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Ivan

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A crise de confiança nas instituições públicas de Cabo Delgado tornou-se uma realidade alarmante, com os cidadãos cada vez mais desconfiados dos serviços prestados pelo Estado.

Durante uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias na última terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025, o Procurador da Procuradoria Geral da República (PGR), em Cabo Delgado e Ponto Focal para a área de Combate à Corrupção, Amilton Menete, abordou a situação crítica que afeta as instituições públicas, destacando a perda de confiança por parte da população.

"Há uma ruptura entre o cidadão e todas as instituições do Estado. Estamos numa crise generalizada. A falta de confiança resultou na descredibilização das instituições públicas, devido ao comportamento de certos servidores públicos", afirmou Menete, reconhecendo que a desconfiança gerada por ações de alguns servidores públicos comprometeu a relação do cidadão com o Estado.

O Procurador destacou que, ao longo do tempo, os comportamentos irregulares e a falta de integridade por parte de alguns servidores públicos contribuíram para a desconfiança generalizada. Isso levou à desvalorização das instituições do Estado e ao afastamento do cidadão das suas estruturas, gerando um ciclo de descredibilização que afeta diretamente o funcionamento da administração pública.

"Os cidadãos não confiam em nenhuma instituição do Estado. Essa falta de confiança é reflexo de comportamentos que foram praticados e que provocaram uma crise em todas as instituições públicas", disse Menete, sublinhando que a crise é uma consequência direta da falta de ética e transparência. 

o final da entrevista, Menete fez um apelo urgente a todos os servidores públicos para que trabalhem na recuperação da imagem e da confiança das instituições.

"Apelo a todo servidor público no exercício das suas funções, em particular aqui na província de Cabo Delgado, que paute sempre pela integridade. Agindo assim, nos haveremos de resgatar a confiança da nossa instituição pública", afirmou o Procurador.

Ele enfatizou que é necessário que os cidadãos voltem a acreditar na capacidade das instituições públicas de resolver seus problemas de forma transparente e justa.

"O cidadão deve se sentir confiante ao dirigir-se à Procuradoria. Deve ir à Procuradoria com a certeza de que o seu caso será resolvido, e que a justiça será feita", concluiu Menete, reiterando a importância de que as instituições públicas não sejam condicionadas a pagamentos indevidos ou qualquer tipo de vantagem.

Com este reconhecimento e apelo, Menete reafirmou o compromisso da Procuradoria em combater a corrupção e restaurar a credibilidade das instituições públicas, para que os cidadãos possam novamente confiar no sistema e nas soluções oferecidas pelo Estado. (x)

Por: António Bote

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A província de Cabo Delgado continua a enfrentar grandes desafios no combate à corrupção, com 42 processos de corrupção de 2024 ainda em andamento no início de 2025. Esses casos são um reflexo da complexidade das investigações e das dificuldades operacionais enfrentadas pela Procuradoria da República. Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada na última terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025, o Procurador da República e Ponto Focal para a área de Combate à Corrupção na província, Amilton Menete, forneceu detalhes sobre esses processos e os obstáculos que impactam a efetividade da justiça.

"No ano passado, tivemos um cumulativo de 62 processos, de janeiro a dezembro de 2024, dos quais 20 foram concluídos e 42 transitaram para o ano de 2025. Estamos com 44 processos até esta data", afirmou Menete, destacando que, apesar dos esforços, a maioria dos casos ainda não foi resolvida.

Menete explicou que a instrução dos processos de corrupção em Cabo Delgado é um desafio considerável.

"Instruir um processo de corrupção não é uma tarefa fácil, é diferente dos outros tipos legais de crime, como furto ou roubo. A complexidade é diferente. É muito difícil provar que alguém cometeu crime de corrupção, é difícil também produzir provas para alguém que está sendo suspeito de desvio de fundos. São provas que exigem muitos intervenientes", afirmou o Procurador. Esse cenário torna o trabalho da Procuradoria ainda mais difícil, principalmente em um contexto de escassez de recursos.

Outro grande desafio, segundo Menete, são as áreas de difícil acesso e afetadas pela violência terrorista, como Macomia, Muidimbe e Mocímboa da Praia. A insegurança nessas regiões compromete a realização de investigações e atividades preventivas.

