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Ivan

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A biodiversidade de Moçambique, uma das mais ricas e diversas do planeta, enfrenta desafios crescentes devido à degradação ambiental e às mudanças climáticas. Com uma vasta gama de ecossistemas, incluindo florestas tropicais, savanas e uma costa rica em vida marinha, o país é um verdadeiro tesouro ecológico. Reconhecendo a importância de preservar esses recursos, o Governo de Moçambique tem investido em iniciativas que promovem a gestão sustentável e a troca de informações sobre a biodiversidade. Neste contexto, na noite de 31 de Outubro de 2024, na Cidade de Cali, Colômbia, à margem da COP 16, o Governo de Moçambique, através do Ministério da Terra e Ambiente, venceu o terceiro lugar do Prémio Clearing House Mechanism Awards da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), que decorre na sua 4ª edição.

Moçambique foi o único país da região da África Austral a vencer o prémio e partilhou a posição com países como Marrocos e Malta. A segunda posição foi partilhada entre os Governos da Filipinas e Burundi, e, por fim, o primeiro lugar coube ao Governo da Malásia.

A Directora Nacional do Ambiente, Guilherme Amurrane, disse durante a cerimónia do Clearing House Mechanism Awards que o país vai continuar a trabalhar na actualização da plataforma para trazer mais informação de actualidade sobre a biodiversidade do país.

“Ganhamos a medalha de bronze, essa medalha tem muito significado para nós, e ganhamos porque concorremos com uma plataforma nacional. Plataforma esta, que tem a informação oficial de Moçambique sobre a biodiversidade. Várias instituições públicas produzem informação sobre a biodiversidade, mas nós temos esta plataforma para uniformizar tudo aquilo que é informação sobre a biodiversidade do país. Então, avaliada a plataforma e concorrendo com os vários países, foi atribuída a Moçambique o terceiro lugar, que é a medalha de bronze e significa muito que precisamos de continuar a trabalhar na actualização desta plataforma, a trazer mais informação sobre a biodiversidade do país.”

O oficial sénior do Programa da Convenção da Diversidade Biológica das Nações Unidas, Erie Tamale, parabenizou o Governo de Moçambique e explicou que: “Aqui estamos a premiar as melhores plataformas e o prémio vai para os países que actualizam as suas plataformas para o benefício do país e do mundo.”

O Director Geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Pejul Calenga, revelou que foi uma candidatura renhida, porque estiveram a concorrer vários países a nível mundial.

“Moçambique foi reconhecido pelo esforço que esteve a fazer. Foram mais de 5 anos de trabalho entre o Governo de Moçambique e os seus parceiros e o fruto é este. Foi um reconhecimento; na região, Moçambique foi o único país a ser reconhecido. Tivemos a 3ª posição, mas isso significa um trabalho aturado que estamos a desenvolver e é preciso ressaltar que se trata de um trabalho feito por técnicos nacionais, por instituições do Governo e parceiros que estão a trabalhar no país” - disse o Director Geral da ANAC, Pejul Calenga.

Para Hermenegildo Matimele da Wildlife Conservation Society (WCS), ele disse que “sinto-me lisonjeado pelo prémio e agradeço a toda a equipa que trabalhou neste processo. Sinto-me lisonjeado e falo aqui em nome de uma equipa muito grande que esteve a trabalhar afincadamente nesta plataforma e que está aqui hoje a trazer um prémio para o país.”

Em meados deste ano, o Secretariado convidou todas as Partes da Convenção a apresentarem as suas candidaturas para o quarto Prémio CHM e foi constituído um Júri composto por 4 membros do Grupo Consultivo Informal de Cooperação Técnica e Científica para identificar os vencedores do prémio. O Júri reuniu-se em Cambridge, Reino Unido, para deliberar as candidaturas.

