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Reunida em Assembleia-Geral, nesta terça-feira, (11.03.2025), na Cidade de Maputo, a Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) indicou Pedro Frederico Cossa para o cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA).

Pedro Frederico Cossa, de 41 anos, é quadro da instituição desde 2009, tendo desempenhado cargos de direcção, entre os quais o de Diretor-Adjunto de Operações.

De acordo com um comunicado de imprensa recebido na redação da Zumbo FM Notícias, até a data da sua indicação, exercia funções como Administrador Financeiro da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento da Cidade de Maputo, cargo para o qual foi nomeado em Julho de 2024.

Para além das suas funções institucionais, Cossa é presidente da Associação Moçambicana de Economistas e docente universitário desde 2016. Especialista em Economia de Desenvolvimento, obteve um mestrado na mesma área pela Universidade Eduardo Mondlane. A sua formação académica inclui ainda uma licenciatura em Gestão e Finanças pelo Instituto Superior de Transportes e Comunicações, além de certificações em Literacia Financeira pela Universidade de Pretória (África do Sul), Mercados Financeiros pelo Instituto de Formação Bancária de Portugal e First Certificate in English pela Universidade de Cambridge (Reino Unido).

Entre 2015 e 2020, Pedro Cossa exerceu o cargo de deputado da Assembleia da República. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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A informação foi avançada nesta quarta-feira, 12.03.2025, pela porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Ludmila Maguni, quando falava a jornalistas numa conferencia de imprensa na capital do país.

“Este acordo, que envolve partidos políticos com assento na Assembleia da República, Assembleias Provinciais, Autárquicas e outras forças vivas da sociedade, constitui um passo determinante para a construção de um futuro de paz e desenvolvimento”, disse Ludmila Maguni, Porta-Voz da FRELIMO.

A porta-voz, informou ainda que "A comissão Politica considera um momento sublime na historia do Pais reforçando a necessidade de unidade entre todos os moçambicanos, independentemente de sua afiliação política, origem étnica ou crença religiosa". disse

A FRELIMO diz ainda que a reforma na administração pública, no sistema eleitoral e na descentralização continuará a ser uma prioridade.

"O compromisso com a reforma na administração publica, no sistema eleitoral e na descentralização deve continuar a ser prioridade, consolidando um estado de direito democrático cada vez mais inclusivo e prospero", concluiu a porta-voz da FRELIMO, Ludmila Maguni. (x)

Por: Esperança Picate

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O conselho do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos (Ex-Im Bank) aprovou esta quinta-feira, 13 de Março de 2025, um empréstimo de quase 5 mil milhões de dólares para um projeto de GNL (gás natural liquefeito) em Moçambique, que estava atrasado há muito tempo, superando um obstáculo importante para a retoma do projeto em desenvolvimento pela gigante francesa TotalEnergies (TTEF.PA).

O Ex-Im Bank já havia aprovado um empréstimo de 4,7 mil milhões de dólares para o projeto de 20 mil milhões de dólares durante o primeiro governo do presidente Donald Trump, mas o financiamento precisou ser revalidado após a paralisação da construção em 2021 devido aos distúrbios violentos na região norte de Cabo Delgado, antes de qualquer liberação de recursos.

O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, afirmou no mês passado que esperava que o financiamento dos Estados Unidos fosse aprovado nas próximas semanas, com outras agências de crédito a seguir nos meses seguintes. A empresa aguardava a reaprovação dos empréstimos das agências de crédito à exportação dos Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos antes de suspender a cláusula de força maior no projeto, que estava em vigor desde 2021.

Estevão Pale, ministro da Energia de Moçambique, disse ao Financial Times que também espera que o Reino Unido e os Países Baixos reconfirmem o seu apoio.

O projeto de GNL de Moçambique, no qual a TotalEnergies possui uma participação operacional de 26,5%, tinha como objetivo tornar Moçambique um grande produtor de GNL, mas foi interrompido devido à insurgência de militantes ligados ao Estado Islâmico na região. A segurança na região melhorou desde então, com a empresa parceira Mitsui afirmando, em dezembro, que as preparações finais estavam em andamento para retomar a construção após renegociações com os contratantes.

Grupos ambientais disseram que os riscos de segurança associados ao projeto deveriam ter sido motivo suficiente para negar o apoio ao mesmo.

