A informação consta na Página oficial do Facebook do Conselho Municipal de Pemba, nesta terça-feira, 3 de junho de 2025, onde a edilidade determinou o encerramento das atividades da empresa Moz Environment, localizada no bairro de Metula. A decisão foi motivada por recorrentes casos de poluição ambiental e pelo descumprimento das orientações emitidas pelas autoridades locais.
A medida surge igualmente após anos de queixas da população, que desde 2022 denuncia a emissão de odores intensos e tóxicos provenientes das instalações da empresa. De acordo com relatos comunitários, duas crianças perderam a vida após inalar os gases poluentes, levantando sérias preocupações de saúde pública.
Em resposta às denúncias, o CMCP promoveu, no início de março, um encontro entre os moradores, a direção da Moz Environment e representantes municipais. Na ocasião, foi concedido um prazo de dois meses para que a empresa corrigisse os problemas sanitários. No entanto, ao final do período, nenhuma providência havia sido tomada. Pior: a empresa deu início a obras de expansão sem qualquer autorização, em clara violação das normas urbanas.
“O que a empresa fez é grave. Ignorou completamente as recomendações do Conselho Municipal e avançou com construções ilegais. Isso é uma violação da lei e um desrespeito pela saúde dos nossos munícipes”, declarou o Presidente do Conselho Municipal, Satar Abdulgani. (x)
Por: Esperança Picate
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Um homem de aproximadamente 55 anos de idade, residente na aldeia de Micanda, no distrito de Montepuez, norte da província de Cabo Delgado, em Moçambique, é acusado de ter agredido fisicamente a sua esposa até à morte, no passado dia 28 de maio. O crime, segundo as autoridades, foi motivado por ciúmes, considerados de natureza passional.
A informação foi divulgada esta segunda-feira (02.06.2025), durante uma conferência de imprensa realizada na cidade de Pemba, pelo chefe do Departamento das Relações Públicas do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), Aniceto Magome. Segundo ele, a principal causa do crime está relacionada com ciúmes.
"Registamos um caso de homicídio agravado no distrito de Montepuez, que ocorreu por volta das dezoito horas do dia vinte e oito de maio, na residência do indiciado, na aldeia Micanda. Este cidadão de 55 anos de idade teria agredido fisicamente a sua esposa, de 40 anos de idade, até à morte por razões passionais", - disse Aniceto Magome.
O responsável explicou ainda que o suspeito foi neutralizado e encontra-se sob custódia policial. Um processo-crime foi instaurado e remetido ao Ministério Público.
"Fizemos algumas diligências que culminaram com a neutralização do indivíduo. O mesmo é confesso e alegou que estava sob efeito de álcool. Disse ainda que, movido por ciúmes e razões passionais, acabou por cometer este macabro crime. Foi levantado um auto de denúncia e remetido ao Ministério Público", - afirmou Magome.
Por fim, o responsável apelou à colaboração da comunidade na denúncia de crimes."Apelamos à população a continuar a colaborar com a Polícia da República de Moçambique na denúncia dos casos criminais", - apelou.(x)
Por: Nazma Mahando
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) manifestou nesta quarta-feira, 04 de junho de 2025, uma profunda preocupação face aos ataques violentos e sequestros de menores na província de Cabo Delgado, após o recente incidente ocorrido no dia 11 de maio do ano em curso, na aldeia de Magaia, distrito de Muidumbe.
De acordo com uma publicação na página oficial do UNICEF, o ataque resultou na morte de três raparigas com idades entre os 12 e os 17 anos, enquanto outras oito, sendo seis raparigas e dois rapazes, foram raptadas.
"O recente ataque à aldeia de Magaia, distrito de Muidumbe, no dia 11 de maio, no qual três raparigas de 17, 14 e 12 anos foram mortas e outras oito, incluindo seis raparigas e dois rapazes, foram raptadas, é um trágico lembrete dos perigos que as crianças enfrentam em áreas afetadas por conflitos", lê-se na publicação.
O UNICEF alerta ainda para a tendência crescente de rapto, recrutamento e uso de crianças por grupos armados não estatais, práticas que constituem graves violações dos direitos das crianças e agravam a crise humanitária na região.
Perante esta situação, o UNICEF afirma continuar a trabalhar com os seus parceiros no terreno para apoiar as crianças afetadas e as suas famílias.
