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Ivan

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado deteve, no domingo, 18 de maio de 2025, um cidadão de natural da província de Nampula na posse de 12 pontas de marfim, com um peso total de 28 quilogramas e que cada quilograma de marfim seria vendido por cerca de dois mil meticais. A informação foi divulgada esta segunda-feira, 19 de maio, pela porta-voz do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado, Eugenia Nhamussa que falava numa conferência de imprensa realizada na Quarta Esquadra em Pemba.

De acordo com a polícia, a detenção resultou de forma de denúncia que dava conta da presença de dois indivíduos que se encontravam hospedados numa residência num dos urbes da cidade, onde estariam a tentar comercializar o marfim de forma ilegal. No entanto, uma operação da PRM foi montada que culminou com a neutralização do cidadão e outro encontra-se amonte, e o produto proibido está nas mãos da polícia.

“O cidadão que teria sido encontrado ontem na posse de 12 pontas de marfim. Chegou-nos a informação cerca das 08 horas através de uma denúncia de que existia na nossa urbe um cidadão proveniente da cidade de Nampula que se encontrava alojado numa residência num dos bairros da nossa cidade que trazia consigo 12 pontas de marfim, confim de comercializar". Disse a porta-voz da PRM em Cabo Delgado, Eugénia Nhamussa.

Durante a detenção, o indiciado afirmou ser apenas intermediário e declarou desconhecer a origem do marfim, acrescentando ainda que é mecânico de profissão e nunca esteve envolvido em este tipo de crime.

"Eu estou aqui sou de Nampula cheguei no dia 17 de camião com um conterrâneo que levava aquele produto de marfim á vinda de Pemba. A minha saida fui contactado com aquele senhor porque pedia uma ajuda que me facilitasse um para eu poder ir ao serviço. quando chegamos aqui aquele senhor não deu tempo ficou no primeiro e dia seguinte quando fui para o mercado a volta não lhe encontrei, ouvi que foi para Nampula. ele disse que esperar o dono de casa vender o produto ele vai te passar o dinheiro, e eu fiquei a espera. até ontem chama o cliente e eu estava a trabalhar a fazer a mecânica. Veio o cliente e quando chega não fez nem 30 minutos saiu vinha de carro, e eu continuei com meu trabalho, direpente chegaram homens das autoridades chamaram os donos de casa e dono foi do lado começaram a conversar. eles disseram que nós fomos dirigidos até aqui porque ouvimos que tem um produto e queremos que sai para fora, o dono quando ouviu aquilo fugiu, logo eles me chamaram e disseram que nós somos homens das autoridades e você está preso e entrega o produto e eu entreguei o produto". Contou o indiciado.

No mesmo balanço policial, a PRM em Cabo Delgado revelou ainda o caso de homicídio doméstico ocorrido no dia 11 de maio de 2025. Onde uma mulher de 27 anos de idade, foi detida por ter queimado os dois braços do seu próprio sobrinho cerca de 10 anos de idade, que morava juntos com sua avó no bairro de Metula, zona da Quarta Esquadra, em Pemba.

As autoridades contam que, o menor teria furtado 100 meticais e uma abóbora da residência da tia, bens que seriam utilizados para a compra de alimentos. No entanto a tia do sobrinho movida pela raiva, utilizou capim seco e queimou os dois braços da criança como forma de castigo.

“Uma cidadã cerca de 27 anos de idade teria ter queimado os dois braços do seu sobrinho, segundo a esta cidadã depois do seu sobrinho cerca de 10 anos de idade, ter furtado 100 MT na residência desta família e juntamente com uma abóbora. Segundo a tia teria sido para comercialização e posteriormente, neste caso fariam o uso do valor para adquirir produtos de consumo para sua casa". frisou Eugénia Nhamussa, porta-voz da PRM em Cabo Delgado.

A porta-voz contou ainda que a mulher detida confessou o crime que cometeu e a criança encontra-se agora aos cuidados médicos no hospital Provincial de Pemba.