"Toda atividade comporta desafios. Em áreas como Macomia ou Mocímboa da Praia, onde os ataques terroristas são frequentes, é muito difícil realizar investigações ou implementar atividades preventivas. Como viabilizar isso? É um pouco difícil", disse Menete, destacando a dificuldade de atuar em locais de alto risco.

Além da insegurança, a falta de recursos financeiros é um obstáculo significativo para o trabalho da Procuradoria. Menete relatou que a situação econômica da província afeta diretamente a execução das ações de combate à corrupção.

"Estamos a falar do ponto de vista económico e financeiro, com exiguidade orçamental. Estamos com défice, e isso não afeta apenas a Procuradoria, mas qualquer outra instituição do Estado. Estamos num momento não muito bom, com situações de falta de recursos financeiros para realizar algumas atividades", afirmou o Procurador, ressaltando que a falta de verbas dificulta até o deslocamento para investigar casos de corrupção.

Apesar desses desafios, Menete garantiu que a Procuradoria não vai desistir de sua missão.

"Apesar desses desafios que enfrentamos, nós fazemos nosso trabalho, nunca paramos", concluiu o Procurador, reafirmando o compromisso da Procuradoria em continuar a combater a corrupção, mesmo diante das adversidades.

A luta contra a corrupção em Cabo Delgado, portanto, continua sendo um desafio constante. Com 42 processos de 2024 ainda em andamento e a chegada de novos casos em 2025, o caminho é longo. No entanto, a determinação das autoridades permanece firme, mesmo com os desafios de segurança e a falta de recursos. (x)

Por: António Bote

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O Ministério Público em Cabo Delgado investiga atualmente um suspeito desvio de 14 milhões de meticais envolvendo o Director Provincial de Agricultura e Pescas, Daúdo Ussuhale, e membros do sector de finanças, no contexto de um processo de aquisição de barcos para pescadores. A denúncia foi formalizada no final de 2024 por alguns colegas da mesma direção, e o director foi reconduzido ao cargo para um segundo mandato no início de 2025.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias na última terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025, o Procurador da República e Ponto Focal para a área de Combate à Corrupção em Cabo Delgado, Amilton Menete, detalhou os primeiros passos da investigação, destacando a denúncia recebida durante o processo de aquisição de barcos, inicialmente sem motores, para fornecimento a pescadores.

"recebemos a denúncia deste crime, durante um processo de aquisição de barcos, ou seja, sem motores, destinados ao fornecimento a pescadores para que pudessem levar a cabo as suas atividades pesqueiras. No entanto, acontece que não foram fornecidos os 100 motores previamente previstos, mas sim 50% correspondente a 50 motores e o remanescente de 50 motores dos barcos, na verdade, não foram fornecidos. O estranho é que a Direção Provincial de Agricultura e Pesca executou 100% do orçamento referente à aquisição desses barcos e pagou integralmente os 100% dos motores. No entanto, não foram fornecidos os 100 motores que deveriam ter sido entregues. Pagou a totalidade do valor, mas não recebeu a totalidade dos motores. Neste momento, está em curso um processo para apurar os contornos deste processo de aquisição dos barcos e também para entender o que teria falhado para que não houvesse o fornecimento integral dos 100 motores, sabendo que houve pagamento integral do valor solicitado pela empresa à qual foi adjudicado o concurso para fornecimento desse material", descreveu.

Em relação aos próximos passos, o Procurador explicou o processo de investigação.

"Quando uma participação chega à Procuradoria, o primeiro passo é fazer uma espécie de filtragem da informação para ver se vale a pena avançarmos com um processo criminal ou não. Verificamos se aquela informação vinculada configura ou não um tipo legal de crime. Se o Ministério Público entender que há elementos de natureza criminal, nós tiramos o processo de crime e passamos para uma outra fase, que é a fase de instrução, que envolve a investigação para apurar efetivamente se o que foi vinculado constitui ou não a verdade. Após esse período de recolha de elementos de provas que servem de base para nossa acusação, garantimos que ela seja sólida para que não possa de forma alguma ser derrubada em juízo. Chega-se então à fase de constituição de arguidos. Nós constituímos os arguidos com base em pessoas identificadas com elementos de provas que foram corrigidos nos autos, suficientes e bastante para que possamos introduzir no feito judicial, e que essa acusação não possa de nenhuma forma ser abalada", detalhou.