“O direito de todas as crianças a viver em segurança, sem violência e sem medo, deve ser plenamente respeitado." (x)
Por: António Bote
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A base militar de Katupa, situada numa mata densa do interior do distrito de Macomia, voltou a ser palco de confrontos armados no passado dia 27 de maio. Segundo testemunhos recolhidos pela Zumbo FM Notícias, grupos terroristas lançaram um ataque surpresa contra a posição ocupada pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), resultando em várias baixas entre os militares moçambicanos.
Vários residentes de Macomia confirmaram o episódio à nossa reportagem e descreveram os impactos do embate.
"Sim, houve um ataque em Katupa, e também morreram militares. Um pouco distante daqui da vila, morreram muitos porque eles lançam bombas", contou António (nome fictício), residente local.
Outro habitante da vila, que pediu anonimato, relatou que vários soldados retornaram em condições precárias, sinal de que haviam sido surpreendidos pela violência do ataque.
"Os militares voltaram sem sapatos, sinal de que sofreram mesmo. E ouvi dizer que foram devolvidos para a base porque não cumpriram o prazo da missão”, relatou.
Mais pormenores foram fornecidos por Carlos (nome fictício), também residente de Macomia.
“Em Katupa houve ataque. Os militares sofreram baixas, estavam sem sapatos nem nada. Muitos sofreram por causa dessa incursão. A verdade é que quem mais sofreu foram os nossos militares. Aqueles que voltaram foram mandados de novo porque não cumpriram o prazo para aquela posição. A vida militar está muito difícil. Parece até que os terroristas são mais fortes que a nossa tropa. Nem os ruandeses estão a fazer nada. Só estão a passear na vila”, declarou.
Diante da gravidade da situação, a Zumbo FM Notícias procurou esclarecimentos junto ao Chefe das Relações Públicas do Estado-Maior General das FADM, António Pedro Domingos, que, em entrevista exclusiva, assegurou que estão a ser traçadas novas diretrizes de resposta, incluindo estratégias de comunicação com os meios de imprensa.
"Neste momento estamos a traçar as diretrizes para intervir com vigor com a mídia. Estuda-se quem poderá liderar este processo e como será feito. Desde a reunião que tivemos para alinhar esse plano não tivemos respostas, os generais estavam fora do país", explicou Domingos.
A base de Katupa tem sido, desde o início da insurgência, um ponto de interesse estratégico para os insurgentes. Após a reconquista da vila de Mocímboa da Praia pelas FDS, em agosto de 2021, muitos dos combatentes deslocaram-se para esta zona florestal, transformando Katupa num refúgio. Em julho de 2022, com o apoio de parceiros internacionais, as FDS reconquistaram a base, numa operação que resultou na morte de dezenas de insurgentes, incluindo alguns líderes, e na apreensão de armamento, computadores e rádios de comunicação.
Apesar desse avanço, a base continua vulnerável, e o ataque recente confirma a persistência da ameaça.
Enquanto a estrutura militar define os próximos passos, cresce o sentimento de desgaste entre os jovens soldados destacados na frente de combate, ao mesmo tempo que a população civil permanece em constante estado de alerta. A guerra em Cabo Delgado, que começou em 2017, continua sem um desfecho previsível, deixando para trás um rasto de sofrimento, deslocamento e instabilidade.(x)
Por: Zumbo FM Notícias
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê que Moçambique registe um crescimento populacional de mais de 10 milhões de habitantes entre 2017 e 2027.
De acordo com dados do quarto Censo Geral da População e Habitação, realizado em 2017, o país contava com 26.899.105 habitantes. Para o quinto censo, previsto para 2027, o INE estima uma população total de cerca de 36 milhões de pessoas.
O lançamento oficial do projecto do Censo 2027 teve lugar esta segunda-feira, em Maputo. Segundo o INE, esta será a primeira operação censitária totalmente digital em Moçambique, o que permitirá maior eficiência na recolha e tratamento dos dados, com redução significativa de erros e do tempo de apuramento. Por exemplo, enquanto anteriormente o apuramento preliminar levava até dois anos, com o novo sistema digital espera-se que esse período seja reduzido para apenas seis meses.
A recolha de dados do Censo 2027 está agendada para o mês de Agosto daquele ano, com duração de 15 dias consecutivos.