"As violações dos direitos humanos, o conflito armado, os impactos ambientais e as projeções econômicas arriscadas do projeto de GNL de Moçambique deveriam ter afastado a maioria dos investidores sensatos", afirmou Daniel Ribiero, coordenador técnico da Amigos da Terra Moçambique. (x)

Fonte: https://www.reuters.com/business/energy/us-frees-up-almost-47-billion-loan-totalenergies-mozambique-gas-project-ft-2025-03-13/

Por: Zumbo FM Notícias

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Após horas de sofrimento e incerteza, quatro menores sequestrados durante um ataque terrorista à comunidade de Chibau em Mocímboa da Praia, Cabo Delgado, no dia 4 de Março, foram devolvidos rapidamente às suas famílias. A libertação, que trouxe alívio, foi confirmada em exclusivo pelo Administrador do distrito, Sérgio Cipriano, à Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira, 12 de Março de 2025.

Os menores, que haviam sido levados pelos terroristas no momento do ataque, foram devolvidos no mesmo dia, poucas horas depois. Sérgio Cipriano relatou que as crianças estão em boa saúde e em processo de reintegração com as famílias. “Isso aconteceu, eu fui lá visitar e confortar as famílias, e eles estão nas casas. Estão em boa saúde, receberam apoio da comunidade e alguns foram encaminhados ao Hospital Rural para exames, especialmente aqueles que estavam se sentindo mal, mas não há nada de gravidade, pois não pernoitaram. Eles foram levados a um local, provavelmente na base deles [....] Eram menores”, disse Cipriano.

Apesar da boa saúde física das crianças, a falta de apoio psicológico é uma preocupação destacada pelo Administrador: “Nós não tivemos uma assistência psicológica.” A ausência de acompanhamento emocional especializado levanta questões sobre as consequências do trauma vivido pelos menores.

Enquanto as crianças retomam a convivência familiar, brincando “normalmente”, como afirmou Cipriano, a ausência de um suporte psicológico pode afetar a recuperação emocional dos menores a longo prazo. A situação revela a necessidade urgente de intervenção profissional para apoiar as vítimas de trauma. (x)

Por: António Bote

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A TotalEnergies está prestes a enfrentar uma decisão determinante sobre o financiamento do seu projeto de gás natural liquefeito (LNG) de 20 bilhões de dólares em Moçambique. Na próxima quinta-feira, 13 de Março, o Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exim) deve deliberar sobre um empréstimo de 4,7 bilhões de dólares, vital para retomar a construção do projecto, que foi interrompida há quatro anos devido a ataques de militantes ligados ao Estado Islâmico na região. A necessidade de novas aprovações para o financiamento surge após os atrasos causados pelos conflitos, exigindo ajustes no acordo inicial de 2019, firmado durante o primeiro mandato de Donald Trump.

Além disso, Trump recentemente nomeou novos membros para o conselho do Exim, incluindo Bryce McFerran como director interino, alinhando-se à sua agenda de fortalecimento da energia dos EUA e apoio à indústria de petróleo e gás. A pauta do conselho inclui, entre outros itens, a aprovação de uma emenda que altera a data de conclusão do projecto Mozambique LNG para 2030, reflectindo os atrasos no cronograma.

Patrick Pouyanne, CEO da TotalEnergies, demonstrou confiança de que as aprovações serão obtidas, destacando que mais de 40% dos contratos foram atribuídos a empresas americanas. A liberação do empréstimo seria um passo essencial para retomar o projecto, no qual a TotalEnergies já investiu bilhões, além de representar um possível marco para a transformação econômica de Moçambique. No entanto, ainda são necessárias aprovações adicionais de agências do Reino Unido e dos Países Baixos para que o projecto avance. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

Fonte original : https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-03-12/totalenergies-mozambique-lng-poised-for-decision-on-4-7-billion-us-loan?utm_medium=email&utm_source=author_alert&utm_term=250312&utm_campaign=author_17621331

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O posto administrativo de Mbau, situado no distrito de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, vive uma realidade marcada pela violência contínua e pela presença constante de grupos terroristas. Fontes seguras, que falaram em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, nesta segunda-feira, (10.03.2025), relatam o cenário de insegurança que tem assombrado a localidade, afetando diretamente a população local.

