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Ivan

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Nesta quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, inaugurou um novo centro de saúde na localidade de Naminawe, no posto administrativo de Mieze, no distrito de Metuge, província de Cabo Delgado. A cerimónia contou com a presença de diversas autoridades locais e nacionais.

Durante o evento, Filipe Nyusi destacou a importância do centro de saúde para a população de Metuge e das áreas vizinhas, especialmente para os milhares de deslocados internos, que fugiram das zonas afetadas pela violência terrorista. O centro de saúde, de nível primário, está preparado para oferecer assistência em diversas áreas.

"Permitam-me que, na minha intervenção, saude de forma calorosa a todos os presentes nesta cerimónia de inauguração do centro de saúde de Naminawe, no posto administrativo de Mieze, distrito de Metuge, aqui na província de Cabo Delgado. Metuge é uma centralidade estratégica que serviu de santuário para o acolhimento de deslocados internos, razão pela qual decidimos estar aqui hoje. Portanto, a entrada em funcionamento desta importante unidade sanitária vem responder à preocupação da população de Naminawe e das comunidades circunvizinhas, no acesso a serviços de saúde de qualidade", afirmou o Presidente da República.

Nyusi acrescentou que a construção do centro de saúde foi financiada pelo governo, com apoio do Banco Mundial, através dos seus programas de fortalecimento institucional. "O novo centro de saúde é uma unidade sanitária de nível primário e a sua construção contou com o financiamento do governo, mas, sobretudo, com a parceria do Banco Mundial", afirmou o presidente.

O centro de saúde em Naminawe faz parte de um conjunto de infraestruturas públicas que estão sendo erguidas no âmbito do projeto de recuperação da crise no norte do país, que visa restaurar os serviços essenciais e apoiar as vítimas da insurgência.

"Este centro de saúde é parte de um lote de infraestruturas públicas erguidas no âmbito da implementação do projeto de recuperação da crise no norte, um projeto executado pelas agências das Nações Unidas. Como é do conhecimento de todos, a província de Cabo Delgado tem sido alvo de ações terroristas, e neste distrito, os terroristas fizeram incursões em janeiro", explicou o Presidente.

Filipe Nyusi também reforçou o papel do governo no apoio às comunidades afetadas pela insurgência, destacando a criação de uma agência para apoiar na recuperação do tecido social e econômico da região. "Temos contado com o apoio de várias agências multilaterais na construção desta unidade sanitária. Sabem todos que, durante o meu mandato, lancei uma iniciativa chamada 'Um distrito, um hospital', que visa, como o meu ministro dizia, levar a assistência sanitária mais próxima do cidadão. Este hospital faz parte desse projeto", acrescentou.

Em sua intervenção, o Ministro Provincial da Saúde, Armindo Tiago, enfatizou que a inauguração do centro de saúde representa mais do que uma simples infraestrutura. "A entrega desta unidade sanitária à comunidade é mais do que uma infraestrutura; é uma expressão de esperança e de amor ao próximo. Estamos a levar um hospital à comunidade", afirmou Tiago.

Este novo centro de saúde é um marco significativo no processo de reconstrução da província de Cabo Delgado, que tem enfrentado desafios consideráveis devido aos conflitos armados na região. (x)

Por: Zaida Abdul

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Em declarações feitas nesta quarta-feira, 20 de novembro de 2024, durante a IV Conferência sobre Conflito e Desenvolvimento em Cabo Delgado, promovida pela organização da sociedade civil (OMR) e a Universidade Católica de Moçambique (UCM) , investigadores do Observatório do Meio Rural expressaram sérias preocupações sobre os impactos das manifestações pós-eleitorais. Os especialistas alertaram que a continuidade dessas manifestações pode contribuir para a expansão do terrorismo na província de Cabo Delgado.

João Feijó, investigador do OMR, destacou que as manifestações pós-eleitorais acabaram, de maneira indireta, facilitando o alastramento da guerrilha e, consequentemente, do terrorismo no norte de Cabo Delgado, afetando principalmente os distritos de Macomia, Muidumbe, Meluco e Ancuabe. Feijó explicou que a descentralização das forças de defesa e segurança, que estavam concentradas nessas áreas de conflito, resultaram no enfraquecimento da segurança local.