O portal oficial do Governo de Moçambique para a partilha de informação sobre a biodiversidade foi oficialmente lançado em 2022, onde possui o Sistema de Informação de Biodiversidade de Moçambique (SIBMOZ). O link de SIBMOZ: https://sibmoz.gov.mz/

Este portal faz parte da rede global de intercâmbio de informação estabelecida no âmbito da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) (Mecanismo de Intercâmbio de Informação ou Clearing House Mechanism - CHM). O seu objectivo é fornecer informação relevante sobre a biodiversidade nacional e facilitar a cooperação técnica e científica, assim como a partilha de conhecimento e de dados, facilitando o processo de tomada de decisão e promovendo o uso sustentável da biodiversidade no país.

Esta página alberga informação sobre conservação em Moçambique, áreas-chave de biodiversidade, mapa histórico de ecossistemas, informação sobre legislação e políticas. Esta plataforma faz ligação com outras nacionais e internacionais. Por exemplo, faz a ligação com a página da BIOFUND, da IUCN, que versa sobre o estado de conservação das espécies, entre outras plataformas. (x)

Por: António Bote

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Um número não especificado de terroristas invadiu a região de Nguri, na última terça-feira, 29 de outubro, localizada a cerca de 10 quilômetros do distrito de Macomia, na região central de Cabo Delgado. Conhecida como uma área habitada por pescadores, Nguri foi alvo de saque por terroristas, que levaram vários bens da população local sem recorrer à violência.

De acordo com alguns moradores entrevistados pela nossa equipe de reportagem, os invasores agiram de forma pacífica, sem ferir ou matar ninguém.

“Na região de Nguri, eles entraram e começaram a saquear os bens da população. Chegaram e levaram várias coisas, mas não mataram ninguém, e por isso somos gratos. Não houve mortes, mas, fora isso, não sabemos de outra coisa que tenha acontecido”, relatou Ana Abriósio.

Outro residente, Gemo Mempo, afirmou que os terroristas ainda circulam na região devido à falta de alimentos.

“Não sei os detalhes, pois é difícil obter informações, mas entraram porque ainda existem e continuam circulando por aí”, disse ele.

Outro morador acrescentou: “Não sei se  mataram, mas sim que roubaram a comida das pessoas. Nguri não é uma aldeia; é uma região onde os pescadores vão pescar e onde eles mesmos construíram suas casas,” disse Domigos Paz, residente.

A situação recente em Macomia tem sido marcada por desafios significativos devido ao conflito armado em curso. A região sofre com a violência de grupos armados desde 2017. Esses grupos lançaram vários ataques a cidades e vilarejos, causando destruição e o deslocamento de moradores.

Em maio de 2024, Macomia enfrentou um dos ataques mais graves dos últimos tempos, envolvendo centenas de combatentes. O exército moçambicano, juntamente com forças regionais, continua em batalha para combater essas insurgências. Apesar dos esforços, a segurança permanece instável, e muitos moradores ainda vivem com medo de novos ataques.

O conflito também teve um impacto profundo na economia e na infraestrutura local, com muitas casas, escolas e outras propriedades destruídas. Macomia é um distrito da província de Cabo Delgado, em Moçambique, com sede na vila de Macomia. Limita-se ao norte com os distritos de Mocímboa da Praia e Muidumbe, a oeste e sudoeste com Meluco, ao sul com Quissanga e a leste com o Oceano Índico.(x)

Por: Bonifácio Chumunni

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A crise política em Moçambique, acentuada pelas recentes manifestações que se seguiram às sétimas eleições gerais de 09 de Outubro, continua a gerar preocupações em várias esferas da sociedade. As tensões políticas, reflectidas nas ruas e nas comunidades, afectam directamente a economia, especialmente em regiões como Cabo Delgado, onde a actividade comercial é vital para a sobrevivência de muitos cidadãos.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, esta quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, o Presidente do Conselho Empresarial e Representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Cabo Delgado, Mahamudo Irachi, disse que às actividades económicas estão ocorrer na normalidade ao nível da província.

"Desde as 07 até as 10h30 estava a fazer rondas ao nível da cidade. O comércio está a afluir na cidade e em alguns pontos dos distritos que eu liguei naquela hora. Mocímboa da Praia estava a trabalhar, Moeda estava a trabalhar, Palma estava a trabalhar, Montepuz estava a trabalhar, Balama estava a trabalhar; ainda não temos a paragem das actividades," afirmou.

