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O novo Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, tomou posse nesta quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, e revelou um plano para reduzir o tamanho do governo, com a eliminação dos vice-ministros, secretárias de Estado e a redução do número de ministérios.Segundo Chapo, essa medida gerará uma economia anual de aproximadamente 17 mil milhões de meticais.

Em seu discurso, o Presidente explicou que as secretárias de Estado terão responsabilidades claras e bem definidas, respondendo diretamente aos ministros. “O objetivo é criar um governo menor, mas muito mais ágil e eficiente”, afirmou, novo Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo.

Chapo destacou que a redução de ministérios e a eliminação de secretárias de Estado equiparados aos ministérios irão resultar em uma significativa economia.
“Essa mudança gerará uma economia de cerca de 17 mil milhões de meticais por ano, que serão redirecionados para áreas prioritárias, como educação, saúde, agricultura, água, estradas e energia, visando melhorar a vida do nosso povo”, declarou o presidente.

Além disso, o Presidente anunciou que a figura do vice-ministro será abolida, e os secretários de Estado passarão a ter funções mais objetivas, de supervisão e monitoramento, com responsabilidades diretamente atribuídas aos ministros. A reestruturação tem como principal objetivo tornar o governo mais ágil, sem reduzir sua capacidade de ação.

Daniel Chapo também anunciou que as funções do Secretário Permanente nos ministérios serão redefinidas. O cargo, que antes era considerado simbólico, passará a ter responsabilidades mais práticas e efetivas. Com essas mudanças, o presidente pretende simplificar a máquina governativa e reduzir ainda mais os gastos públicos.
“É hora de termos um governo que respeite o suor do povo moçambicano e utilize cada metical com responsabilidade. Essas reformas garantirão que os recursos sejam direcionados para onde realmente importam”, afirmou.

Em relação às províncias, Chapo anunciou alterações significativas na estrutura administrativa. Os Secretários de Estado nas províncias terão funções exclusivas de supervisão e monitoramento. O Conselho Executivo Provincial, liderado pelos Governadores, será o responsável pelas tarefas executivas. Essa reestruturação, segundo o presidente, vai garantir mais eficiência no processo de gestão provincial.

Chapo finalizou o seu discurso destacando que essas reformas têm o objetivo de criar um governo mais pequeno e eficiente, comprometido com a eliminação do desperdício e com a otimização dos recursos.

“Com estas reformas, vamos criar um governo mais eficiente e focado nas necessidades reais do nosso povo”, concluiu.(x)

Por: Nazma Mahando

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Nesta quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, Daniel Francisco Chapo assumiu o cargo como o quinto Presidente eleito de Moçambique. Durante a cerimônia de posse, Chapo, no seu primeiro discurso, como Presidente da República de Moçambique, destacou que irá dirigir o país com justiça e dignidade para todos os moçambicanos.

"A harmonia social não pode esperar, nem a construção de consensos sobre os aspetos que preocupam o povo moçambicano. Por isso, o diálogo já começou e não descansaremos enquanto não tivermos um país unido e coeso, rumo à construção do bem-estar para todos", declarou Chapo, sinalizando que sua liderança será marcada por diálogo inclusivo e ações concretas.

O Presidente recém-empossado ressaltou que seu governo priorizará a estabilidade social e política, prometendo um diálogo franco, honesto e sincero com as forças políticas. Ele destacou que não é apenas um líder, mas um filho da terra, que compreende profundamente as dificuldades vividas pelos moçambicanos.

"Hoje, dirigimo-nos a cada um dos moçambicanos, não como um Presidente distante, mas como um filho desta terra onde sentimos, vivemos e partilhamos as nossas angústias", afirmou, reforçando seu compromisso com o povo.

Chapo abordou de forma contundente questões críticas como a fome, o desemprego juvenil e a precariedade enfrentada por funcionários públicos. Ele prometeu buscar soluções para garantir melhores condições de vida e trabalho para professores, médicos, enfermeiros, magistrados e membros das Forças de Defesa e Segurança.