“Essas manifestações pós-eleitorais acabaram por favorecer o alastramento da guerrilha no nordeste de Cabo Delgado. A descentralização das forças de defesa e segurança, que estavam concentradas nessas zonas de conflito, obrigando-as a atender à instabilidade nas principais cidades do país, contribuiu para o agravamento da situação”, afirmou Feijó.

 O investigador também enfatizou que, enquanto os problemas estruturais do país não forem abordados de forma eficaz, o cenário de conflitualidade tende a persistir.

 “Enquanto não enfrentarmos as questões centrais do país, continuaremos a viver em um ciclo de conflito. São reformas que a comunidade internacional, por vezes, não impulsiona adequadamente, pois muitos se beneficiam da manutenção desse status quo, explorando recursos essenciais que alimentam os mercados globais", concluiu Feijó.

 Jerry Manquenzi, outro investigador presente na conferência, também fez uma análise preocupante sobre a situação de Cabo Delgado. Segundo ele, a tensão pós-eleitoral agrava ainda mais o cenário de insegurança na província, onde o terrorismo já é uma realidade. Manquenzi alertou que, sem ações concretas para garantir a segurança e promover a transparência nas informações, a situação pode se tornar ainda mais complexa.

 “No caso de Cabo Delgado, a situação será mais complicada, pois já estamos em um cenário de terrorismo. Se não forem tomadas medidas para garantir a segurança e trazer a verdade para as pessoas, o agravamento será inevitável. Não se trata apenas de fazer algo, mas de garantir que as ações sejam efetivas e transparentes, permitindo que a população tenha acesso a informações claras e verdadeiras sobre o que está acontecendo”, afirmou Manquenzi.

 Os investigadores concluíram que a falta de resolução dos problemas estruturais em Cabo Delgado, juntamente com a persistência das tensões sociais e políticas, contribui para a perpetuação da violência e o fortalecimento das redes terroristas na região.(x)

Por: Esperança Picate

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Os professores do ensino primário e secundário em Moçambique ameaçam boicotar os exames finais e ausentar-se dos conselhos de notas, caso o governo não efetue o pagamento das horas extras atrasadas antes do início das avaliações. A situação reflete um ponto crítico nas negociações entre a classe docente e as autoridades governamentais.

A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) revelou que a dívida acumulada, que já ultrapassa dois anos, é motivo de grande frustração.

Segundo a entidade, várias promessas de pagamento feitas pelo governo não foram cumpridas, alimentando o descontentamento da categoria.

A situação é insustentável. Nós, como ANAPRO, temos apelado repetidamente para a resolução desse problema, mas já não confiamos nas promessas do governo. Os professores estão exaustos”, declarou Marcos Mulima, porta-voz da organização.

Uma reunião realizada nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2024, entre representantes dos professores e o governo, durou mais de três horas, mas terminou sem consenso.

Segundo os professores, o governo teve tempo suficiente para estruturar um plano de pagamento, mas não apresentou nenhuma solução concreta.

Já não há prazos! Ou o pagamento começa amanhã e termina na próxima semana, ou não teremos como garantir os exames e o conselho de notas”, enfatizou um professor durante a reunião.

Caso as exigências não sejam atendidas, os professores prometem suspender as atividades essenciais ao encerramento do ano letivo, o que poderá comprometer o calendário escolar de milhares de alunos em todo o país.

"Se não houver pagamento da dívida referente às horas extras, não haverá conselhos de notas, nem exames finais, do Rovuma ao Maputo”, reforçou a ANAPRO.(x)

Por: Nazma Mahando

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A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira, 14 de Novembro de 2024, pelo Chefe do Departamento da Direção Pedagógica de Gestão e Garantia da Qualidade, Rachide Sualehe, durante uma conferência de imprensa realizada em Pemba.

De acordo com Rachide, os alunos de Macomia não poderão realizar os exames finais de 2024 devido à situação de terrorismo que afeta o distrito.

"Macomia enfrenta uma situação particular, pois os alunos não irão realizar os exames finais como acontece nos outros distritos. O motivo é que, neste último trimestre, Macomia teve cerca de um mês e três semanas de paralisação devido ao impacto do terrorismo. Contudo, neste momento, as aulas já foram retomadas em 20 escolas. Para lidar com essa situação, uma vez que os alunos de Macomia não estão em pé de igualdade com os outros, enviamos uma solicitação ao Ministério da Educação para orientações sobre como gerenciar esse caso específico. Chegamos a um consenso de que o calendário escolar será estendido até o final de dezembro. Os exames finais não serão realizados em 2024; em vez disso, a lecionação continuará durante o mês de dezembro e os exames serão realizados de forma especial a partir de 6 de janeiro de 2025, com a segunda chamada prevista para terminar no dia 17 de janeiro", afirmou Rachide Sualehe.