O projecto está orçado em cerca de 110 milhões de dólares, equivalentes a pouco mais de sete mil milhões de meticais. A sua implementação decorrerá em três fases: pré-censo, que compreende a preparação, mobilização de fundos, contratação de pessoal e aquisição de materiais; censo, que corresponde à recolha dos dados; e pós-censo, que inclui o apuramento e a divulgação dos resultados.
A previsão do INE consta numa publicação recente do Jornal O País, que destaca os preparativos em curso para o próximo censo populacional.
Por: Zumbo Notícias FM
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O Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Satar Abdulgani, anunciou na última sexta-feira, (30.05.2025) na inauguração da escolinha municipal de chuiba, que as obras de reabilitação da estrada ANE-Chuiba vão retomar a partir deste Junho.
“Nós como conselho municipal já começamos. Primeiro, já aceleramos os processos de recolha de gestão de resíduos sólidos que era para facilitar o processo de limpeza garantindo processo de gestão de resíduos sólidos. Agora vamos passar a fase de tapamento de alguns buracos, e já lançamos um concurso de tampagem de estrada paralela a estrada ANE-Chuiba, que vem em resposta a esse plano que nós fizemos que vai entrar em curso daqui a nada. Vamos agora no mesmo processo construindo mercado de peixe de paquiteque e estampar toda aquela rampa que dá acesso a paquiteque. Então quer dizer que já identificamos uma zona onde vamos explorar o saibro, que é para darmos mais consistência de estradas de terra planagem, significa que a partir do mês de junho vamos estar (…) a dar as vias de acesso para que na época chuvosa deste ano possa encontrar algumas estradas de forma consistente”. Garantiu Edil de Pemba, Satar Abdulgani.
Abdulgani explicou que uma parte das máquinas adquiridas já está a caminho e deverá chegar ao porto da Beira até 20 de Junho.
“As máquinas que o Conselho Municipal está à espera, algumas delas vão chegar ao porto da Beira no dia 20 de junho. A demora deveu-se a uma conjuntura que está fora do Conselho Municipal. O dinheiro existe no banco, porém, a situação dos pagamentos ao exterior é gradual. Então, o dinheiro já está disponível, e as máquinas no porto da China já estão prontas. As seis máquinas que complementam o lote ainda vão sair, mas já estão no porto. Esta demora deve-se ao processo de pagamento. Neste preciso momento, todo o processo dos 11 equipamentos que o Conselho Municipal adquiriu, ainda faltam duas faturas. Quer dizer, falta se pagar, e não por falta de dinheiro. O metical está no banco. Os bancos estão a fazer esforços para conseguir converter o valor em moedas estrangeira, para fazer pagamento no exterior”. Garantiu Satar Abdulgani Edil de Pemba.
Além disso, o Presidente do Conselho Municipal disse ainda que está implementar um plano de aproveitamento que visa em transformar os terrenos inutilizados da cidade em parques infantis e outras infraestruturas de proximidade, como escolas, supermercados e hotéis.
“A ideia que nós temos é levar cada vez mais os terrenos ociosos, e nós já começamos levar esses terrenos e um desses terrenos ociosos vamos transformar em parques infantis, se forem a ver na cidade de Pemba praticamente não existe reserva de espaços municipais. Então nós como conselhos municipais como já viram nas nossas redes sociais os nossos documentos oficiais onde já notificamos 14 terrenos ociosos, e ainda vamos continuar com este processo que é para dar resposta a infraestrutura como parques infantis assim como instalação de outros projetos, como hotéis supermercados mais próximos da comunidade.” Disse Satar Abdulgani.
Importa ressaltar que a obra da estrada ANE–Chuiba, teve o seu inicio em junho de 2021 e estava previsto que terminasse em 2022 um ano depois, compreendia a asfaltagem de cinco quilómetros de extensão, mas até neste preciso momento apenas 200 metros foram asfaltados. As obras ficaram paralisadas durante vários meses, sem explicações concretas sobre a sua conclusão por parte do governo. (x)
Por: Ibraimo Abdulai
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Seis meses após a passagem do ciclone Chido, no dia 15 de Dezembro de 2024, o distrito de Mecufi, no sul da província de Cabo Delgado, continua a enfrentar enormes desafios para se reerguer dos escombros deixados pela destruição. Estima-se que a reconstrução das infraestruturas danificadas venha a custar cerca de 3 mil milhões de meticais, o equivalente a 46,9 milhões de dólares, segundo revelou o administrador distrital, Fernando Neves, esta quarta-feira, 28 de Maio.