De acordo com relatos, Mbau tornou-se um lugar onde a presença de civis é cada vez mais rara. “Mbau todos os dias visitam. Mbau não é sítio para estar. Mbau nem vale a pena, aí só entram militares da força estrangeira e saem, população caminha a pé, de bicicleta ou de motorizada”, revelou uma das fontes, que preferiu manter o anonimato.

O clima de terror não se limita apenas à presença dos grupos armados. De acordo com os testemunhos, a área tem sido palco de ataques regulares que afetam diretamente a circulação de veículos e a segurança de quem tenta transitar. “Aí já queimaram dois carros, minar mesmo, ver o carro está vir, minar mesmo, carro entrar na mina", afirmou a fonte, evidenciando a ameaça constante de minas terrestres e emboscadas.

Com o aumento da tensão e dos confrontos, a população tem sido obrigada a adaptar-se às novas realidades, evitando o uso de veículos. “Agora, ninguém mete carro naquela aldeia. Nem por experimentar, nem por nada”, explicaram os informantes, ressaltando os riscos diários enfrentados pelos poucos moradores e pelas forças militares.

O impacto na vida dos habitantes de Mbau é imenso. “Mbau não está a se viver, é normal eles dispararem até amanhecer. Não está a se viver. Muita pouca gente que vive actualmente em Mbau, quem está lá é a força ruandesa, mesmo assim, costuma ser alvo de ataque até amanhecer, eles quando tentam entrar, não conseguem, eles gostaram muito daquela zona. Às vezes começam de manhã até a noite, troca de tiros”, relatou uma outra fonte, descrevendo a constante troca de tiros que acontece entre as forças de segurança e os grupos terroristas, o que torna impossível uma convivência pacífica na localidade.

A situação em Mbau é apenas um reflexo da complexa crise de segurança que assola a região de Cabo Delgado, com a presença de forças internacionais sendo um dos poucos fatores que garantem alguma estabilidade no terreno, ainda que a violência continue a ser uma ameaça constante.

A população de Mbau, assim como de outras áreas do distrito de Mocímboa da Praia, vive sob a sombra da insegurança, com o temor de novos ataques e a luta pela sobrevivência sendo parte do cotidiano. A luta contra o terrorismo na região de Cabo Delgado permanece um dos maiores desafios para o governo moçambicano, as forças internacionais e os cidadãos que continuam a sofrer as consequências desse conflito prolongado. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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A informação foi avançada nesta segunda-feira, 10 de Março de 2025, pelo Coordenador Nacional das Políticas e Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, Luís Cezerilo, momentos após a realização de um evento sobre prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo na cidade de Pemba.

Luís Cezerilo afirmou que as confissões religiosas podem, eventualmente, estar envolvidas no financiamento do terrorismo, conforme recomendado pelo GAFI, e que isso pode envolver aspectos religiosos, educacionais, culturais e de beneficência.

“De acordo com a recomendação do GAFI, as confissões religiosas podem ser classificadas em cinco categorias e estão sujeitas ao risco de financiar o terrorismo. Essas categorias incluem confissões religiosas, educacionais, culturais e de beneficência. Todas essas entidades, ao receberem financiamento, seja externo ou nacional, devem estar conscientes de que podem utilizar esse dinheiro de forma positiva ou ilícita”, explicou Luís Cezerilo.

O responsável também destacou que o branqueamento de capitais em Moçambique tem um impacto considerável, evidenciando a quantidade substancial de recursos envolvidos e a baixa taxa de recuperação.

“O impacto do branqueamento de capitais é imenso, especialmente quando consideramos o volume de recursos envolvidos. Um estudo da ONU revela que 688 milhões de dólares são gastos em atividades ilícitas relacionadas ao branqueamento de capitais, dos quais apenas 1% é recuperado. Portanto, mais do que relatar as consequências, precisamos refletir sobre o impacto reverso: se esses 688 milhões de dólares fossem incorporados ao orçamento do Estado, como poderiam contribuir para o desenvolvimento do país?

O representante também explicou que Moçambique encontra-se na “lista cinza” e detalhou as medidas necessárias para combater o branqueamento de capitais, com foco em categorizar, mapear os riscos e sensibilizar as partes envolvidas.