Rachide explicou que, no distrito de Macomia, os alunos não poderão realizar os exames finais de 2024 devido aos ataques terroristas que assolam a província desde 2017. Eles farão os exames em janeiro de 2025, com início em 6 de Janeiro. (x)

Por: Zaida Abdul

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Nangade é um distrito da província de Cabo Delgado, em Moçambique, com sede na vila de Nangade. Limita-se a norte com a Tanzânia, através do rio Rovuma, a oeste e sul com o distrito de Mueda, a sul e leste com o distrito de Mocímboa da Praia e a leste com o distrito de Palma. O distrito tem sido um dos mais afetados pelos ataques terroristas nos últimos anos.

Nesta segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, o porta-voz da Direção Provincial da Migração, Ivo Sampahua, falou a jornalistas e avançou que, devido aos ataques terroristas, o setor viu-se obrigado a encerrar a fronteira de Chacamba, localizada no distrito de Nangade.

"Conhecemos o encerramento das nossas fronteiras no ano passado por causa dos ataques, mas atualmente temos apenas a fronteira de Chacamba, no distrito de Nangade, que se encontra encerrada. Há orientações do ponto de vista do Governo para avançar com a limpeza e a manutenção das instalações que lá existem, para que possamos proceder com a reabertura daquele posto. É o único posto que se encontra encerrado. Atualmente, torna-se necessário abordar a questão do posto especial de Afungi. Foi instalada uma força da migração no acampamento de Afungi, em Palma, para proceder com o movimento migratório dos cidadãos envolvidos nas atividades que decorrem naquele projeto", avançou Ivo Sampahua. (x)

Por: Esperança Picate

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O acampamento de trabalhadores da TotalEnergies, localizado na vila de Quitunda, na Península de Afungi, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, onde se encontram posicionados os grandes Mega-projectos de exploração do gás natural liquefeito, esteve fechado desde a semana passada devido a protestos realizados pelos moradores. A população local exige indemnizações pela exploração das suas terras, além da concessão de mais áreas para a prática de agricultura e outros projetos de desenvolvimento sustentável.

Na terça-feira, 19 de novembro de 2024, o Administrador de Palma, João Buchili, sem gravar a entrevista afirmou que as negociações entre a TotalEnergies e os moradores de Quitunda estão em andamento. O governante evitou dar maiores esclarecimentos sobre o assunto, alegando que não era a pessoa indicada para falar sobre o tema. No entanto, destacou que as partes envolvidas estão a trabalhar juntas para encontrar soluções viáveis.

“Estamos a buscar soluções por meio do diálogo”, afirmou Buchili, sem entrar em detalhes sobre o andamento específico das discussões.

A vila de Quitunda, situada a aproximadamente 24 quilômetros da sede do distrito de Palma, tem sido foco de tensões devido à exploração de terras para projetos da empresa multinacional TotalEnergies, responsável pelo desenvolvimento do projeto de gás natural na região.

Embora o Administrador tenha evitado revelar informações confidenciais, como os valores envolvidos nas indemnizações e o número exato de famílias que serão beneficiadas, ele garantiu que a situação está a ser monitorada de perto pelas autoridades locais. As negociações continuam com o objetivo de encontrar uma solução justa e pacífica para os moradores afetados.

Fontes apuradas pela Zumbo FM Notícias indicam que, o acampamento da TotalEnergies foi reaberto enquanto as discussões seguem em curso.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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O Governador da Província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, destacou nesta quarta-feira, 20 de Novembro de 2024, que o desenvolvimento da região não pode ser retardado devido aos desafios impostos pelo terrorismo. Ele fez esta afirmação durante a IV Conferência OMR-UCM sobre Conflito e Desenvolvimento em Cabo Delgado, promovida pela Faculdade de Gestão de Turismo e Informática da Universidade Católica de Moçambique.

Tauabo sublinhou que a falta de investimentos e a falta de articulação estratégica entre diferentes atores estão a dificultar o desenvolvimento e a criação de empregos na província.