"Muitos compatriotas nossos ainda dormem sem pelo menos uma refeição condigna, o que é doloroso. O desemprego, sobretudo no seio da juventude, atinge níveis preocupantes", lamentou Chapo.

O novo Presidente encerrou seu discurso com um apelo à união e ao esforço coletivo. Ele reafirmou que ouvirá as vozes do povo em todos os momentos e trabalhará incansavelmente para reconstruir Moçambique com dignidade e justiça para todos.(x)

Por: Nazma Mahando

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O novo Presidente da República de Moçambique foi empossado oficialmente nesta quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, na Praça da Independência, em Maputo. Daniel Chapo assume o cargo de quinto presidente do país, após ser eleito nas eleições de 9 de outubro de 2024.

 Em seu discurso de investidura, Daniel Chapo destacou que uma de suas principais prioridades será o combate ao crime organizado e aos raptos, questões que têm gerado grande preocupação na sociedade moçambicana. mas também garantir que haja mais transparência ao estado moçambicano, no seu dia-a-dia.

 "Estabeleceremos uma unidade central dedicada à coleta, análise e compartilhamento de inteligência sobre raptos e crimes organizados, fortalecendo a capacidade de resposta. Implementaremos um sistema de alerta que permitirá a ampla divulgação de ocorrências e facilitará que os cidadãos denunciem de forma rápida e segura," afirmou o novo presidente.
Chapo também

anunciou a intenção de reforçar as instituições responsáveis pela investigação criminal, como o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), a Polícia da República de Moçambique (PRM), e o Ministério Público, com a alocação de mais recursos, equipamentos modernos e pessoal qualificado.

 "Reforçaremos essas instituições, alocando mais recursos, equipamentos modernos e profissionais selecionados com base em princípios éticos rigorosos. Eles serão treinados para combater, de forma prioritária, a corrupção, os raptos, o tráfico de drogas, de seres humanos e de órgãos," destacou.

 Daniel Chapo também enfatizou a educação como um pilar essencial para o desenvolvimento de Moçambique. O presidente empossado, reconheceu os desafios do setor, como a falta de recursos, infraestrutura inadequada e a desmotivação dos professores.

 "Não há desenvolvimento sem educação de qualidade. Ela é o motor que move as sociedades, transforma vidas e cria oportunidades para o futuro. Por isso, a educação será um pilar central da nossa transformação," afirmou.

Ademais, entre as medidas anunciadas a distribuição gratuita de livros escolares, em formato impresso e digital, a reabilitação de infraestruturas educacionais e a valorização dos professores.

 "Livros escolares gratuitos serão distribuídos para garantir que nenhuma criança fique sem acesso ao material necessário. Investiremos na formação e motivação dos professores, pois são fundamentais para o futuro da nossa nação," completou Chapo.

 A cerimônia de posse aconteceu em um contexto de tensões políticas e sociais, com protestos liderados por Venâncio Mondlane, que questionaram os resultados das eleições. Esses protestos mobilizaram milhares de pessoas, refletindo o descontentamento do processo eleitoral.(x)

 Por: Esperança Picate

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Após entregar o poder ao novo presidente da República, Daniel Francisco Chapo, Filipe Nyusi, agora presidente cessante, fez um pronunciamento impactante sobre a situação em Cabo Delgado. No seu último discurso como chefe de Estado, Nyusi afirmou com convicção que os grupos terroristas responsáveis pela violência em alguns distritos da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, estão “totalmente desarticulados”, destacando os avanços significativos na segurança nacional.

Sem fornecer detalhes específicos, o presidente cessante revelou que, segundo informações recentes, muitos terroristas estão deixando o país, sinalizando uma vitória estratégica das forças de defesa de Moçambique.