“Sabemos que Moçambique está na lista cinza. De 26 ações recomendadas, 25 foram cumpridas. Falta apenas uma, que se refere às organizações sem fins lucrativos, e envolve três elementos principais: a categorização dessas organizações, o mapeamento dos riscos que elas representam e ações de sensibilização sobre esses riscos. Estamos a cumprir essas recomendações para criar um sistema eficaz e sustentável no combate ao branqueamento de capitais. Nosso plano inclui ações não apenas em Pemba, mas também em Nampula e Quelimane, com o objetivo de garantir que um número maior de organizações sem fins lucrativos sejam devidamente categorizadas, mapeadas quanto aos riscos e sensibilizadas para evitar o financiamento ilícito do terrorismo”, disse.

O responsável sublinhou ainda a importância de capacitar as instituições, destacando que elas devem ser informadas sobre as leis e boas práticas, a fim de evitar envolvimento em atividades ilícitas.

“As capacitações têm como objetivo sensibilizar as instituições sobre as leis e as boas práticas, ajudando-as a prevenir práticas ilícitas. Esse é o nosso principal objetivo. Como Coordenador Nacional, não me refiro a situações específicas ou regionais em nenhum momento”, afirmou.

Entretanto a Zumbo FM Notícias entrevistou, nesta segunda-feira, 10 de março de 2025, alguns líderes religiosos que advogam que, com a união entre os moçambicanos, é possível combater o financiamento do terrorismo.

O Padre José Eduardo, entrevistado pela nossa equipe de reportagem, destaca a importância de combater o financiamento ao terrorismo, mencionando que o país tem sofrido com situações que destroem e desumanizam.

"O país enfrenta uma vulnerabilidade importante no financiamento ao terrorismo, e todos temos que unir forças para combater este fenômeno que destrói, desumaniza e deixa o país com muito sofrimento. É interessante escutar que todos esses processos de proteção e financiamento estão sendo implementados para que o dinheiro não chegue ilicitamente nas mãos dos malfeitores, terroristas, seja lá quem for. Vamos fazer a nossa parte dentro das nossas instituições religiosas para assegurar que estamos contribuindo para a prevenção do terrorismo."

Por outro lado, Abdul Salassane, representante do Conselho Islâmico de Moçambique, explica que, desde o início do problema do terrorismo, têm trabalhado para identificar possíveis financiadores e mantido conversas com líderes das mesquitas para organizar e monitorar o controle dos financiamentos e doações. A ideia é garantir que os recursos, especialmente os de maior valor, não sejam usados para atividades ilícitas.

"Estamos atentos desde que eclodiu a situação do terrorismo. Temos trabalhado nesta vertente de identificar quem pode trazer financiamentos e também temos mantido diálogos com as direções das mesquitas para organizar e efetivar o controle daqueles que trazem seus financiamentos e suas caridades. Principalmente quando chegam com valores um pouco mais elevados, precisamos saber o que a pessoa faz com esses recursos e garantir que eles não sejam usados para atividades ilícitas."(x)

Por: Esperança Picate

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Em Macomia, província de Cabo Delgado, a presença das tropas ruandesas tem sido recebida com maior confiança e aceitação pela população local, em contraste com a desconfiança direcionada às Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas. O comportamento das tropas estrangeiras é descrito como mais próximo e solidário, fortalecendo laços com a comunidade, enquanto as FDS acumulam queixas por atitudes distantes e falta de empatia.

António Mempo, residente da vila de Macomia, relatou à Zumbo FM Notícias que os soldados enviados por Paul Kagame conquistaram a população não apenas por sua presença, mas pela forma como interagem no dia a dia.

A relação com os ruandeses já está enraizada aqui. Com as nossas FDS, a realidade é diferente, pois muitas vezes nos tratam com distância e desconfiança”, afirmou.

A confiança na tropa ruandesa é tão forte que, diante de qualquer incidente, a população recorre primeiro a eles, segundo o morador Betinho Chidolo.

Os jovens preferem procurar os soldados ruandeses em caso de problema, em vez das nossas forças. Isso já diz muito sobre a percepção da comunidade”, explicou.

Carlito Damião também partilhou a mesma opinião. “Nós confiamos mais nos ruandeses e não na nossa força. O comportamento deles nos dá mais segurança”, afirmou.