"Não podemos adiar o desenvolvimento por conta do terrorismo. As circunstâncias não devem impedir que avancemos em áreas fundamentais, como o fomento massivo de empregos para os jovens, a criação de investimentos que aumentem o poder de compra das famílias e o crescimento económico. A falta de investimentos e de uma estratégia integrada entre os diversos actores só contribui para agravar o problema", afirmou.

Apesar dos desafios contínuos causados pela violência, o Governador enfatizou o compromisso de reconstruir os distritos afetados pelo terrorismo.

"Apesar dos obstáculos que ainda enfrentamos, especialmente em razão do fenómeno terrorista, continuamos com a tarefa de reconstruir os distritos afetados, providenciando serviços essenciais como saúde, água, eletricidade e sinal de telefonia móvel, além de alocar equipamentos e meios para garantir o funcionamento regular das instituições", disse Tauabo.

O Governador também apelou à colaboração de todos os setores da sociedade para que os ataques terroristas e a violência não prevaleçam.

"Queremos aproveitar este momento para exortar as organizações da sociedade civil, lideranças comunitárias, partidos políticos, confissões religiosas, funcionários públicos, instituições académicas e toda a população de Cabo Delgado a unirem esforços, dizendo não aos ataques, não à criminalidade e não à violência. Juntos, devemos trabalhar pelo desenvolvimento da nossa província", concluiu. (x)

Por: Esperança Picate

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São dados partilhados nesta quinta-feira, 14 de novembro de 2024, pelo Chefe do Departamento da Direção Pedagógica de Gestão e Garantia da Qualidade, Rachide Sualehe, que falava numa conferência de imprensa, no âmbito de preparação dos exames finais e início das matrículas da 1ª classe.

No âmbito de preparação dos exames finais e início das matrículas da 1ª classe, o Chefe do Departamento da Direção Pedagógica de Gestão e Garantia da Qualidade, Rachide Sualehe, deixou claro que a província está preparada para a realização dos exames finais de 2024 e que serão examinados 97.418 alunos na província, incluindo os do ensino primário e secundário.

"Relativamente aos detalhes, temos de dizer que, na 6ª classe, vamos submeter 59.490 candidatos aos exames. No ensino secundário, teremos um total de 37.928 candidatos para os exames, sendo que, para a 10ª classe, temos 23.204 candidatos e para a 12ª classe, 14.724 candidatos. Ao todo, temos 97.418 candidatos, como disse", afirmou Rachide Sualehe.

O calendário destes exames foi detalhado da seguinte forma:

- 6ª classe: A primeira chamada será nos dias 25 e 26 de Novembro e a segunda chamada ocorrerá 2 e 3 de Dezembro.
- 10ª e 12ª classes: Os exames começam 2 de dezembro. A primeira chamada da 10ª classe termina 5 de Dezembro e a da 12ª classe termina 6 de dezembro. A segunda chamada para o ensino secundário, tanto para a 10ª quanto para a 12ª classe, será realizada de 9 a 12 de Dezembro para a 10ª classe e de 9 a 13 de Dezembro para a 12ª classe.

Por outro lado, Rachide Sualehe esclareceu que alguns alunos se inscreveram para os exames finais, mas não frequentaram as aulas ao longo do ano letivo. Estes candidatos poderão realizar os exames na segunda chamada, que ocorrerá de 9 a 13 de Dezembro, exclusivamente para os alunos da 12ª classe.

"Temos candidatos externos, que são aqueles que se inscreveram para fazer os exames finais, mas que não frequentaram as aulas ao longo do ano. Estes candidatos externos vão fazer o exame na segunda chamada, ou seja, o exame deles coincidirá com os exames da segunda chamada, que será de 9 a 13 de Dezembro. Apenas os alunos da 12ª classe terão essa oportunidade", disse Rachide Sualehe.

O Chefe do Departamento garantiu que cerca de 97.418 alunos serão examinados na província, abrangendo tanto o ensino primário quanto o secundário. (x)

Por: Zaida Abdul

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A cidade de Pemba, em Cabo Delgado, está a enfrentar uma subida drástica nos preços de produtos alimentares essenciais, como óleo, arroz e açúcar, em meio à crescente instabilidade política no país. Esta situação tem pressionado ainda mais os bolsos dos cidadãos, já afetados pelas dificuldades económicas.

No Mercado Grossista Alto Gigone, um dos principais centros comerciais da cidade, foram observados aumentos significativos nos preços de produtos de primeira necessidade. O preço de 5 litros de óleo, por exemplo, subiu de 480 para 600 meticais.

