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A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, no âmbito da quarta fase das manifestações proclamadas por Venâncio Mondlane, deteve na Cidade de Pemba, nos dias 15, 16 e 17 do corrente mês, sete indivíduos acusados de criar barricadas e tentativa de queima de pneus.

A informação foi avançada nesta segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, pelo chefe das Relações Públicas no Comando da PRM em Cabo Delgado, Aniceto Magome, que falava a jornalistas numa conferência de imprensa.

"Nos dias 15, 16 e 17 do corrente mês, temos registado focos de tentativa de queima de pneus e colocação de barricadas nos distritos de Pemba, Montepuez e no distrito de Metuge, que prontamente a polícia acabou intervindo nesses locais, fez-se reposição da ordem e o culminar destes atos, para responder a esses focos das manifestações, foi possível neutralizar 7 indivíduos que se encontram detidos", avançou Aniceto Magome.

A PRM apela e desencoraja a população a aderir às manifestações e insta para que optem pelo civismo e cidadania.

"Apelamos e desencorajamos todas as manifestações ilícitas, que podem criar atos de vandalismo, violência e desordem pública. Instamos a todos os cidadãos a pautarem pelo civismo, companheirismo e cidadania", apelou a PRM. (x)

Por: Esperança Picate

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A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 11 de novembro de 2024, pelo chefe das Relações Públicas do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Aniceto Magome.
 
O caso ocorreu no dia 5 de novembro de 2024, no distrito de Mocímboa da Praia, no norte de Cabo Delgado. Um homem, supostamente vizinho das vítimas, atacou duas idosas, com idades entre 80 e 84 anos, desferindo vários golpes na cabeça das vítimas, o que resultou em suas mortes imediatas. Segundo Magome, após cometer o crime, o autor fugiu do local.
 
"Registramos um caso de homicídio agravado que ocorreu por volta das 20 horas do dia 5 de novembro deste ano, na vila municipal de Mocímboa da Praia. As vítimas, ambas do sexo feminino, com idades entre 80 e 84 anos, estavam em sua residência jantando, quando foram surpreendidas e agredidas pelo vizinho, que as golpeou na cabeça, causando-lhes morte imediata. Em seguida, o autor pôs-se em fuga", relatou Magome.
 
Magome acrescentou que a PRM destacou uma equipe multissetorial para investigar o crime, o que culminou na captura do suspeito.
 
"Foi destacada uma equipe multissetorial, composta pela PRM, SERNIC e profissionais da área de saúde, que realizou a perícia no local e efetuou diligências, culminando na captura do autor do crime. Ele foi detido e o processo foi encaminhado ao Ministério Público", concluiu.
 
Mocímboa da Praia é um distrito da província de Cabo Delgado, em Moçambique, cuja sede é a vila de Mocímboa da Praia. O distrito faz fronteira ao norte e nordeste com Palma, ao norte e noroeste com Nangade, a oeste com Mueda, ao sul com Macomia e Muidumbe, e a leste com o Oceano Índico.
 
Por: Esperança Picate
 
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A pesca ilegal de peixes juvenis continua a representar uma ameaça significativa para os ecossistemas marinhos de Cabo Delgado, colocando em risco a biodiversidade e comprometendo a sustentabilidade dos recursos pesqueiros na província.

O alerta foi dado pelo Delegado Provincial da Administração Nacional de Pesca (ANP), Acácio Mussa, durante uma entrevista exclusiva à Zumbo Notícias, realizada na manhã desta terça-feira, 12 de Novembro, no centro de pesca de Cumissiti, bairro de Paquitequete, cidade de Pemba, momentos após a cerimônia de divulgação dos períodos de defeso e veda das pescarias de camarão de superfície, caranguejo do mangal e polvo para a temporada 2024-2025.