"U polícia deslocou-se ao local e confirmou a existia desta avó que cuidava do seu neto e que o mesmo trazia os dois braços queimados, teríamos como primeira medida socorrido o menor acompanhando o menor até ao hospital Provincial de Pemba, onde encontra-se em tratamento hospitalar na pediatria, e teríamos sido também com a detenção desta cidadã que a confessa na prática deste crime". Disse a porta-voz da PRM em cabo delgado Nhamussa.

A cidadã detida contou que o menor já praticava furtos desde os seus quatros anos e que até então, nunca abandonou o comportamento. A mesma avança que está arrependida por ter feito o crime.

"A criança é ladrão começou a roubar desde quando tinha 4 anos de idade, então nesse dia repetia me roubar duas vezes, primeiro roubou 100 MT que era pra comprar arroz, Nesse dia não conseguimos comer, quando roubou o valor não voltou para casa e veio quando era anoite as 22 horas e entrou dentro em casa da sua avó dormiu. No dia seguinte de tarde roubou abóbora para ir vender para jogar jogo "last pita" então ali eu lhe peguei e lhe perguntei para aonde estás a levar esta abóbora, ele disse que vou vender quero jogar "last pita", e direpente me passou uma coisa na minha cabeça. Peguei ele, levei capim e logo queimei-o os dois braços. quando lhe queimei logo fiquei arrependida e não o levei para o hospital porque estive com medo". Contou a mulher detida. (x)

Por: Ibraimo Abdulai

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O administrador do distrito de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, manifestou nesta segunda-feira (19.05.2025) otimismo quanto ao processo de reconstrução e ao retorno gradual da estabilidade na região, após anos de insegurança causados pelos ataques terroristas.

Em entrevista à equipa de reportagem da Zumbo FM Notícias, Sérgio Cipriano, destacou o impacto positivo da retoma de obras públicas e o envolvimento da juventude local no processo de reabilitação.

"Todos nós estamos a caminhar para um interesse comum, uma reconstrução de qualidade. Esse processo está a trazer, no seio da nossa comunidade, uma certa alegria, esperança e confiança de que dias melhores estão a chegar", afirmou Sérgio Cipriano.

O administrador realçou ainda o interesse de jovens empreiteiros locais em participar das pequenas obras em curso no distrito. "Temos alguns jovens que nos solicitaram a oportunidade de fazer parte destas obras, para também rentabilizarem as suas empresas. Fizemos chegar esta mensagem aos nossos parceiros e acreditamos que nas próximas oportunidades essa participação será reconsiderada. Estamos preparados tanto para agir sozinhos como em articulação com grandes empresas", disse, lembrando que os fundos para a reconstrução são da comunidade internacional e é necessário garantir que sejam bem aplicados.

No setor agrícola, Cipriano revelou que o governo local está a planificar a produção de arroz em blocos organizados de machambas, com o apoio de uma agência coreana. "Estamos a trabalhar num projeto de parcelamento de blocos agrícolas para produção de arroz. Solicitámos apoio para o aluguer de tratores, que permitiriam lavrar a terra e distribuí-la à comunidade. A ideia é produzir em zonas acessíveis e livres de conflitos. Assim, a população poderá não só se alimentar, como também vender o excedente e melhorar as suas condições de vida", sublinhou.

Com sinais de recuperação visíveis e projetos estruturantes em curso, o distrito de Mocímboa da Praia começa a vislumbrar uma nova fase de desenvolvimento e esperança para as suas comunidades.(x)

Por Nazma Mahando

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O Chefe de Estado Moçambicano, Daniel Francisco Chapo, promulgou e mandou publicar, esta segunda-feira, 19 de maio de 2025, a lei referente ao Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE).

Segundo escreve o " Jornal O país" a referida lei foi aprovada recentemente pela Assembleia da República e submetida ao Presidente da República para promulgação. Segundo a Presidência da República, “o Chefe do Estado verificou que a mesma não contraria a Lei Fundamental”.

O Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado são instrumentos essenciais para o planeamento e execução das políticas públicas e econômicas do país em 2025, orientando o desenvolvimento sustentável e o crescimento inclusivo. A promulgação desta lei reafirma o compromisso do governo moçambicano com a estabilidade financeira e a melhoria das condições de vida da população.(x)

Por: Zumbo FM Notícias

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Mais de 130 mil habitantes do distrito de Mocímboa da Praia continuam a consumir água captada de um rio a céu aberto, sem qualquer tipo de tratamento. A informação foi confirmada pelo administrador distrital, Sérgio Cipriano, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, concedida nesta segunda-feira, 19 de Maio de 2025, durante a sua visita de trabalho à cidade capital de Cabo Delgado.

Segundo o dirigente, a ausência de um centro de tratamento de água constitui um dos principais desafios enfrentados pelo distrito no processo de reconstrução e restabelecimento de serviços básicos.

"Falta por construir centro de tratamento de água, a água precisa de ser tratada porque é captada num rio a céu aberto, então é água suscetível a algumas impurezas", declarou Sérgio Cipriano.

A ausência dessa infraestrutura básica constitui uma preocupação para as autoridades locais, num contexto em que o distrito procura recuperar a normalidade após anos de instabilidade.

Mocímboa da Praia localiza-se na zona costeira norte da província de Cabo Delgado, sendo um dos distritos fortemente afectados pelo conflito armado nos últimos anos. A falta de infraestrutura básica, como sistemas de tratamento de água, representa um dos desafios actuais no processo de reconstrução e normalização da vida local.

A Zumbo FM Notícias continuará a acompanhar o processo de reabilitação dos serviços públicos em Mocímboa da Praia. (x)

Por: António Bote

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A província de Cabo Delgado enfrenta um grave impacto socioeconômico no setor do turismo devido à insegurança provocada por ataques armados que têm levado ao encerramento de vários estabelecimentos turísticos, especialmente na região da Reserva Especial do Niassa. Esta área, reconhecida pela sua riqueza natural e pela prática de caça desportiva, tem sofrido ameaças crescentes que colocam em risco não só os recursos ambientais, mas também a subsistência de muitas famílias que dependem direta ou indiretamente do turismo.

O segundo Vice-presidente da Associação do Turismo na Província de Cabo Delgado, Óscar Soares, falou em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias nesta sexta-feira, 16 de Maio de 2025, sobre a situação preocupante que o setor enfrenta.

“Nós temos sentido isso, vão me desculpar os colegas nesta área, mas tenho que ser franco. Nos nossos estabelecimentos turísticos tivemos que encerrá-los em sistema de insegurança, tivemos que encerrá-los por conta de situações de violação ou da própria insegurança”, afirmou.

Soares destacou a importância da Reserva Especial do Niassa, salientando que esta é uma zona estratégica para o turismo na província e que toda a logística de apoio, desde combustível a alimentação, é prestada a partir de Cabo Delgado. Contudo, o recente aumento de ataques compromete seriamente a realização da época desportiva de caça, que começa em junho.

“É só para dar um exemplo, está para começar a época desportiva de caça, os turistas estão a fazer desmarcações na área da Reserva do Niassa. Esta é uma zona de Cabo Delgado onde tem toda a logística para a reserva do Niassa, que é uma área de caça desportiva, e é feita através da Província de Cabo Delgado. Todo o sistema de combustível, alimentação e outros serviços é prestado a partir da Província de Cabo Delgado. Neste momento estamos na segunda semana de maio, a época começa em junho. Qual é o turista que vai se sentir seguro em ir lá, sabendo que houve um ataque a duas ou a três semanas? Mesmo nós cá localmente, penso em duas ou três vezes antes de ir, porque é uma zona verde, é uma zona que a gente possa desfrutar mais ou menos não só dos recursos animais mas também florestal, a própria fauna. Mas para isso precisamos da segurança”, explicou.

O dirigente também comentou o impacto da destruição sofrida nos últimos ataques, ressaltando o prejuízo acumulado em duas décadas de trabalho e investimentos.