Outro residente destacou que, desde a chegada das tropas ruandesas, a vila vive um clima de paz, exceto em algumas regiões onde ainda há ataques esporádicos.

Desde 2017, a província de Cabo Delgado, em Moçambique, tem sido palco de uma insurgência levada a cabo pelo grupo Ahlu Sunnah Wa-Jamaa, também conhecido localmente como al-Shabaab (sem ligação com o grupo somali de mesmo nome). Este conflito resultou em mais de um milhão de deslocados e inúmeros ataques em distritos como Macomia, Mocímboa da Praia e Palma.

Em resposta ao agravamento da situação, o governo de Moçambique solicitou assistência militar internacional. Em julho de 2021, tropas ruandesas foram destacadas para Cabo Delgado, inicialmente concentrando operações em áreas como Mocímboa da Praia e Palma, visando recuperar territórios controlados pelos insurgentes e assegurar projetos de gás natural.

Posteriormente, a presença das tropas ruandesas foi expandida para outras regiões afetadas pela insurgência, incluindo Macomia, com o objetivo de estabilizar a área e permitir o retorno seguro dos deslocados.

A intervenção das forças ruandesas tem sido considerada crucial na recuperação de territórios e na restauração de uma certa normalidade nas áreas afetadas, embora desafios significativos permaneçam na região.(x)

Por:Bonifacio Chumuni

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As informações foram partilhadas esta segunda-feira, 10 de Março de 2025, por fontes seguras e bem posicionadas no Ministério da Educação no distrito de Mocímboa da Praia, norte da província de Cabo Delgado, Moçambique. Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, as fontes relataram os acontecimentos mais recentes envolvendo os terroristas e o impacto no sistema educacional local, ocorridos na última semana de Fevereiro de 2025.

De acordo com os relatos, os terroristas têm feito ameaças e exigido mudanças nas atividades escolares em várias aldeias da região, obrigando as crianças a frequentarem madraças em vez de escolas. A aldeia de Ulo, localizada próxima à sede do distrito, foi uma das primeiras a ser afetada.

"Existem aldeias em que, na semana passada, chegaram os terroristas e informaram que não queriam ver aulas a decorrer, mas sim madraça. Isso aconteceu na aldeia de Ulo, mas bem próximo da vila sede", revelou uma das fontes.

Os terroristas abordaram diretamente os professores e exigiram que as aulas fossem substituídas por madraças. "Eles chegaram e disseram: 'Queremos que sejam aulas de madraça, não o que estamos a lecionar.' Os professores arrumaram as suas pastas e foram informar a direção distrital. Isso é do conhecimento do Administrador. Prontamente, abandonaram as aldeias", relatou a mesma fonte.

A situação tem gerado uma crescente insegurança, e a relação entre os terroristas e a população tem sido descrita como tensa, mas com momentos de cooperação.

"Ultimamente, há boas relações entre os terroristas e a população. Os terroristas chegam, conversam com a população de forma amigável, prometem não matar ninguém e apenas pedem que a população colabore. Quando a população colabora, nada acontece. Então, nessas circunstâncias, que professor poderá voltar a dar aulas?", questionou outra fonte. Ela também relatou uma experiência envolvendo a acolhida dos terroristas pela comunidade: "Receberam-nos bem, deram comida e alojamento por dois dias, até eles voltarem novamente para as matas. Mas isso tem sido algo forçado. Já imaginou alguém chegar bem armado e pedir para preparar chima? E depois te diz que não deve comunicar a ninguém que estão ali."

Na aldeia de Malimbi, os terroristas continuaram com a mesma abordagem, pressionando a população a enviar as crianças para madraças em vez de escolas.

"Lá na aldeia de Malimbi, os terroristas marcaram um encontro, pedindo à população que os seus filhos frequentem madraça e não a escola", afirmou uma terceira fonte. Durante a reunião, os terroristas disseram à população: "Chamaram a população, reuniram-na e tiraram a bandeira com algumas escritas em Swahili, que em português significa 'perdão'. Depois falaram para a população fugir, dizendo que isso já acabou, que devem produzir, construir casas, e quem quiser ir às festas pode ir. Só que os vossos filhos devem frequentar a madraça e não a escola." A população, temerosa, respondeu que não havia mais professores na aldeia, pois todos haviam fugido. "Então, voltaram a dizer que os vossos filhos devem frequentar a madraça e não a escola."

