havia reportado anteriormente sobre a insatisfação de alguns vendedores, que alegavam estar a ser forçados pelo município a ocupar o espaço. Na ocasião, as autoridades municipais negaram qualquer imposição e afirmaram que a presença da polícia no local teve apenas o objetivo de auxiliar no transporte dos produtos para o novo mercado.
Agora, com a adesão gradual dos comerciantes, resta saber se o novo espaço conseguirá atrair a clientela e impulsionar a atividade comercial na vila, que continua a recuperar-se dos impactos do conflito na região. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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