Irachi enfatizou a importância de monitorar a situação: "Estamos a monitorar o terreno para vermos qual é a tendência. Neste momento, estamos em sintonia com o Comando Provincial para entendermos a possibilidade dos ânimos dos manifestantes."

O representante empresarial fez um apelo aos apoiantes das manifestações: "Para os apoiantes, eu queria pedir que não apoiem este tipo de manifestação. Fiquem em casa, continuem a fazer os trabalhos", apelou.

 A segurança e a continuidade das actividades económicas foram temas centrais na entrevista, com Irachi ressaltando que para o sector empresarial, que continuemos a trabalhar vigilantes àquelas pessoas que estão a chegar nas nossas firmas.

À medida que a situação em Moçambique evolui, o comprometimento dos empresários de Cabo Delgado em manter suas operações em meio a um clima de incerteza é crucial para a estabilidade económica da região, que depende fortemente do comércio e da confiança nas instituições. (x)

Por: António Bote

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Segundo um comunicado recebido na redação da Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira, 30.10.2024, a Procuradoria Geral da República (PGR) desencoraja todos os cidadãos moçambicanos a não aderirem às manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial do Partido PODEMOS.

“O ministério público no âmbito das suas competências constitucionais e legais têm estado a responsabilizar os autores morais e materiais destes atos, bem como instar a todos os autores políticos e sociais para atuarem com observância da lei. Assim, na qualidade de garante da legalidade, a Procuradoria Geral da República desencoraja a todos os cidadãos no geral da organização e adesão a manifestações que violam a lei”, lê-se no comunicado.

A PGR reitera ainda o apelo aos candidatos, membros e simpatizantes dos partidos políticos para que atuem na observância dos procedimentos e normas estabelecidas.

“Aos candidatos, membros e simpatizantes dos partidos políticos, reitera-se o apelo para que pautem pelo diálogo e atuem em estrita observância aos procedimentos e normas estabelecidas”, lê-se no comunicado.

No mesmo comunicado, refere-se ainda que os promotores das manifestações devem garantir que não desviem da finalidade e dos objetivos; caso contrário, serão punidos em termos da lei.

“De acordo com a lei, os promotores das reuniões ou manifestações são responsáveis pela sua organização e devem garantir que estas não desviem da sua finalidade inicial. E todo aquele que desviar das finalidades e objetivos da reunião ou manifestação e provocar danos materiais ou pessoais é punido nos termos da lei.”

Por : Esperança Picate

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O Governo do distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, encontra-se em uma situação crítica após a devastação de suas infraestruturas por terroristas no final de Fevereiro de 2024. Com a escalada da violência, muitas comunidades foram forçadas a deixar suas casas, e os serviços públicos essenciais sofreram um colapso quase total. Desde então, a administração tem trabalhado na cidade de Pemba para tentar restaurar a normalidade e atender às necessidades da população afectada.

Após mais de oito meses de operações, os esforços de reabilitação ainda enfrentam sérias limitações. Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, esta terça-feira, 29 de Outubro de 2024, uma fonte anônima, bem posicionada no governo do distrito, destacou os obstáculos que a administração enfrenta, acrescentando que o governo receia trabalhar nas tendas.

“Nós recebemos as tendas, mas são poucas, e, para além disso, se formos para lá, é a mesma coisa que pegar na administração e ficar apenas sentado, porque lá não temos espaço para montar nem uma secretaria. Acabamos por esperar para criar mínimas condições em termos de um local para o funcionamento do Governo. Recentemente, recebemos lá umas 15 tendas. A intenção é dizer que o governo deve montar tendas e funcionar, mas deve saber que as tendas são para cinco instituições: Saúde, Educação, Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura (SDPI), e o próprio Governo e secretaria. São cinco. Numa tenda dessas, estamos a falar de uma tenda não como escritórios; são tendas para vivência, e não para outra coisa. Estamos a ter esse receio também de levar os funcionários para lá”, recusou.