“Ainda esta manhã, recebemos uma excelente notícia: os terroristas estão completamente desarticulados. Alguns já abandonaram o país”, declarou Nyusi, visivelmente satisfeito com os progressos na estabilização da região norte do país.

Em um gesto de reconciliação, Nyusi fez também um apelo final aos insurgentes, incentivando-os a se entregarem às autoridades e deixarem a violência para trás.

“E mais uma vez, quero deixar uma última palavra: entreguem-se. Os moçambicanos não têm ódio permanente. O caminho para a paz e para a reintegração é possível”, afirmou o presidente cessante.

A insurgência em Cabo Delgado teve início em 2017, com ataques de grupos armados ligados ao terrorismo. A violência se intensificou rapidamente, resultando em milhares de mortes e no deslocamento de mais de um milhão de pessoas. A região tornou-se um dos maiores focos de instabilidade no país, com os insurgentes atacando aldeias, sequestrando civis e destruindo infraestruturas essenciais.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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A nova Assembleia da República da 10ª legislatura foi oficialmente formada após a tomada de posse dos deputados eleitos nas eleições gerais de 2024. A FRELIMO e o Podemos, que detêm a maioria dos assentos, tomaram posse, enquanto os deputados da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) decidiram se ausentar, alegando que aceitar sua posse significaria endossar uma alegada fraude eleitoral, que, segundo a oposição, teria ocorrido durante o processo eleitoral.

Neste contexto tenso e de grandes expectativas, o Bispo da Diocese de Pemba, Dom António Juliasse, fez duras críticas à postura dos parlamentares e, em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, nesta segunda-feira, 13 de janeiro de 2025, pediu maior responsabilidade e seriedade dos membros do parlamento.

Não queremos que tomem uma postura como a que nos habituaram anteriormente, uma postura infantil, muito concentrada em insultos. Isso é muito estranho. Esperamos que levem os problemas estruturais para o parlamento, e esperamos isso de todas as bancadas: Podemos, Frelimo, Renamo e MDM. A bancada da Frelimo, que é a maioritária desta vez, o povo espera que não entre no parlamento para defender interesses que não sejam os do povo, mas sim os interesses comuns de todos os moçambicanos. A Frelimo deve lutar para que a escolha do povo seja respeitada e fiscalizada, para que o nosso governo possa ter um bom desempenho. Uma boa Assembleia da República, fiscalizadora, garantirá que tenhamos um governo com bom desempenho.

Disse Dom António Juliasse, reafirmando a necessidade de uma atuação responsável e focada nos interesses nacionais.
O Bispo também ressaltou a importância do diálogo como ferramenta essencial para a resolução dos problemas do país, especialmente em um momento em que a violência e os conflitos continuam a afetar a população.

O diálogo é o caminho. Os moçambicanos devem resolver seus problemas utilizando o diálogo, e não as armas, como estamos vendo. Há tantas pessoas mortas. O diálogo é fundamental, e é preciso compreender que a razão não está apenas de um lado. Todos devem se sentar à mesa com honestidade e sinceridade, em prol do povo moçambicano. O que for válido para o bem do povo deve ser aceito por todos, para o bem de todos”, afirmou.

Além disso, Dom António Juliasse destacou a relevância de permitir que novos grupos políticos e figuras emergentes desempenhem um papel ativo nas mudanças que o país tanto precisa.

Não podemos ter receio do novo. Devemos abrir oportunidades para todos os moçambicanos. Não podemos falar apenas do desempenho inicial. Eles se uniram e concorreram como um partido nas últimas eleições, tiveram a sorte de ser eleitos ou o povo moçambicano encontrou credibilidade neles, ligados à vitória de Modalane. Agora, estão no parlamento. São novos, e o povo está atento. Sendo um grande partido da oposição neste momento, devem lutar verdadeiramente pelas mudanças que o povo espera”, disse o Bispo.

Em relação ao novo governo, Dom António Juliasse espera que o presidente eleito, que tomará posse no dia 15 de janeiro, traga propostas inovadoras e eficazes para o parlamento.