Joana Nazário, uma utente do mercado, lamentou o impacto das manifestações violentas, apontando que essas ações estão a agravar a pobreza e a insegurança na região.

"Os impactos são negativos porque há subida de preços de produtos alimentares, e isso não está a ajudar o povo. Eu não estou a favor da greve violenta, porque muitos aproveitam essa situação para prejudicar os outros. Há muita morte e pobreza", declarou.

Georgina Afonso, outra frequentadora do Mercado Grossista, expressou o seu receio face à violência e apelou por uma solução pacífica.

"As coisas estão muito caras e não estamos a viver bem. Aqui em Cabo Delgado não vivemos em paz. Estamos a ver pessoas sendo agredidas sem saber os motivos. Eu gostaria que o governo resolvesse esta situação, porque não estamos a viver em paz. Temos medo, tanto de dia como de noite. Só queremos paz", lamentou Georgina Afonso.

Ernesto João, um morador da cidade, também manifestou a sua preocupação com os efeitos das manifestações violentas, apelando para que os protestos ocorram de forma pacífica, sem prejudicar o desenvolvimento e a paz na província.

"É necessário protestar, mas de forma pacífica, porque quando as manifestações são violentas, elas afetam o desenvolvimento e o processo de paz. Precisamos olhar para a realidade do nosso país, que ainda enfrenta conflitos, principalmente no norte. Apelo a todos para que se mantenham no diálogo e evitem a violência", afirmou.

Adélia Tomás, residente em Pemba, condenou igualmente a violência nas manifestações e recordou o contexto de terrorismo que a província enfrenta, pedindo aos cidadãos que se abstenham de participar em protestos tumultuosos. "Nós ainda vivemos com o terror do terrorismo que assola a nossa província. Não devem aderir a manifestações violentas. Podem protestar de acordo com a lei, mas de forma pacífica, sem vandalismo", aconselhou Adélia.

Estima-se que as paralisações e manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, os prejuízos alcançaram cerca de 24,8 mil milhões de meticais (354 milhões de euros), com 151 unidades empresariais vandalizadas.(x)

Por: Nazma Mahando

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A província de Cabo Delgado, conhecida pelas suas paisagens paradisíacas e rica diversidade cultural, enfrenta uma grave ameaça ao turismo devido às manifestações e à persistência do terrorismo. Essa combinação de fatores já resultou em um elevado número de cancelamentos de reservas, colocando em risco a sustentabilidade do sector.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, o vice-presidente da Associação do Turismo de Cabo Delgado, António Macanije, afirmou que, caso a situação das manifestações persista, não haverá turistas a visitar a província.

“Não haverá turistas a visitar Cabo Delgado. Desde o início das manifestações pós-eleitorais, as instâncias turísticas têm enfrentado uma onda de cancelamentos massivos. Após as eleições, praticamente todas as reservas foram canceladas, e continuamos a receber novas notificações de cancelamento todos os dias,” explicou Macanije.

Até a última quarta-feira, mais de 255 reservas haviam sido canceladas, com a perspectiva de novos cancelamentos nos próximos dias.

“Mais de 255 reservas firam cancelada desde a ultima quarta-feira, Não temos clientes. As manifestações e o ambiente de insegurança estão a afetar gravemente o setor. Com a chegada do fim do ano, estamos preocupados. Se a situação persistir, a tendência será fechar algumas instâncias ou reduzir drasticamente o número de trabalhadores,” afirmou.

Macanije também destacou que a atual situação está a comprometer anos de esforços para atrair turistas e fortalecer o sector do turismo em Cabo Delgado. Ele teme que, sem ações urgentes para restaurar a estabilidade, a província possa enfrentar uma crise prolongada, com impactos negativos para as empresas e os trabalhadores locais.

“As instâncias turísticas estão vazias. O cenário não é promissor e, se não houver mudanças, será difícil manter as operações,” acrescentou.

Com a aproximação da época festiva, tradicionalmente um período de maior movimento turístico em Cabo Delgado, as perspectivas não são animadoras. O vice-presidente da Associação do Turismo apontou que o setor enfrenta desafios profundos.

“Não há reservas para o final do ano. Os turistas estão a evitar Cabo Delgado, e isso representa uma grande perda para o setor. Sem mudanças, o turismo na província pode sofrer danos irreversíveis,” concluiu. (x)

Por: Bonifácio Chumuni

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