“Pelas imagens que recebemos e pelos contatos que tivemos, houve um impacto enorme destrutivo de 20 anos de existência. Para destruir alguma coisa são 5 minutos, mas para construir, para fazer a imagem e para divulgá-la e mantê-la requerem muitos recursos”, relatou.

Ele apontou ainda as consequências sociais e econômicas para trabalhadores e comunidades locais, que perderão os benefícios decorrentes das atividades turísticas anuais.

“Então vamos ter impactos sociais destruídos, temos aí trabalhadores que vão perder mais ou menos os seus trabalhos, temos a própria vizinhança que é a comunidade que vai perder os recursos ou os benefícios que aquele estabelecimento ou aquela propriedade facultava durante a época anual do turismo, que é o tal benefício que a comunidade deve ter”, completou.

Outro fator que contribui para a retração do turismo em Cabo Delgado, segundo Soares, são as recomendações das embaixadas e seguradoras internacionais, que desaconselham suas cidadanias a viajarem para a província devido ao risco.

“Outra coisa que está a desencorajar, além disso, são as próprias embaixadas ou os consulados que desencorajam os seus cidadãos de nacionalidade 'X' a dizer: nós não recomendamos a nossa cidadania a viajar para a Província de Cabo Delgado. Então são os seguros que não vão cobrir que um turista venha a esta zona de risco”, disse.

Refira-se que os terroristas invadiram a Reserva Especial do Niassa concretamente no Bloco Kambako, nos finais do mês de Abril de 2025, onde fizeram vários estragos, incluindo reféns da própria Reserva.
(x)

Por: António Bote

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O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, voltou a afirmar que a província está “a caminho da estabilidade definitiva”, mesmo diante do longo histórico de ataques armados que afligem a região há quase oito anos.

A declaração foi proferida neste sábado (17), em Metoro, distrito de Ancuabe, durante o lançamento da campanha de comercialização agrária de 2025. Com um tom de confiança, Tauabo elogiou o desempenho das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e garantiu que existem sinais claros de recuperação.

“Estamos a ter cada vez mais um bom ambiente na província de Cabo Delgado. Um bom ambiente mesmo (...), com esse trabalho que estão a realizar as nossas forças. A esses intrusos já lhes foi dada a oportunidade para se entregarem às comunidades, às famílias, se forem moçambicanos”, declarou.

O governador destacou que só foi possível realizar o evento em Ancuabe devido à melhoria das condições de segurança.

“Hoje estamos a conseguir vir aqui até Ancuabe porque há estabilidade”, reforçou, acrescentando que a reintegração dos insurgentes é possível, desde que se apresentem de forma honesta.

Com esperança visível, Tauabo projetou uma viragem definitiva ainda para este ano.

“As FDS precisam de nós. Porque esses que estão a criar esta situação toda na província convivem connosco, são nossos filhos, são nossos sobrinhos, são nossos irmãos.”

Contudo, nem todos compartilham da mesma visão. Para o jornalista António Bote, da Zumbo FM Notícias, que acompanha de perto a realidade da província, a promessa de estabilidade definitiva deve ser encarada com responsabilidade e realismo.

“Eu, como jornalista e com base nos relatos que tenho vindo a colher junto da população afectada pelo terrorismo, afirmo sem receio que os terroristas ainda estão a intensificar as suas incursões, principalmente na zona norte da província de Cabo Delgado.”

“De acordo com o que tenho vindo a acompanhar junto das comunidades, não restam dúvidas de que o terrorismo ainda persiste, embora esteja a ocorrer de forma mais esporádica, diferente do que se verificava há dois ou três anos. Ademais, nem posso afirmar nem negar que estamos a caminho de uma paz definitiva na província de Cabo Delgado. Digo isto porque, sinceramente, não sei se estão a ser aplicadas novas abordagens no combate ao terrorismo. Só as forças no terreno e o governo podem realmente fundamentar se estamos, ou não, a caminhar para a paz definitiva. Para terminar, é preciso que o governo deixe de praticar o discurso epidíctico e permita que as acções falem por si.”