Também esperamos que o presidente eleito tenha a responsabilidade de trazer propostas inovadoras ao parlamento, com políticas mais abrangentes e eficazes, para que o governo seja realmente fiscalizado em nome do povo”, concluiu o Bispo.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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A Margarida Talapa, uma das figuras mais influentes da política moçambicana, foi eleita nesta segunda-feira, 13 de janeiro de 2025, como Presidente da Assembleia da República, durante a cerimônia de investidura da X Legislatura, realizada na Cidade de Maputo.

Talapa torna-se a terceira mulher consecutiva a ocupar este cargo, consolidando-se como a segunda figura mais importante na hierarquia do Estado, atrás apenas do Presidente da República. A eleição foi marcada pela participação de 210 deputados, dos quais 171 da Frelimo e 39 do PODEMOS. Margarida Talapa recebeu 169 votos a favor, um número que reflete a ampla confiança depositada em sua liderança.

Com uma trajetória política notável, Talapa já ocupou posições de destaque, como Chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo e, mais recentemente, Ministra do Trabalho e Segurança Social. Sua eleição simboliza não apenas um marco histórico para o parlamento moçambicano, mas também o reconhecimento de sua competência, experiência e compromisso com o país.

Em seu discurso de investidura, visivelmente emocionada, Margarida Talapa agradeceu aos deputados pela confiança e reiterou o seu compromisso com o fortalecimento da democracia, o respeito à diversidade de opiniões e o avanço do papel do parlamento no desenvolvimento socioeconomico de Moçambique.

Assumo este desafio com humildade e determinação, comprometendo-me a trabalhar incansavelmente para que a Assembleia da República seja um espaço de debate construtivo e de representatividade para todos os moçambicanos”, afirmou.

A eleição de Margarida Talapa reafirma a liderança feminina no parlamento moçambicano, contribuindo para a consolidação da democracia e para a promoção da inclusão e da igualdade de gênero na política do país.(x)

Por: Nazma Mahando

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Nos últimos anos, Moçambique tem sido severamente afetado por ciclones tropicais e outros fenômenos climáticos extremos, com grandes consequências para as populações e a infraestrutura, especialmente nas áreas costeiras. Esses eventos, cada vez mais frequentes e intensos, impõem riscos significativos para a segurança das comunidades e exigem ações contínuas de monitoramento e alerta. Neste domingo, 12 de Janeiro de 2025, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) emitiu um alerta sobre a tempestade tropical severa "DIKELEDI", que entrou no Canal de Moçambique e pode gerar condições climáticas extremas nas próximas horas.

O Comunicado de imprensa recebido na redação da Zumbo FM Notícias, emitido pelo INAM, detalhou que "durante a madrugada de hoje, 12.01.2025, a tempestade tropical severa 'DIKELEDI' entrou para o canal do Moçambique, pelas coordenadas 48.0E e 13.2S". A tempestade é prevista para trazer chuvas intensas e trovoadas severas, com ventos fortes, que deverão variar entre 63 e 88 km/h, principalmente sobre o Canal de Moçambique, ao norte do paralelo 18 graus sul. O INAM destacou ainda que "as ondas do mar poderão atingir alturas entre 4 e 7 metros", representando um risco elevado para as áreas costeiras e a navegação marítima. Esse cenário coloca as regiões mais vulneráveis, como as zonas litorâneas e áreas de navegação, em alerta máximo, uma vez que as condições meteorológicas podem deteriorar-se rapidamente.

As autoridades do INAM também informaram que, devido à intensidade da tempestade, é possível que as condições se agravem nas próximas horas, exigindo uma vigilância constante e a preparação para medidas de segurança mais rigorosas.

O alerta do INAM é válido até às 18 horas do dia 13 de Janeiro de 2025. Durante este período, as condições climáticas serão monitorizadas de perto, com novas atualizações previstas, caso a situação se altere ou se agrave.