A situação torna-se ainda mais complicada pela falta de infraestrutura básica. A fonte enfatizou a necessidade urgente de condições adequadas para operação, afirmando: “Precisa-se montar energia lá, e temos experiências do passado em que queriam também fazer o mesmo, que nós fôssemos funcionar em tendas [...] E no fim, o que aconteceu? Apareceu chuva, ventania, e arrebentou com tudo. Eu me perguntava e perguntava aos colegas: o que aconteceria se nós levássemos computadores e secretarias para montar ali?”, prosseguiu.

Com a aproximação do fim do ano, a administração se vê pressionada por questões orçamentárias que agravam a situação.

“Nós já estamos no fim do ano, temos problemas de orçamento e não há garantia de que vamos reabilitar uma residência qualquer para depois nos tirarem rapidamente. Cada um vai viver como pode, mas onde vamos funcionar? Aí está. Temos uma experiência de registro notarial: montaram uma tenda aí hoje, e antes de nós sairmos, a tenda já não existia. Começaram a trabalhar na varanda, e, naquele lugar, então, há uma experiência já vivida”, informou.

A realidade no distrito de Quissanga ilustra os desafios enfrentados em toda a província de Cabo Delgado, onde a recuperação pós-conflito requer não apenas recursos, mas também um compromisso sustentado para garantir a segurança e o bem-estar da população. O governo local continua a buscar soluções para reabilitar as infraestruturas e restabelecer os serviços essenciais, mas o caminho à frente permanece repleto de incertezas.

Quissanga está localizado na costa norte de Moçambique, na província de Cabo Delgado, e é um dos distritos mais afectados pelos conflitos armados que assolam a região. (x)

Por: António Bote

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Em meio à agitação que se seguiu às Eleições Gerais, Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais, realizadas em 9 de Outubro de 2024, o Conselho Constitucional deu um passo decisivo ao notificar a Comissão Nacional de Eleições. Este movimento surge em um momento crítico, onde a necessidade de garantir a legitimidade e a transparência dos resultados eleitorais se torna fundamental para a estabilidade política do país.

No comunicado de imprensa recebido na Redação da Zumbo FM Noticias esta quarta-feira, 30 de Outubro de 2024, o Conselho determina que “manda que seja devidamente notificada a Comissão Nacional de Eleições, para todo o conteúdo do douto despacho adianta transcrito.” A análise dos documentos submetidos à luz do artigo n.° 2 do artigo 122 da Lei Eleitoral resultou na solicitação de Actas e Editais do apuramento parcial, realizados nas mesas de votação, bem como das Actas e Editais do apuramento intermédio, realizados pelas Comissões Distritais ou de Cidade de Eleições.”
Os documentos requisitados abrangem as seguintes áreas:
1. Cidade de Maputo;
2. Província de Maputo;
3. Província de Gaza;
4. Província de Inhambane;
5. Província de Tete;
6. Província da Zambézia;
7. Província de Nampula.

O Conselho Constitucional estabeleceu um prazo máximo de 8 (oito) dias para a entrega dos documentos solicitados.
Esta acção destaca a responsabilidade do Conselho em assegurar a lisura do processo eleitoral e reafirma a importância da confiança pública nas instituições democráticas de Moçambique. (x)

Por: António Bote

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A Ordem dos Médicos de Moçambique informou que as tumultuosas manifestações ocorridas nos dias 18 e 28 de outubro em várias partes do país resultaram na trágica morte de 10 pessoas, vítimas de baleamento, além de 73 feridos.

“Os dados apurados indicam um aumento significativo de vítimas de ferimentos por armas de fogo que deram entrada nas unidades sanitárias. Do levantamento realizado entre 18 e 26 de outubro, foram documentados 73 casos de baleamento, resultando em 10 óbitos”, revelou Gilberto Manhiça, bastonário da Ordem dos Médicos.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na terça-feira, 29 de outubro de 2024, na cidade de Maputo, o presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), Napoleão Viola, que contou com a presença do bastonário da Ordem dos Médicos, denunciou que as evidências coletadas indicam que as mortes não foram consequência de ações destinadas a imobilizar os manifestantes, mas sim de uma clara intenção de eliminar vidas.