"Os impactos da pesca são enormes para o próprio ecossistema. Se nós tiramos um produto que não atingiu a sua maturação, alguma coisa alteramos no seu habitat. Isso porque as espécies não crescem como devia ser, limitamos em termos de produção. Essas espécies não conseguem reproduzir porque, tiramos antes da fase de maturação", afirmou Mussa, destacando os prejuízos ambientais e econômicos causados pela retirada precoce de peixes do mar.

O delegado também sublinhou que, por muitos anos, as comunidades pesqueiras de Cabo Delgado viviam uma realidade em que espécies de peixes menores eram capturadas em grandes quantidades, sem qualquer benefício para a população local.

"Há algumas espécies em que, anos atrás, nós verificávamos que as espécies que se pescavam e a população não comia eram muito pequenas. Pescavam, traziam para a comunidade, e como ninguém comprava, acabavam deitando fora. Então, é o prejuízo para a nossa própria riqueza. Quem usa essas riquezas somos nós próprios moçambicanos, então, é prejuízo porque não conseguimos nem vender."

Em resposta a essa realidade, o governo tem investido na implementação de políticas de gestão pesqueira mais rigorosas, com o apoio dos Conselhos Comunitários de Pescas. Mussa ressaltou que esses conselhos têm desempenhado um papel fundamental na mudança de comportamentos e na conscientização das comunidades pesqueiras.

"Para além disso, conseguimos passar por este processo através dos Conselhos Comunitários de Pescas. Por isso, ultimamente não se verifica mais essa prática de pescar espécies juvenis. Todo aquele que circula nesta cidade de Pemba já consegue ver a diferença entre o que acontecia antes, há dois anos atrás, e o que está a acontecer agora, porque os nossos Conselhos Comunitários de Pescas estão a trabalhar neste sentido de evitar que essa prática seja recorrente nos nossos centros de pesca", explicou Mussa, no ambiente da cerimônia, que reuniu autoridades locais, pescadores e representantes da sociedade civil.

A eliminação de métodos de pesca destrutivos também tem contribuído para essa transformação. A prática de usar redes mosquiteiras, que antes causava grandes danos aos ecossistemas marinhos, foi amplamente erradicada.

"Eu confirmo a redução da pesca de peixes pequenos. Nós até praticávamos a pesca, por exemplo, com a questão da rede de arrasto, assim como redes mosquiteiras. Então, se fores a passar nos nossos centros de pesca, é difícil encontrar rede mosquiteira. Então, com a eliminação da rede mosquiteira, significa que essa pesca já não ocorre", afirmou Mussa, destacando as mudanças visíveis nas zonas pesqueiras de Pemba e arredores.

A cerimônia que marcou a divulgação dos períodos de defeso e vedação das pescarias de camarão de superfície, caranguejo do mangal e polvo para a temporada 2024-2025, reforça o compromisso de assegurar que os recursos pesqueiros da província sejam utilizados de forma responsável, garantindo que as futuras gerações também possam usufruir dessas riquezas naturais. (x)

Por: António Bote

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Mulheres grávidas, sem acesso a qualquer tipo de assistência médica, estão sendo forçadas a dar à luz em casa, colocando em risco suas próprias vidas e as de seus bebês. Este é o cenário aterrador que as mães de Mazeze enfrentam, um posto administrativo do distrito de Chiúre, em Cabo Delgado, que foi severamente devastado por ataques terroristas no início de 2024.

A ausência de unidades de saúde e profissionais capacitados transformou um simples parto em um verdadeiro acto de sobrevivência, evidenciando a dramática falência do sistema de saúde local.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, esta terça-feira, 12 de Novembro de 2024, a Chefe do Posto Administrativo de Mazeze, distrito de Chiúre, Daniela Tunia, descreveu a precariedade do sistema de saúde local.

"As mulheres grávidas são obrigadas a dar à luz em suas próprias casas, o que coloca em risco a saúde delas e dos bebês. Infelizmente, temos que recorrer a esse método antigo, pois não temos outra opção. A situação é muito difícil e estamos aguardando que o governo, tanto a nível do distrito quanto na província, tome providências para restabelecer os serviços de saúde de forma eficaz", lamentou a Chefe do Posto Administrativo.