O ciclone tropical atingiu o distrito com extrema violência, deixando um rasto de devastação quase total. De acordo com dados oficiais, a tempestade provocou a morte de aproximadamente 100 pessoas e destruiu cerca de 16 mil habitações, além de ter danificado severamente edifícios públicos, escolas, centros de saúde e sistemas de abastecimento de água.
“O distrito continua praticamente em ruínas”, afirmou Fernando Neves, sublinhando a gravidade da crise humanitária que se vive em Mecufi. “A nível local, não temos recursos para suportar uma reconstrução desta magnitude. No entanto, com o apoio de parceiros, foi possível iniciar a reabilitação do centro de saúde e do edifício da administração distrital.”
O cenário actual é marcado por profunda vulnerabilidade social e económica. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou que a situação de segurança no norte de Moçambique está a “deteriorar-se rapidamente”, com novos ataques de grupos armados em zonas que até então eram consideradas relativamente estáveis, sobretudo na província de Cabo Delgado.
Segundo um relatório operacional da referida agência da ONU, consultado nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, pela agência Lusa, os ataques protagonizados por “grupos armados não estatais” nas províncias de Cabo Delgado e Niassa resultaram no deslocamento de milhares de pessoas e na interrupção de várias operações humanitárias em curso.
“No norte de Moçambique, a situação de segurança continua a deteriorar-se (...). A intensidade renovada do conflito está agora a afetar áreas anteriormente consideradas relativamente seguras, incluindo os distritos de Ancuabe e Montepuez, que registaram cerca de 15.000 e 5.000 novas deslocações, respetivamente”, indica o documento.
Desde outubro de 2017, Cabo Delgado, uma província rica em recursos naturais como o gás natural, tem sido palco de uma insurgência armada, cujos ataques são frequentemente reivindicados por grupos ligados ao autoproclamado Estado Islâmico. A violência já provocou mais de um milhão de deslocados internos e centenas de mortos.
Além da província de Cabo Delgado, a vizinha Niassa também foi recentemente alvo de violência. Em abril, grupos armados decapitaram dois guardas-florestais numa zona protegida. No mesmo período, o Estado Islâmico reivindicou a autoria de um ataque em que três pessoas foram mortas.
O ACNUR adianta que, nas últimas semanas, mais de 25.000 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas devido à intensificação dos ataques no norte do país.
“Na província de Niassa, onde até recentemente o movimento de deslocados era reduzido, mais de 2.000 pessoas foram obrigadas a fugir desde meados de março. Esses deslocados somam-se aos quase 1,3 milhões de pessoas afetadas pelo conflito armado, por desastres naturais como ciclones consecutivos e pela seca prolongada”, sublinha a agência.
Apesar do agravamento da situação de segurança, o ACNUR reconhece que o ambiente político em Moçambique permanece “calmo”, e que os esforços nacionais estão agora centrados no “planeamento do desenvolvimento a longo prazo”.
Este alerta surge dias depois de as Nações Unidas estimarem que cerca de 5,2 milhões de pessoas em Moçambique necessitam atualmente de assistência humanitária, resultado de uma “tripla crise” provocada pelo conflito armado, eventos climáticos extremos recorrentes e agitação pós-eleitoral.(x)
Por Bonifácio Chumuni
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A Delegada do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO) em Cabo Delgado, Angélica Bento, revelou que, só no primeiro trimestre deste ano, foram apreendidas quarenta cartas de condução na cidade de Pemba, maioritariamente devido a infrações como excesso de velocidade e condução sob efeito de álcool. A informação foi partilhada esta quarta-feira, 28 de Maio 2025, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias.
"No primeiro trimestre foram apreendidas quarenta cartas de condução. Foi mais ou menos aqui na cidade de Pemba."
Segundo Bento, os principais focos de infração continuam a ser os mesmos: excesso de velocidade e o consumo de bebidas alcoólicas antes de conduzir, o que representa um grande desafio para as autoridades.
"Destacam-se o excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool. É verdade, e constitui um grande desafio, pois muitas das vezes temos feito trabalho de fiscalização às sextas-feiras, sábados e durante as noites, para controlar principalmente os condutores que se fazem à via sob efeito de álcool", explicou.
Em comparação com o ano anterior, os números mostram uma tendência preocupante: cinquenta e três cartas foram apreendidas em 2024 em toda a província, o que, segundo a Delegada, reflecte o esforço contínuo das autoridades.