“Analisando as lesões e os locais dos ferimentos, fica evidente quais eram as intenções. Podemos afirmar que não houve a intenção de apenas imobilizar os cidadãos. A natureza das feridas revela uma intenção letal. Em grande parte dos casos de morte, as circunstâncias mostram que havia, de fato, uma motivação clara por trás das ações policiais”, denunciou Presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), Napoleão Viola.

Na mesma ocasião, o bastonário da Ordem dos Médicos, Gilberto Manhiça, condenou os assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe, afirmando que esses crimes “devem nos fazer refletir sobre que tipo de sociedade queremos ter”. Disse o bastonário da Ordem dos Médicos, Gilberto Manhiça.

A Ordem dos Médicos reafirmou seu compromisso em continuar pronta para responder aos casos de baleamento e a outras situações críticas. (x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Em meio a uma crise global de biodiversidade que ameaça a vida selvagem e os ecossistemas em todo o mundo, Moçambique destaca-se como um farol de esperança na conservação ambiental.

Na Conferência das Partes (COP16) da Convenção sobre a Diversidade Biológica, realizada em Cali, Colômbia, a Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, apresentou dados encorajadores sobre o aumento das populações de espécies ameaçadas de fauna bravia no país, ressaltando a eficácia das políticas de conservação implementadas nos últimos anos.

“Em relação à conservação de espécies ameaçadas, estamos a registar melhorias com uma tendência crescente do aumento de espécies de fauna bravia onde algumas reservas nacionais importantes registam o incremento na ordem de 10 a 27%, que incluem o crescimento de espécies emblemáticas como o caso do elefante,” afirmou Ivete Maibaze, Maputo, 30 de outubro de 2024 –

Além do aumento das espécies, a ministra destacou os sucessos na restauração dos ecossistemas costeiros e marinhos degradados, particularmente através da reflorestação de mangais.

“No âmbito de restauração de ecossistemas costeiros e marinhos degradados, estamos a registar muitos sucessos na reflorestação do mangal e recentemente aprovamos o maior projeto de restauração de mangais de África, com 200 milhões de árvores a serem plantadas ao longo de 60 anos,” declarou.

Ivete Maibaze também comentou sobre os progressos em relação ao Quadro Global de Kunming-Montreal, que visa proteger 30% do território até 2030.

“Em 2022 conseguimos alargar as áreas terrestres e de águas interiores protegidas e conservadas, que passaram de 25% para cerca de 29,32%, e de 2,13% de áreas protegidas marinhas para cerca de 5% dos 10% da meta estabelecida,” explicou. A ministra ressaltou ainda que Moçambique possui 9 dos 21 lugares de importância ecológica da África Oriental, com uma vasta e rica diversidade de ecossistemas e espécies endémicas.

O país está comprometido com a implementação do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal e, sob a liderança do Presidente Nyusi, está colaborando com outros países da SADC em iniciativas de conservação, incluindo a implementação da Declaração de Maputo sobre a Gestão Sustentável e Integrada da Floresta do Miombo e Proteção do Grande Zambeze, assinada em agosto de 2022.

“Estamos a trabalhar com parceiros para a sua viabilização,” acrescentou Ivete Maibaze.

Em alinhamento com a visão da União Africana (UA) e da SADC, a ministra anunciou a criação de áreas de conservação comunitárias e transfronteiriças.

“Em julho de 2024, em colaboração com Zimbábue e Zâmbia, estabelecemos a Área de Conservação transfronteiriça de ZIMOZA. Para além das zonas transfronteiriças de conservação, recentemente estabelecemos a Área de Conservação Comunitária e Transfronteiriça que atravessa os três países,” disse.

Durante a plenária da COP16, Ivete Maibaze foi acompanhada pelo Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Raina, e por representantes das comunidades da zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa, reafirmando o compromisso de Moçambique na luta pela conservação da biodiversidade. (x)

Por: António Bote

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A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) acusou nesta segunda-feira, 28 de outubro de 2024, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de avançar com os resultados das eleições de 9 de outubro sem investigar irregularidades apontadas. Em comunicado ao qual a Zumbo FM teve acesso, a OAM revelou que a CNE alegou falta de “condições objetivas” para levar a cabo acções investigação.