Daniela Tunia ressaltou que, embora as brigadas móveis tenham representado um esforço valioso, a falta de infraestrutura e de recursos médicos permanentes continua a colocar vidas em risco.

"Ainda não estão repostos, ainda não estamos a funcionar completamente. Só estão a funcionar brigadas móveis multisectoriais, que atendem em várias aldeias. Cada equipe realiza atividades específicas, como consultas para HIV, cuidados pré-natais e ECMI (Estratégia Combinada de Melhoria de Imunização). Eles vão de aldeia em aldeia, atendem, e depois retornam para a base. Essa tem sido a forma de tentar suprir a necessidade de cuidados médicos", afirmou Tunia, destacando a fragilidade do modelo emergencial.

A dirigente entende que a crise de saúde em Mazeze é um reflexo direto da violência que assolou a província de Cabo Delgado, destruindo não apenas casas e comunidades, mas também toda a estrutura de atendimento à saúde.

"Ainda estamos à espera de um plano mais robusto do governo, com apoio tanto a nível distrital quanto provincial. Não temos a capacidade local para resolver essa situação sozinhos", concluiu Daniela Tunia. (x)

Por: Nazma Mahando

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Na noite de domingo, 10 de novembro de 2024, um incêndio de grandes proporções consumiu mais de 167 bancas de construção precária em um dos principais mercados do distrito de Macomia, na região central da Província de Cabo Delgado, em Moçambique.

O fogo começou por volta das 18h00 e foi controlado somente à meia-noite, com dificuldades adicionais devido à falta de recursos para combate a incêndios. O distrito de Macomia, não dispõe de uma brigada de bombeiros nem de equipes capacitadas para emergências desse tipo, enfrentou uma situação crítica para conter as chamas.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias nesta terça-feira, (12.11.2024), o administrador de Macomia, Tomás Badaie, atribuiu a causa do incêndio a um curto-circuito.

“Houve um incêndio provocado por um curto-circuito no nosso maior mercado, o mercado central de Macomia. Em termos de bancas, foram incendiadas 167”, explicou o administrador de Macomia, Tomas Badaie.

Esse não é o primeiro episódio de destruição enfrentado pelo mercado de Macomia. Em 2020, após o primeiro ataque armado na região, diversos estabelecimentos comerciais foram igualmente devastados pelas chamas.

A Zumbo FM Notícias apurou ainda que o incêndio impactou o fornecimento de energia elétrica na vila, com um dos postes de eletricidade danificado. A empresa Eletricidade de Moçambique (EDM) enviou equipes ao local para reparar os danos e restaurar o serviço.(x)

Por:Bonifácio Chumuni

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O Comandante Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, fez esta afirmação durante uma conferência de imprensa realizada na terça-feira, 12 de Novembro de 2024, no comando geral da PRM, em Maputo.

Rafael sublinhou que em nenhum país do mundo é permitido que um cidadão declare ou execute um golpe de Estado.

"Em nenhum país se permite que um cidadão diga ou tente golpear um Estado, nem na democracia mais antiga da Grécia. Não se pode admitir que alguém ameace com um golpe de Estado. Isso significa atacar todos os membros do parlamento, incluindo os deputados eleitos. Como é possível permitir isso? Seria por desconhecimento da lei, excesso de emoção ou por falta de compreensão da convivência social?", questionou o Comandante Geral da PRM.

O comandante apelou à calma e à colaboração dos cidadãos, frisando que "cada moçambicano deve ser um guardião da democracia e da ordem pública", acrescentando que "cada um deve agir como polícia em seu próprio bairro, zelando pela segurança e estabilidade do país."