Em face da situação, o INAM recomendou que sejam adotadas "medidas de precaução e segurança face à agitação marítima, ventos ciclónicos e trovoadas severas". O instituto sublinhou ainda que "a navegação no Canal de Moçambique deve ser suspensa, dado o risco de agitação marítima e ventos fortes".

O INAM continua a acompanhar de perto a evolução da tempestade tropical severa "DIKELEDI" e estará a emitir novas informações conforme necessário, com o objetivo de garantir que a população esteja sempre informada e preparada para lidar com os efeitos da tempestade. (x)

Por: António Bote

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A situação política em Moçambique atingiu um novo ápice de tensão na quinta-feira, 9 de Janeiro de 2025, com o confisco do passaporte de Venâncio Mondlane, um dos principais líderes da oposição, ao chegar ao Aeroporto de Mavalane, após quase três meses de exílio. A retenção do documento, efetuada pelos serviços migratórios do país, ocorreu no contexto de uma série de protestos liderados por Mondlane contra alegadas fraudes nas eleições gerais de Outubro de 2024.

De acordo com uma publicação nas redes sociais do seu assessor político, Dinis Tivane, a justificativa apresentada pelas autoridades de imigração foi que Mondlane havia renunciado ao seu estatuto de deputado da Assembleia da República. A explicação, conforme exposta na nota, argumenta que, por ter abandonado o cargo de deputado, o político deixou de ter direito ao uso do passaporte diplomático, que confere isenção de vistos em viagens internacionais.

No entanto, a explicação não convenceu os aliados de Mondlane, que consideram a medida uma clara tentativa de intimidação política. Tivane enfatizou que, apesar de sua desistência do cargo, Mondlane continua sendo um líder legítimo com uma ampla base de apoio, especialmente após a denúncia de resultados "fraudulentos" nas recentes eleições, que o colocaram como o segundo candidato presidencial mais votado.

O assessor não poupou críticas ao governo, acusando-o de agir de maneira autoritária e de utilizar o aparelho do Estado para intimidar aqueles que se opõem ao regime. "A retenção do passaporte é um sinal claro de que querem manter Venâncio Mondlane sob controlo. Estamos a enfrentar uma estratégia que visa silenciar a oposição, e esta é apenas a primeira parte do processo", declarou Tivane.

A tensão promete aumentar, com o assessor afirmando que serão tomadas medidas legais para reaver o passaporte de Mondlane, e prometendo expor os responsáveis por esta ação que considera ilegal. "Estamos a apenas começar. A luta pela justiça será implacável e vamos revelar toda a sujeira escondida por aqueles que confundem o Partido com o Estado", afirmou Tivane.

O incidente reacende o debate sobre a liberdade política em Moçambique e a crescente repressão contra os opositores do governo, alimentando ainda mais as críticas sobre a transparência das eleições de outubro e o clima de polarização política no país. As próximas ações legais e políticas de Mondlane e seus aliados podem desencadear novos confrontos no já volátil cenário político moçambicano. (x)

Por: António Bote

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Em Cabo Delgado, a onda de violência política segue sem trégua, com o assassinato do Chefe de Mobilização do Partido PODEMOS, Rachide Lamina, de 40 anos, na noite de segunda-feira, 6 de Janeiro de 2025, na aldeia de Intutupue, no distrito de Ancuabe. Este é o segundo assassinato de membros do partido em menos de uma semana, após a morte brutal de um outro activista em Montepuez, na última sexta-feira, 3 de Janeiro, onde o Chefe de Mobilização do PODEMOS local foi também assassinado de forma fria por desconhecidos.

Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias realizada nesta terça-feira, 7 de Janeiro de 2025, o Coordenador do PODEMOS em Cabo Delgado, Singano Assane, detalhou os dois casos e fez duras críticas ao contexto de violência política crescente na província. Sobre o assassinato de Lamina, ele relatou que recebeu um telefonema entre 20h e 21h, informando que dois homens em um carro chegaram à casa de Lamina, chamaram-no e, após ele acordar, dispararam contra ele.