As palavras de Bote reflectem o sentimento de prudência que cresce entre aqueles que pedem cautela no uso do termo “estabilidade definitiva”, num contexto ainda volátil e marcado por muitos desafios.

 Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província de Cabo Delgado, um aumento de 36% em relação ao ano anterior, indicam dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa dos Estados Unidos que analisa conflitos no continente.

Além de Cabo Delgado, palco destes ataques e movimentações terroristas desde 2017, a vizinha província de Niassa também foi atingida em Abril, quando membros destes grupos decapitaram dois guardas-florestais.

E a pergunta que não se cala é a seguinte: Cabo Delgado está, de facto, a virar a página do conflito… ou estaremos apenas a escrever mais um capítulo de uma ilusão?(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Os residentes da cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, denunciaram, em declarações à Zumbo FM Notícias, alegados actos de extorsão protagonizados por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), acusados de exigir subornos que atribuem o nome de "refresco" em plena via pública, durante operações de patrulha.

As denúncias foram colhidas neste sábado, dia 17 de Maio de 2025, durante uma ronda realizada pela nossa reportagem por ocasião das celebrações dos 50 anos da criação da corporação policial, e descrevem um padrão recorrente de abordagens policiais que resultam na exigência de dinheiro para deixar a pessoa seguir a sua viagem.

“Quando as polícias pegam documentos das pessoas, costumam exigir dinheiro. Dizem: ‘não tens refresco aí?’. Quando a pessoa tem medo, entrega mesmo. Isso está a acontecer aqui em Pemba”, denunciou Daúde Abel, morador local, visivelmente indignado.

Outro cidadão, que preferiu o anonimato por receio de represálias, confirmou a prática e afirmou que os valores exigidos variam de caso para caso.

“A polícia aqui na cidade intensifica mais ao pedir o bilhete de identidade, por causa da situação de segurança que se vive na província. Mas esse hábito de pedir dinheiro já aconteceu várias vezes. É um comportamento sujo, vindo de quem devia garantir a nossa segurança”, lamentou.

O mesmo interlocutor explicou que, ao recusar pagar, os agentes criam constrangimentos adicionais.

“Se tiveres bilhete, dizem: ‘tá bom, mas tenta lá passar algo’. Quando não dás, complicam.”

Pedro Techo, outro citadino, explicou que:

"A PRM precisa trabalhar muito, e deixar isso de andar a pedir dinheiro as pessoas nas ruas. Pessoa está bem identificada, ainda andam a criar complicações", denunciou.

Além das alegações de extorsão, os entrevistados apelaram a uma maior presença policial noturna nos bairros periféricos da cidade, onde se registam frequentes assaltos e casos de violência sexual atribuídos a um grupo conhecido como “Ana 15”.

“O grupo ‘Ana 15’ tira bens e até abusa de mulheres. A polícia deve reforçar as patrulhas nesses bairros. A população vive com medo”, alertou o mesmo morador.

Momade Alugema Muquila, outro residente de Pemba, reforçou o apelo:

“A população está a passar mal por causa dos assaltos. Precisamos de mais patrulha à noite, principalmente em Chuiba.”

Já Opido Manuel Carlos defendeu uma postura mais dialogante por parte dos agentes da PRM:

“Eles devem ter mais paciência com a população. Trabalhar com proximidade para evitar que as pessoas vivam com medo.”

Confrontado com as denúncias, o chefe do Departamento de Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado, Aniceto Magome, repudiou com firmeza quaisquer práticas de extorsão, sublinhando que comportamentos desviantes não são tolerados na corporação.

“Repudiamos situações desta natureza. A polícia actua com base nos princípios da legalidade. Havendo comportamentos desviantes, é necessário que a população denuncie junto às subunidades policiais. Serão tomadas as medidas que se impõem”, assegurou.