Essas declarações surgem no contexto de crescente tensão política em Moçambique, após o anúncio, na última segunda-feira (10 de Novembro), do candidato presidencial do Partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, sobre a quarta fase das manifestações programadas pelo partido. (x)

Por: Esperança Picate

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A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique enfrenta críticas após não cumprir os prazos estabelecidos pelo Conselho Constitucional (CC) para a entrega de editais e actas do apuramento parcial dos resultados das eleições de 9 de outubro de 2024. Estes documentos são essenciais para a validação e proclamação dos resultados das VII Eleições Gerais e IV Eleições Provinciais, um processo que tem gerado controvérsia e apreensão no país.

Segundo o Jornal Carta de Moçambique, após as eleições gerais e provinciais de 9 de outubro, a Comissão Nacional de Eleições iniciou o apuramento dos resultados nas diversas mesas de votação. O Conselho Constitucional, órgão responsável pela validação final dos resultados, solicitou à CNE, a 30 de outubro, a entrega dos editais e actas do apuramento parcial e distrital de sete províncias. O prazo estipulado para a entrega desses documentos foi 7 de novembro de 2024.

Entretanto, o último conjunto de editais só foi entregue ao Presidente da CNE, Dom Carlos Matsinhe, a 8 de novembro de 2024, um dia após o fim do prazo estabelecido. Este atraso levanta questões sobre a capacidade da CNE de cumprir com as exigências legais e comprometer a transparência do processo eleitoral.

De acordo com o Boletim Eleitoral do Centro de Integridade Pública (CIP Eleições), os editais em falta incluíam documentos de províncias como Inhambane, Nampula, Zambézia, Tete, Gaza e a cidade de Maputo. Em particular, os editais de Inhambane, uma província com a capital a menos de 450 km de Maputo, foram destacados, o que levanta dúvidas sobre a logística e a organização da CNE no processo de entrega desses documentos.

Além dos atrasos, o CIP Eleições denunciou uma possível manipulação de documentos eleitorais. A organização afirmou ter encontrado editais nas sedes do partido Frelimo, e até documentos descartados em lixeiras. Em resposta, o partido PODEMOS fez uma denúncia à Procuradoria-Geral da República, acusando a Frelimo de orquestrar um esquema de falsificação de editais para favorecer o seu candidato presidencial.

O vice-presidente da CNE, Fernando Mazanga, em entrevista à DW, admitiu a falta de informações sobre a capacidade da CNE em entregar os documentos originais ao Conselho Constitucional. Segundo Mazanga, as solicitações do CC não foram tratadas em Plenário da CNE, sendo apenas discutidas por um "grupinho" de pessoas, o que compromete a transparência e a legitimidade do processo.

Além disso, Mazanga revelou que a questão das discrepâncias nos números de votantes nas três eleições (presidencial, legislativa e Assembleias Provinciais) também foi tratada sem o conhecimento dos restantes membros da CNE. O Conselho Constitucional pediu explicações sobre as variações no número de votantes nas diversas províncias, com um prazo de 72 horas para que a CNE apresentasse uma resposta. Contudo, segundo fontes do CC, a resposta não foi entregue no prazo estipulado, embora a CNE tenha afirmado, em comunicado oficial, que o expediente foi enviado no dia 8 de novembro, já após a data limite.

Este cenário de atrasos e acusações de manipulação de documentos acirra ainda mais a tensão política em Moçambique, onde as eleições têm sido historicamente marcadas por desconfianças sobre a imparcialidade dos processos eleitorais. O Conselho Constitucional, sendo o órgão que valida ou invalida os resultados eleitorais, assume um papel crucial para garantir a legalidade e a transparência das eleições no país.

Entretanto, os repetidos atrasos e as acusações de fraude colocam em questão a credibilidade da Comissão Nacional de Eleições, com muitos cidadãos e organizações civis a pedirem uma investigação independente sobre as alegações de falsificação de documentos.