Menete também destacou que, embora o diretor seja considerado suspeito até o momento, ainda não há arguidos constituídos no processo.

"Neste momento, ainda não houve nenhuma constituição, quer do diretor, quer dos funcionários, como arguidos, por isso não podemos falar de uma acusação. O diretor é até agora considerado um suspeito. Ainda não foram acusados, são apenas suspeitos. Há fatos que foram imputados na participação que tivemos, então estamos num processo de comprovação desses fatos imputados ao diretor provincial de Agricultura e Pesca, bem como aos funcionários afetos ao Departamento de Finanças e aos funcionários afetos à UGEA. Portanto, não existe nenhum documento que tenha saído da Procuradoria acusando formalmente o diretor, porque o processo ainda está em instrução."

Em relação ao impacto político e jurídico do caso, o Procurador frisou a separação de esferas.

"Na verdade, estamos em dois campos distintos: o político e o jurídico. Temos situações que, de forma alguma, podem se misturar. Ou seja, o Ministério Público, na sua atuação, não deve se envolver na política, ou, por outra, não deve se intrometer na política. Agora, se houver a comprovação dos fatos que estão sendo imputados ao diretor, claramente isso terá implicações para a pessoa do diretor, se comprovar que houve desvio e que ele está envolvido. Isso impactará na sua vida profissional, tanto mais que a própria lei abre espaço para que, havendo uma condenação de quem quer que seja, para crimes de corrupção e conexos, seja aplicada uma pena acessória de expulsão", explicou.

Por fim, o Procurador se mostrou cauteloso quanto ao tempo de conclusão do processo.

"É difícil fazer uma previsão, porque instruir um processo dessa natureza não é um exercício fácil. É difícil, porque, no decorrer da instrução, podem surgir outros elementos que necessitarão da nossa atenção, o que pode comprometer, sobremaneira, o cumprimento rigoroso dos prazos. Então, é difícil avançar, até neste momento, com datas concretas sobre quando o processo irá ser concluído, mas posso garantir que tudo está sendo feito por parte da Procuradoria para que o processo tenha seu desfecho o mais rápido possível. Porque também é do direito do Ministério Público ver o processo finalizado de qualquer forma, quer seja por meio da aprovação ou do arquivamento. Mas o processo possivelmente poderá ser concluído este ano. O processo deu entrada no final do ano passado, mas a verdade é que o processo ainda vai ser finalizado", concluiu Amilton Menete.

O desfecho desse processo, que envolve um valor significativo de recursos públicos, será acompanhado com grande atenção pela população de Cabo Delgado e pelas autoridades competentes. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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As autoridades de saúde da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, garantem que até ao momento não há registo de casos de cólera, apesar do aumento significativo de casos de diarreia. A preocupação cresce devido à proximidade com a província vizinha de Nampula, onde já foram confirmadas mortes causadas pela doença das mãos sujas.

A informação foi avançada na última terça-feira, 11 de janeiro de 2025, pelo Médico-Chefe do Hospital Provincial de Pemba, Edson Fernando, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias.

"A província ainda não registou nenhum caso de cólera, apesar de existir casos de diarreia em alguns distritos", afirmou o responsável.

Segundo Edson Fernando, as equipas de saúde reforçaram a monitorização da situação epidemiológica e estão preparadas para uma eventual resposta rápida.

"Temos medicamentos suficientes para o tratamento de doenças de origem hídrica, incluindo kits específicos para a cólera. Já realizamos a distribuição antecipada desses materiais para unidades sanitárias em distritos mais vulneráveis", destacou o médico.

Embora a cólera ainda não tenha sido registada, as autoridades apelam à população para reforçar medidas de higiene e consumir apenas água tratada, evitando um possível surto. (x)

Por: Nazma Mahando

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Pemba mostra-se preocupada com o aumento dos casos criminais na província.