“Ou seja, mesmo com as irregularidades apontadas pela própria Comissão Nacional de Eleições (discrepância de números de votantes entre as diferentes eleições, alto índice de abstenções em todos os círculos eleitorais e alto índice dos votos em branco e nulos), que retiram credibilidade e transparência ao processo eleitoral em crise, os resultados do apuramento geral foram divulgados com a alegação de que “(...) nesta fase em que o processo se encontra para o anúncio dos resultados, a Comissão Nacional de Eleições não teria condições objectivas para levar a cabo acções investigativas para aferir o que realmente teria acontecido (...)”, quando se sabe e não pode ser ignorado que cabe à mesma (Comissão Nacional de Eleições) investigar e garantir a justiça e transparência do processo eleitoral, tendo as suas deliberações carácter vinculativo, por isso mesmo, susceptíveis de recurso para o Conselho Constitucional.”

De acordo com o Comunicado, a CNE justificou sua decisão com base no prazo legal de 15 dias, que venceu em 24 de outubro. Contudo, a OAM apontou que, segundo o artigo 92, nº 3 da Lei nº 14/2011, a lei permite prorrogar os prazos quando necessário para realizar diligências indispensáveis, e o tempo necessário para essas diligências não deve ser contado no prazo estipulado.

“A fuga para frente por parte da Comissão Nacional de Eleições, com fundamento no facto de que o prazo legal de 15 dias vencia a 24 de Outubro de 2024, não procede, uma vez a lei permitir a extensão dos prazos procedimentais, caso seja necessário realizar diligências essenciais para sanar e/ ou resolver o fundo da questão (irregularidades), como é o caso.”refere o comunicado.

As eleições gerais de Moçambique, realizadas em 9 de outubro, incluíram a escolha do Presidente da República, membros da Assembleia da República, além de Assembleias e Governadores Provinciais.

No dia 24 do mês em curso , a CNE anunciou a vitória de Daniel Chapo, candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), com 70,67% dos votos.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Em comunicado de imprensa recebido na redação da Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira, 30 de Outubro de 2024, o MISA Moçambique manifestou preocupação com a convocação da manifestação anunciada pelo candidato presidencial suportado pelo partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, que, segundo o anúncio, terá duração de sete dias.

"O MISA manifesta a sua preocupação com a convocação da manifestação, que vai durar sete dias, sem uma estrutura organizacional formal, num contexto de altos níveis de polarização política. Este cenário ocorre após uma outra manifestação marcada por elevados níveis de violência entre os manifestantes e as autoridades de defesa e segurança," afirma o comunicado.

Ainda no documento, o MISA alerta que o contexto e o formato das manifestações podem levar a uma onda de violações dos direitos fundamentais dos cidadãos nas cidades de Maputo, impactando o direito de livre circulação e o exercício de atividades profissionais, sociais, culturais e religiosas. O temor é que a violência afete os cidadãos e restrinja essas liberdades.

"Sublinhando o compromisso com as liberdades fundamentais e os direitos humanos, o MISA entende que o contexto e os moldes da convocação dessas manifestações podem propiciar violações de direitos fundamentais dos participantes, além de privar os cidadãos residentes em Maputo do direito de circulação para fins de trabalho, atividades sociais, culturais e religiosas devido ao receio da violência, gerando, assim, danos maiores," reforça o comunicado.

O MISA Moçambique também informa que esforços estão sendo conduzidos, a nível nacional e internacional, para apurar as violações de direitos humanos atribuídas às autoridades policiais nas manifestações passadas.

"Há um conjunto de esforços em curso pelo MISA Moçambique, tanto a nível nacional como internacional, para esclarecer as violações de direitos humanos perpetradas pela polícia durante as manifestações passadas. Parte desses processos já foi finalizada e submetida às entidades competentes, enquanto outros ainda estão em formulação. O MISA planeja comunicar os avanços amanhã, pois manifestações desordenadas podem agravar a situação e comprometer os esforços em andamento", conclui. (x)

Por: Esperança Picate

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