Magome apelou à colaboração da população e reforçou o compromisso da corporação com a manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas. (x)

Por: António Bote

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O turismo na província de Cabo Delgado enfrenta severas limitações, com destaque para o colapso do turismo de lazer e férias. A informação foi avançada por segundo vice-presidente da Associação do Turismo na Província de Cabo Delgado, Óscar Soares, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, nesta sexta-feira, 16 de Maio de 2025.

Segundo Soares, o atual cenário turístico é profundamente condicionado pela insegurança e por eventos adversos que marcaram os últimos anos. “O turismo em Cabo Delgado neste momento é praticamente só para negócios e trabalho. Verifica-se muito pouca procura para o turismo de lazer e férias, devido à situação que todos conhecemos. Depois da COVID-19, tivemos o ciclone e agora é a questão da insurgência que tem afetado várias zonas da província”, explicou.

A cidade de Pemba é atualmente o único ponto considerado acessível para visitantes. “As zonas mais ou menos acessíveis para o turismo em Cabo Delgado são, praticamente, apenas a cidade de Pemba. Ainda se verifica alguma atividade na área de acomodação, restauração e lazer, num contorno de segurança e eficácia. As ilhas turísticas estão encerradas ou fechadas. Em outros distritos há algumas pensões ou residenciais, mas são usadas mais para trabalho”, detalhou.

O dirigente revelou ainda que o número de turistas internacionais é bastante reduzido, sendo a maioria das visitas motivadas por trabalho de organizações não governamentais ou técnicos de outras províncias. “Não temos números exatos dos turistas que entraram desde janeiro, mas posso garantir que turistas internacionais são muito poucos. O que tem havido mais é turismo de trabalho, com ONGs e técnicos que vêm de outras províncias.”

Sobre a segurança, reconheceu que a situação é complexa.

“A questão da segurança é complicada. A insurgência envolve violação de propriedades, destruição de infraestruturas e até raptos. Cabe às Forças de Defesa e Segurança (FDS) determinar que zonas estão livres e seguras. Nós, do setor do turismo, apenas promovemos, divulgamos e tentamos atrair turistas. Também podemos atuar como vigilantes, informando as autoridades sobre suspeitas em determinadas áreas.”

Apesar das dificuldades, Soares expressou esperança na recuperação do setor.

“Esperança todos nós temos. Temos potencial, temos a nossa cultura, o nosso povo. Queremos trabalhar e implementar os nossos projetos. Alguns já estão erguidos, mas não podemos abrir. Estão à espera do que vai acontecer.”

O próprio dirigente tem uma iniciativa suspensa, à espera de melhores condições.

“Falando pessoalmente, o meu projeto turístico também está parado. Assim que tivermos segurança, acredito que o turismo poderá voltar ao seu apogeu, como há dez anos atrás.”

Quanto ao comportamento dos visitantes, reforçou: “Em qualquer parte do mundo, se não há segurança, ninguém quer ir. Toda viagem começa com a avaliação da segurança.”

Até à data da entrevista, a província ainda não contava com dados consolidados sobre a perda de turistas em 2025. “Estamos no quinto mês do ano e infelizmente ainda não temos nenhuma informação concreta sobre a perda de turistas”, disse.

No que toca à infraestrutura, Soares revelou que vários empreendimentos fecharam. “Existem entre cinco a sete estabelecimentos turísticos que encerraram. Eram grandes infraestruturas turísticas aqui na província”, concluiu. (x)

Por: António Bote

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O comandante provincial da Polícia da República de Moçambique em Cabo Delgado, Assane Fikir Nyito, compartilhou esta informação neste sábado, durante as comemorações dos 50 anos da PRM, que se assinalam no dia 17 de maio. Este ano, as festividades decorrem sob o lema: "PRM, 50 anos aprimorando estratégias de ligação Polícia-Comunidade face aos desafios da manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas."

Assane Fikir Nyito afirmou que a situação do terrorismo em Cabo Delgado é relativamente calma e controlada, apesar das incursões registradas em alguns distritos da província.