Falando em conferência de imprensa nesta segunda-feira (17.02.2025), sem especificar o tipo de crime, a PRM refere que houve o registo de três casos criminais.

A PRM partilha a situação da província quanto aos casos criminais. Registramos três casos criminais, contra um anterior cem por cento da atividade policial. Estamos preocupados com o aumento de casos”, disse Aniceto Magome, Chefe das Relações Públicas da PRM em Pemba.

Relativamente aos casos criminais, também estão listadas as sinistralidades rodoviárias, sendo que a PRM apelou aos automobilistas para que cumpram as regras de trânsito.

Face a estas ocorrências criminais que registramos ao longo da semana, a PRM, a nível da província de Cabo Delgado, apela a toda a população para continuar a colaborar com as autoridades policiais na prevenção e denúncia de casos criminais. E quanto aos utentes da via pública, apela-se para que respeitem as regras de trânsito no sentido de prevenir as ocorrências de acidentes de viação”, apelou. (x)

Por: Nazma Mahando

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Daniel Francisco Chapo é oficialmente o novo Presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). A eleição aconteceu na última tarde de sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2025, durante a III Sessão Extraordinária do Comité Central do partido, onde Chapo obteve 241 votos de um total de 243, com dois boletins anulados.

Além de ser o novo líder da FRELIMO, partido no poder que governa Moçambique desde a independência em 1975, Daniel Chapo também ocupa o cargo de Presidente da República de Moçambique. Na sua primeira intervenção como líder da Frelimo, Chapo expressou sua gratidão pelo voto de confiança recebido e reconheceu o grande desafio de liderar o partido no poder. Apelou ao apoio de todos os membros para garantir a continuidade do trabalho em prol da paz, da unidade nacional e do desenvolvimento do país. "Ninguém pode dirigir um país como Moçambique sozinho", afirmou, destacando que a unidade nacional será sua principal prioridade.

Filipe Nyusi, por sua vez, parabenizou Daniel Chapo pela sua eleição e reconheceu os "momentos difíceis" que o partido enfrentou, mas ressaltou que conseguiram manter a FRELIMO no poder. Nyusi também defendeu que os "camaradas" devem oferecer mais tempo ao novo presidente para resolver os problemas dos moçambicanos, em vez de focarem exclusivamente nos assuntos internos da FRELIMO.

Vale lembrar que Daniel Chapo é o sexto presidente de Moçambique, após a independência de 1975, e foi empossado no passado dia 15 de Janeiro de 2025. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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Nesta quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025, a Zumbo FM Notícias ouviu acadêmicos sobre o posicionamento do Governo em relação ao custo de vida em Moçambique. Para os especialistas, embora as manifestações tenham tido impacto na economia, não podem ser apontadas como a principal causa do agravamento da situação, uma vez que o problema já existia antes dos protestos.

O acadêmico Frederico João argumenta que as manifestações não devem ser vistas como a raiz da crise, mas sim como um reflexo do elevado custo de vida que a população já enfrentava.

"Eu penso que as manifestações não podem ser culpadas pelo aumento do custo de vida. Talvez o contrário: elas são o reflexo da crise que o país atravessa. É sabido que a faixa etária produtiva é composta, em grande parte, por jovens, e muitos deles estão desempregados. Essa falta de oportunidades gera insatisfação, que, por sua vez, impacta o poder de compra da população. O problema não está apenas na economia estagnada, mas também na desigualdade social. De um lado, pessoas vivendo na penúria; do outro, uma elite com acesso a tudo. Não há uma classe média forte que possa equilibrar a economia. Dessa forma, as manifestações podem ter agravado alguns setores no curto prazo, mas a verdadeira raiz do problema está nas políticas públicas que não fomentam o crescimento e a inclusão da juventude no mercado de trabalho."

Na mesma linha, o analista Aly Caetano reforça que o custo de vida elevado é um problema estrutural, que não surgiu recentemente.

"O custo de vida não começou agora. Trata-se de um problema antigo. É inegável que as manifestações tiveram impacto na economia nacional, mas, por si só, não são suficientes para justificar o aumento dos preços e o agravamento da crise."