Na aldeia de Unduva, a situação foi ainda mais tensa. Os terroristas confiscavam os telefones e mantinham um controle rigoroso sobre a comunidade. "Não consegui tirar fotos dessa bandeira, porque eles haviam confiscado os telefones", afirmou uma das fontes. Segundo ela, cerca de 30 pessoas estavam presentes no encontro, onde a presença opressiva dos terroristas era palpável.

Em contacto com o Administrador do distrito de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, disse não ter informações sobre o assunto e que, precisava de se informar mais.

"Deixa-me procurar saber, se eu confirmar, amanhã podemos falar. Não tenho ainda está informação", explicou o dirigente.

A Zumbo FM Notícias soube ainda que os directores e professores das escolas existentes nessas aldeias, alguns fugiram para a cidade de Pemba, em busca de segurança diante das ameaças dos terroristas.

Apuramos ainda que antes da fuga, foram se despedir na direcção distrital de educação do distrito de Mocímboa da Praia, mas a direção recomendou-lhes que fizessem um documento oficial sobre a sua fuga. No entanto, os directores recusaram fazer um ofício formal. (x)

Por: António Bote

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Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias neste sábado, 08 de Março de 2025, o Administrador do distrito de Balama, Edson Lino, forneceu detalhes importantes sobre a actual fase de negociações entre o governo, as empresas de exploração de grafite e as comunidades locais, após o conflito ocorrido no final de 2024, quando a população local invadiu a maior mina de grafite do mundo, exigindo compensações adequadas pelas perdas que sofreram devido ao reassentamento.

O Administrador começou por contextualizar o problema histórico que remonta aos anos de 2014, 2016 e 2017, quando muitas famílias foram reassentadas, mas o processo de indemnização apresentou várias falhas. Ele explicou que a falta de compensação justa levou a uma série de reclamações por parte das comunidades afectadas: "Mas primeiro devo contextualizar o problema, no período de 2014, 2016 a 2017 ocorreu o reassentamento de algumas famílias e não é que as famílias de fato tiveram acesso às suas machambas, e é lá onde ocorre a exploração do grafite nas machambas. Então, em algum momento, houve algumas lacunas no processo de indemnização. As comunidades reclamaram e nós achamos que era uma oportunidade extra de saber o que restou do reassentamento do passado para ver se podemos remediar algumas lacunas", explicou.

O momento de tensão e reivindicação tomou forma no final de 2024, quando a população de Balama, diante da frustração acumulada, invadiu a mina de grafite, gerando um cenário de grande visibilidade e pressão para que o processo de indemnização fosse finalmente cumprido. Esse ato de contestação se tornou um marco importante, levando o governo a intervir de forma mais activa nas negociações.

De acordo com Administrador, Edson Lino, as conversações estão agora em andamento e com um progresso significativo.

"Com satisfação, neste momento, as negociações estão num bom ritmo e estou querendo acreditar que na próxima semana darei informações positivas sobre os avanços e os fechos que estão a decorrer", afirmou o Administrador. Ele acrescentou que uma equipa do reassentamento da província está actualmente a fazer a aferição dos hectares de terra perdidos por cada família, de forma a calcular os valores exactos das indemnizações a serem pagas.

"Estamos já num passo muito bom entre as famílias, neste caso a comunidade e a empresa. Nós, como governo, estamos a mediar este processo", disse Lino, transmitindo otimismo de que uma resolução satisfatória será alcançada em breve.

A resolução desse impasse é aguardada com grande expectativa pelas comunidades de Balama, que, ao longo dos anos, têm sofrido as consequências da exploração de grafite sem receber as compensações devidas. O processo de indemnização tem sido uma demanda constante das famílias reassentadas, que perderam terras essenciais para o sustento de suas vidas, especialmente nas áreas onde a exploração de grafite se intensificou.

Através de um esforço contínuo, o governo espera solucionar as lacunas do processo de reassentamento e garantir que as famílias afectadas sejam adequadamente compensadas, encerrando um capítulo de tensões e incertezas no distrito. (x)

Por: António Bote

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