"Claro que sim, eu recebi um telefonema às 20h para 21h, os declarantes disseram que vieram duas pessoas com um carro, na casa de um dos nossos elementos, chamaram ele e ele acordou, logo dispararam contra nele. Perdeu a vida no local. Eles usavam roupa civil, a parte da viatura estava estacionada um pouco distante, logo na entrada da aldeia, logo quando tiraram a vida do nosso colega, eles entraram em fuga", explicou o coordenador, visivelmente abalado.

O assassinato de Lamina se soma a outro ocorrido em Montepuez, onde na última sexta-feira, 3 de Janeiro de 2025, o Chefe de Mobilização do PODEMOS foi também brutalmente assassinado.

"Na última sexta-feira, 3 de Janeiro de 2025, aconteceu o outro assassinato. O Chefe de Mobilização do PODEMOS em Montepuez foi brutalmente assassinado. O que estamos a viver aqui em Cabo Delgado é algo que não tem explicação, os membros do nosso partido estão sendo assassinados e ninguém faz nada para pôr fim a essa violência", afirmou o coordenador.

Com os dois assassinatos em um intervalo de poucos dias, a tensão entre os membros do PODEMOS e o governo local aumenta. O coordenador lamentou ainda a constante ameaça à vida dos opositores.

"Há dias nós chamamos a imprensa para ver que não venha acontecer mais, mas, por contrapartida, cada dia que passa os membros estão a ser ameaçados em assassinatos, e nós estamos limitados com o regime, porque isso acontece. O regime atual está afetando os nossos elementos, por isso, neste sentido, estamos a repudiar esse tipo de assassinatos e não podemos nos intimidar, porque agora já se trata de assassinatos, e isso não faz sentido para um cidadão", afirmou com firmeza.

O coordenador também acusou as forças de segurança, principalmente o SERNIC (Serviço Nacional de Investigação Criminal) e o SISE (Serviço de Informação e Segurança de Estado) de estarem envolvidas em ações de intimidação e violência contra membros do partido.

"Os assassinatos a nível da província, nós já sabemos que nunca um simples cidadão civil teve arma. Nós podemos já atacar o  e o SERNIC, esses é que estão a incriminar os nossos elementos. Por exemplo, em Montepuez, diziam que era a força local, mas a força local nunca andou com pistola. Simplesmente o SERNIC, a Polícia e o SISE é que andam com pistola. Por isso, a nível da província, há muitas ameaças", explicou.

O coordenador também mencionou outro atentado contra um delegado do PODEMOS: "O meu delegado ontem sofreu o mesmo atentado com pessoas do SERNIC. Quando eram 18 horas, o delegado mandou mensagem dizendo que sofreu um atentado agora, escapou da boca do leão, perto da casa dele, na zona do partido."

Em um apelo fervoroso, ele pediu ao governo da província que tome medidas imediatas para garantir a segurança dos opositores e acabar com o ciclo de violência. "Eu apelo ao governo da província de Cabo Delgado para que regularize esse tipo de atos, para que amanhã não se repitam as mesmas consequências que estão a passar os nossos membros. Não faz sentido um da oposição ser incriminado no nosso país, porque a pessoa que reside nesse país é o cidadão moçambicano e nós também devemos nos orgulhar. Não podemos nos intimidar como estrangeiros, o imposto que eles pagam, nós também pagamos o mesmo. Porque não é possível todo momento dizer que são desconhecidos", concluiu, com um tom de desespero e resistência.

Entretanto, o Chefe das Relações Públicas no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Aniceto Magome, disse estar desatualizado sobre o incidente.