"A situação do terrorismo na província é considerada relativamente calma e controlada, não obstante, têm-se registado algumas incursões nos distritos de Mocímboa da Praia, Macomia, Muidumbe, Meluco, Quissanga, Ibo, Ancuabe, Metuge, Mecufi, Nangade e Montepuez", afirmou.

O comandante provincial da PRM em Cabo Delgado reforçou que, diante desse cenário, as forças de defesa e segurança, bem como as forças amigas de Ruanda e Tanzânia, continuam com ações operativas para estabelecer a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas.

"Salienta-se que, no terreno, as forças de defesa e segurança, assim como as forças amigas de Ruanda e Tanzânia, continuam com ações operativas preventivas visando estabelecer a ordem, a segurança e a tranquilidade pública na província", destacou o comandante da PRM em Cabo Delgado.

Além disso, a PRM manifestou preocupação com a situação dos acidentes de viação, que tendem a registrar um número elevado, causados por excesso de velocidade, condução sob efeito de álcool, deficiências mecânicas, ultrapassagem e cruzamento irregular.

"Preocupa-nos também o elevado número de acidentes de viação. Nesse período, a PRM registou 42 casos, contra 47 no mesmo período do ano anterior, havendo uma
descida de cinco casos. Esses acidentes resultaram em 46 óbitos contra 59 anteriormente, 33 feridos graves contra 39, 44 feridos ligeiros contra 52, 29 danos materiais avultados contra 32 e 21 danos ligeiros contra 7, causados por excesso de velocidade, condução sob efeito de álcool, deficiências mecânicas, ultrapassagem e cruzamento irregular",
concluiu.(x)

 Por: Esperança picate

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O fundador da organização não governamental Kwendeleya, Abudo Gafuro, falou em exclusivo à Zumbo FM Notícias, nesta quarta-feira, 14 de Maio de 2025, sobre os desafios que a educação enfrenta em Cabo Delgado e os passos fundamentais para garantir que nenhuma criança fique para trás.

“Pouco mais de 15 mil crianças estão a correr sérios riscos de ficar mais uma vez sem escola devido a situação de ataques e calamidades naturais”, disse.

O ativista explicou que a presença de psicólogos nas escolas, a implementação de práticas de cura cultural e o fortalecimento das parcerias locais são indispensáveis para assegurar uma educação de qualidade.

“Envolver os psicólogos nas escolas, implementar práticas de cura cultural e reforçar as parcerias locais são passos essenciais para garantir que todas as crianças recebem uma educação de qualidade e que ninguém fica para trás”, afirmou.

Gafuro salientou que a saúde mental tem ganhado reconhecimento no sistema educativo, sobretudo em contextos pós-conflito como o de Cabo Delgado, e destacou a necessidade de tratar os traumas psicológicos de crianças e professores.

“Temos assistido recentemente a uma crescente consciencialização da importância da saúde mental no sistema educativo, particularmente em contextos pós-conflito, como Cabo Delgado. É imperativo que abordemos com urgência e continuidade o trauma psicológico sofrido pelas crianças e pelos professores para garantir que a reconstrução da educação inclui não só aspetos físicos, mas também emocionais e psicológicos”, explicou.

Gafuro criticou a negligência do governo em relação ao impacto psicológico dos traumas na educação pública.

“É preocupante que o governo de Cabo Delgado, Moçambique, esteja a ignorar o trauma psicológico das crianças e dos professores nas suas políticas de educação pública. O trauma pode ter um impacto duradouro na vida das pessoas e é importante lidar com ele de forma adequada”, revelou.

Gafuro alertou para os riscos de negligenciar a saúde mental dos jovens da província.

“A saúde e o bem-estar dos jovens em Cabo Delgado estão em causa. A falta de apoio à saúde mental pode levar a problemas como depressão, ansiedade, suicídio e abuso de substâncias. Assim, é importante garantir que a saúde mental é considerada uma prioridade no processo educativo, para que os jovens tenham os recursos necessários para superar os desafios que enfrentam e levar uma vida saudável e equilibrada”, concluiu. (x)

Por: António Bote

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