Para Frederico João, o Governo precisa adotar medidas concretas e estruturais para revitalizar a economia e aliviar o peso dos impostos sobre os agentes econômicos.

"O Governo tem suas estratégias, e em breve veremos o Plano Quinquenal e o orçamento a ser proposto. Mas é fundamental que sejam feitas reformas estruturais profundas, garantindo que os benefícios alcancem toda a população e não apenas determinados grupos. Além disso, é necessário reduzir a carga fiscal para incentivar o setor privado. Atualmente, nossa base tributária não é ampla, mas os impostos são excessivamente pesados. Se houver coragem para aliviar essa carga, os empresários poderão investir mais, o que significa a criação de empregos e um impulso à economia. Também é essencial garantir segurança e estabilidade para atrair investimentos estrangeiros diretos."

Já Aly Caetano destaca que a falta de estabilidade política e social pode dificultar ainda mais a recuperação econômica do país.

"Nenhum investidor coloca dinheiro em um país sem paz e sem estabilidade política. Ninguém sabe se um caminhão de arroz será vandalizado, se a população voltará a se revoltar ou se uma nova onda de manifestações poderá paralisar a economia. Com a situação atual do país, será extremamente difícil para o governo de Daniel Chapo mobilizar fundos internos e externos."(x)

Por: Esperança Picate

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Os membros do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), reuniram-se nesta sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2025, na Escola Central do Partido, localizada na Matola, província de Maputo, para a eleição do novo Secretário-geral do Partido. O escolhido foi Chakil Felizardo Passades Aboobacar, de 45 anos, que assume o cargo em substituição de Daniel Francisco Chapo, actual Presidente do Partido e da República.

Natural da província da Zambézia, Aboobacar nasceu em Quelimane em 1979. Além de ser político, é também empresário e escritor, e já ocupou cargos importantes dentro da Frelimo, destacando-se como Secretário Nacional para a área das finanças do Partido. Sua eleição para o cargo de Secretário-geral, com 221 votos entre os 239 eleitores presentes, foi uma grande surpresa, dado que diversos nomes de peso do partido, como Samora Machel Jr., Verónica Macamo, Francisco Mucanheia, Cidália Chaúque e Mety Gôndola, eram considerados potenciais candidatos.

A sua ascensão à liderança da Frelimo é vista com grande expectativa por membros do Partido, que o descrevem como "um soldado revolucionário", com "uma visão jovem e promissora". De acordo com essas descrições, Aboobacar é considerado um "homem humilde, inteligente e nato mobilizador das massas", sempre comprometido com a causa nacional e com os valores da Frelimo. "Que o seu mandato esteja sempre alinhado com a sabedoria divina! Vamos trabalhar!", afirmou um dos membros, refletindo o otimismo e confiança no novo líder, citado pela agência de notícias Integrity.

Chakil Aboobacar é licenciado em Ensino de Matemática pela Universidade Pedagógica da Beira (hoje Uni-Licungo). Desde muito jovem, dedicou-se a várias causas sociais, destacando-se como ativista político e em iniciativas para a promoção da juventude, cultura e desporto. Em sua trajetória, ocupou cargos de relevância, como Secretário Provincial da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), Vice-presidente da Associação Centro de Arte e Artesanato (ASSOCARTE), Secretário Provincial da Associação Provincial de Atletismo e Vice-presidente e Membro Fundador da Associação Cultural Casa do Artista, na cidade da Beira, província de Sofala.

Além disso, Aboobacar é membro ativo da AEMO (Associação dos Escritores de Moçambique) e ocupa a função de Vice-presidente e Membro Fundador da Ovedekula, Associação Moçambicana para o Fundo de Literatura e Leitura.

Chakil Aboobacar dedicou-se desde cedo à vida associativa, destacando-se como ativista social e político, particularmente na promoção da juventude, desporto e cultura.

Com a sua eleição, a FRELIMO parece apostar em uma liderança jovem e dinâmica, com a esperança de que Aboobacar traga uma nova era de renovação política e compromisso com os princípios fundacionais do Partido. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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Pelo menos 105 escolas permanecem encerradas na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, devido à insegurança provocada pelo terrorismo. No entanto, o setor da Educação registou progressos, com a reabertura de mais de 40 unidades escolares em comparação com o mesmo período do ano passado.