A Zumbo FM Notícias soube de fonte segura que, após o assassinato, a população juntou-se a membros e simpatizantes do partido PODEMOS, e, incendiaram casas das estruturas locais, incluindo dos representantes do partido FRELIMO. (x)

Por: António Bote

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O país vive um intenso cenário pós-eleitoral devido às manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, Candidato Presidencial do partido PODEMOS, alegadamente pela injustiça eleitoral que Moçambique experimentou nas eleições de 09 de Outubro de 2024.

Nesta segunda-feira, 06 de Janeiro de 2025, a Zumbo FM Notícias ouviu, em exclusivo, académicos que defendem que as manifestações pós-eleitorais que Moçambique conheceu poderão comprometer a governação do próximo presidente da República, Daniel Chapo, que tomará posse no dia 15 de Janeiro de 2025.

O académico Ali Caetano defende que, com grande dificuldade, Daniel Chapo irá governar e realizar o seu manifesto eleitoral, visto que o país viveu momentos intensos com as ondas de manifestações. Contudo, Caetano lembra que o governo deve se destacar em momentos de crise, como o que Moçambique poderá enfrentar.

"Com grande dificuldade, porque grande parte dos manifestos políticos visam garantir a melhoria das condições das populações, que passam por um ambiente economicamente desfavorável. Nos próximos um ou dois anos, vamos ter consequências das manifestações que tivemos nos últimos dias. Então, o manifesto de Chapo está comprometido, o próprio Plano Quinquenal está comprometido. Mas é importante lembrar que, neste tempo de crise, os líderes ou os maiores líderes se destacam, então esperamos que Chapo e sua gestão consigam se destacar, mesmo neste tempo de crise", defende Ali Caetano.

O académico Zito Pedro entende que as expectativas da governação de Chapo são desafiadoras, pois a proclamação dos resultados eleitorais foi seguida de protestos. Portanto, a governação de Daniel Chapo poderá ser difícil, mas o académico avança que as manifestações serviram como uma lição e aprendizado.

"Eu penso que, em termos de expectativas, acredito que sejam realmente posições desafiadoras, primeiro porque sabe-se que esta eleição e a própria proclamação vieram seguidas de um leque de protestos. Então, penso que, de longe, a governação do próximo presidente será ancorada a estas questões. E o que, às vezes, tenho dito é que, apesar dos danos que a manifestação está causando até então, ela está servindo de alguma lição e aprendizado para quem vai efetivamente ocupar esta posição de chefe de Estado", defende Zito Pedro.

Zito Pedro conclui que Daniel Chapo já tem uma noção real de que existe uma camada social efetivamente insatisfeita, não por conta da eleição, mas contra a ação governativa do país.

"Agora será o Daniel Chapo. Eu penso que ele entra com um TPC: primeiro de entender, ele já tem uma noção real de que, efetivamente, alguma camada social, algum grupo, mesmo que seja minoritário, está insatisfeito. Não com a eleição dele, mas pela vida atual, pelo estado de vida do país, porque nem todos que estão a manifestar estão efetivamente contra a figura dele como pessoa, mas estão contra a gestão governativa", conclui Zito Pedro.

Ali Caetano termina com o mesmo posicionamento do académico Zito Pedro, afirmando que as pessoas se manifestaram não apenas pela liberdade eleitoral, mas pelos desafios que enfrentam dia a dia, desde a falta de alimentação, o acesso ao emprego, até a carência de medicamentos e de uma educação de qualidade.

"Nem todos que foram manifestar, foram votar. Grande parte deles foram sem cartão de eleitor e isso quem está a dizer são as estatísticas. Tivemos um nível de abstinência grave nas eleições, então isso mostra que as pessoas foram manifestar não apenas pela liberdade eleitoral, mas pelos desafios que enfrentam a cada dia: a falta de alimentação, o acesso ao emprego, a falta de medicamentos, a falta de educação de qualidade. E tudo isso fez com que as pessoas fossem às ruas manifestar", conclui o académico moçambicano Ali Caetano. (x)

Por: Esperança Picate

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