"No ano passado, apreendemos cinquenta e três cartas de condução. Sim, porque está a ser realizado um trabalho intensivo, tanto nos distritos como aqui na província."
As penalizações aplicadas variam conforme a gravidade da infração. Para os casos mais graves, como a condução sob efeito de álcool, as sanções são pesadas.
"Depende da irregularidade. Aqueles que têm, mais ou menos, pena censória média, têm sanções. Quando é grave, a carta é retirada e o condutor é suspenso por um período de um ano. Por exemplo, estes condutores que se fazem à via sob efeito de álcool, quando são apanhados, têm as cartas retiradas e ficam um ano sem conduzir. Além disso, é aplicada uma multa e a carta é suspensa no sistema."
A responsável revelou ainda a ocorrência de situações com cartas digitalizadas — e não propriamente falsas — que levantam suspeitas sobre a sua autenticidade.
"Já aconteceu algumas vezes, mas não sempre. São casos raros aqui em Pemba. Não são propriamente cartas falsas, são cartas digitalizadas. Não sei como são feitas. Não sei se acompanhou no ano passado, mas foi apanhado um condutor com uma carta — nem é carta — uma carta digitalizada, digamos assim. Foi detido pelo SERNIC e, daí, ele identificou e disse que foi um amigo, não sei se de Nampula ou de outra província, que o ajudou a digitalizar aquilo, e acabou detido."
Angélica Bento salientou o trabalho articulado com outros órgãos do Estado na fiscalização e monitoria das atividades nas estradas.
"A colaboração é boa. Nós temos trabalhado com a Polícia de Trânsito, ANE, Alfândegas e outros parceiros, incluindo a Direção Provincial de Transportes. Temos feito um trabalho conjunto e é uma relação boa."
Sobre a questão da emissão de cartas de condução, a Delegada contou que actualmente não tem havido problemas, acrescentando que existem naquela instituição, muitas cartas não reclamadas e o INATRO, esta estudar várias formas de contactar os proprietários.
"Já foram levantadas várias cartas. Até para o senhor poder testemunhar, temos muitas cartas cujos donos não estão a vir levantar. Estamos a pensar, neste momento, comunicar pelas redes sociais e pelas rádios, para pedir que os donos venham levantar as suas cartas. São centenas de cartas cujos donos ainda não as vieram buscar."
A responsável do INATRO também aproveitou a ocasião para esclarecer que os atrasos na emissão das cartas de condução já não constituem um problema generalizado, visto que o processo foi regularizado.
"Não concordo que há demora na emissão de carta de condução. Foi uma fase, mas já foi ultrapassada. Às vezes, as cartas saem antes dos noventa dias, outras vezes saem depois, porque as cartas não são emitidas cá. São emitidas a nível central. O que eles fazem é juntar os documentos para depois enviar para as províncias", concluiu a Delegada do INATRO em Cabo Delgado, Angélica Bento. (x)
Por: António Bote
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A maior mina de grafite do continente africano, localizada no distrito de Balama, região sul da província de Cabo Delgado no norte de Moçambique, voltou a operar depois de um longo impasse com as comunidades locais. Desde setembro de 2024, cerca de 800 famílias bloquearam as instalações da mineradora Syrah Resources, exigindo compensações justas pelas terras que foram cedidas para a exploração do minério uma reivindicação que paralisou as atividades e afetou a economia local do país.
A Zumbo FM Notícias apurou por meio de uma fonte interna ligada à mina que pediu anonimato, as operações foram retomadas há mais de duas semanas, mas o Governo Provincial de Cabo Delgado opta por manter silêncio absoluto sobre os termos do acordo que garantiu o fim do bloqueio.
A nossa equipa de reportagem tentou diversas vezes contactar o porta-voz do Governo Provincial, Canira Juma, que chegou a prometer uma entrevista para esclarecer a situação, mas voltou a evitar o contacto e não forneceu nenhuma explicação oficial.
Por sua vez, a TWIGG Exploration and Mining Limitada, empresa subsidiária da Syrah Resources Limited companhia australiana listada na Bolsa de Valores da Austrália ainda não comentou publicamente a retoma das operações na mina de Balama.
Inaugurado em 2018, o projecto da Mina de Grafite de Balama é um dos maiores investimentos em mineração do país e representa uma importante fonte de receitas para a província de Cabo Delgado e para Moçambique. (x)
Por: Bonifácio chumuni
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