O diretor provincial da Educação, Evandro Quicardente, revelou nesta segunda-feira (10) á imprensa que, das 1.012 escolas da província, 907 já retomaram as atividades.

Das 1.012 escolas que a província de Cabo Delgado tem, estão efetivamente em funcionamento neste momento 907, o que quer dizer que 105 escolas permanecem fechadas devido ao terrorismo. No ano passado, tínhamos apenas 867 escolas em funcionamento. Isso significa que conseguimos reabrir mais de 40 escolas nos distritos afetados pelo terrorismo”, destacou.

Macomia é o distrito com o maior número de escolas ainda fechadas (35), seguido de Mocímboa da Praia (24), Nangade (8) e Palma (6). Segundo Quicardente, nos distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, Nangade, Muidumbe e Quissanga, algumas escolas voltaram a funcionar após melhorias na segurança.

O responsável garantiu que a reabertura das instituições de ensino é feita apenas após avaliação das autoridades.

Nenhuma escola reabre sem consulta prévia às forças de defesa para garantir a segurança na região”, afirmou.

 Apesar dos avanços, o encerramento de mais de 100 escolas ainda representa um desafio para o sistema educacional em Cabo Delgado, refletindo o impacto contínuo do terrorismo na província.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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O jornalista político, Arlindo Chissale, foi dado como desaparecido no dia 07 de Janeiro de 2025, quando saía da cidade de Pemba em Cabo Delgado para cidade portuária de Nacala, na província de Nampula.

Todavia, passando um mês após o desaparecimento, os seus números telefónicos voltaram a chamar desde das 04 horas até 11horas deste sábado, 08 de Fevereiro de 2025.

A informação foi avançada pelo irmão do jornalista, Macário Chissale, numa entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias este domingo, 09 de Fevereiro de 2025.

"Eu mesmo tentei contactar em númeras vezes ao meu irmão ontem, os números dele do telefone só chamavam, mas ninguém atendia, e fui eu quem despertou atenção ao Prof. Douctor Adriano Nuvunga. Falei para a esposa, e também tentou ligar e apenas chamavam. Os números estavam em linha às 04horas até às 11 da manhã, depois daí, não chamaram mais", disse Macário Chissale.

A fonte explicou que, a sua família não apresentou ao Serviço de Investigação Criminal (SERNIC), de que, os números de Arlindo Chissale voltaram a chamar. Para captar a localização de onde chamavam os números, o entrevistado acrescenta que, a sua irmã tentou sem sucesso aproximar a uma loja de operadora das telefonias móveis.

"Não informamos ao SERNIC, porque tudo isso aconteceu ontem, é sabido que aos sábados nenhuma loja das telefonias móveis fica aberta. Mas, minha irmã levou o bilhete de identidade do mano Arlindo, tentou chegar na loja de numa operadoras de telefonia móvel, mas não teve sucesso", detalhou.

Segundo Macário Chissale, a família ficou sem onde recorrer, porque os números foram colocados a trabalhar em dias inúteis da semana.

"Por exemplo hoje domingo, já não chama, mas mesmo se chamasse eu vou reclamar aonde?", Questionou, visivelmente agastado na busca de soluções para ter o seu irmão de volta ao convívio familiar.

Macário Chissale, disse não ter esperança de voltar abraçar o seu irmão.

"Nós não temos mais esperança de que ele talvez esta em contacto, não temo, aquilo foi um sequestro. Então, talvez foram os sequestradores a tentar assinar para terem alguma pista", declarou, mostrando a ausência absoluta da esperança do retorno de Arlindo.

Recorde-se que, no dia 27 de Janeiro de 2025, a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Eugénia Nhamussua, explicou não ter informações do paradeiro de Arlindo Chissale.

Enquanto isso, o MISA Moçambique exigiu no dia 29 de Janeiro de 2025, aos Ministérios da Defesa e do Interior que conduzam, com a máxima urgência, uma investigação sobre o alegado envolvimento de agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS), incluindo membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) e militares, no desaparecimento do jornalista Arlindo Chissale. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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