Com a pressão crescente, a CNE e o Conselho Constitucional terão de enfrentar desafios significativos para restaurar a confiança no sistema eleitoral, fundamental para a estabilidade política e social de Moçambique.(x)

Por: Nazma Mahando

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A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, apresenta a maior taxa de analfabetismo do país, estimada em 62%. Com uma população de aproximadamente 1.287.814 habitantes, a região enfrenta desafios que dificultam o acesso à educação, incluindo o impacto do terrorismo, uniões prematuras, gravidez precoce e condições adversas nas infraestruturas educacionais.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14.11.2024) por Rachide Sualeh, Chefe do Departamento da Direção Pedagógica, Gestão e Garantia de Qualidade, em entrevista à Zumbo FM Notícias. Segundo ele:

“A nossa província, neste momento, tem a mais alta taxa de analfabetismo e educação de jovens e adultos do país. Em termos de percentagem, estamos em 62%, o que significa que não houve progressão significativa: nem subimos, nem reduzimos. A província está a trabalhar no sentido de reduzir este índice que assola a nossa população”- afirmou.

De acordo com Sualeh, o sector de educação tinha como meta para este ano contratar 802 alfabetizadores e inscrever 41.026 alfabetizandos. Apesar disso, devido à instabilidade causada pelas insurgências, os resultados ficaram aquém do esperado.

“Neste ano, nós tínhamos a meta de contratar 802 alfabetizadores, mas conseguimos superar e contratamos 815 alfabetizadores. Em relação aos alfabetizandos, tínhamos projetado inscrever 41.026, mas conseguimos inscrever apenas 23.601. Houve uns decréscimos, ou seja, não conseguem alcançar a meta. Tudo isso porque temos populações em movimento, que vão para uma zona e depois regressam quando a situação de terrorismo melhora.”- disse Rachide Sualeh, Chefe do Departamento da Direção Pedagógica, Gestão e Garantia de Qualidade.

Atualmente, cerca de 40% da população moçambicana, estimada em 30 milhões de habitantes, é analfabeta. As províncias do norte e centro do país, como Cabo Delgado, Niassa, Tete e Zambézia, registaram os maiores índices de analfabetismo. Em contrapartida, as regiões do sul, como Maputo Cidade, apresentam taxas mais baixas, com 7%.(x)

Por: Nazma Mahando

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O Secretário de Estado da Província, António Supeia, falava este sábado 16 de Novembro de 2024, durante XII Cerimónia de graduação da Faculdade de Gestão de Turismo e Informática e do Instituto de Educação à Distância, da Universidade Católica de Moçambique (UCM).

Antonio Supeia, desafiou aos académicos a tirar proveito das oportunidades que a Província oferece, de modo que saibam enfrentar os desafios a ser percorrido durante a jornada.

"Desafio aos graduandos a saberem tirar proveito das potencialidades e oportunidades locais, e que cada uma das regiões onde estiverem a actuar, devem sair daqui conscientes dos desafios que vos espera, sejam criativos e procurem cultivar o espírito de amor pelo trabalho, cientes que os conhecimentos que adquiriram devem ser aplicados com utilidade nas diferentes frentes."

Na mesma ocasião o Secretário Estado exortou aos graduados a ter muita responsabilidade, profissionalismo, competencia,ética e solidariedade para transformar um futuro coletivo.

"Queremos exortar aos graduados de que o diploma de que você recebeste, tem muita responsabilidade, pois o conhecimento que adquiriram ao logo dos anos de formação académica, deve agora colocar ao serviço da nossa sociedade, procurem ser cidadãos e profissionais competentes e acima de tudo éticos e solidário. Cabo Delgado em particular precisa de jovens que saibam liderar com integridade e tenha a coragem de Empreender e estejam dispostos a investirem nas suas próprias capacidades, e para com isso transformar o futuro coletivo"-exortou.

O Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Satar Abdulgani, elogiou a contribuição da UCM para o desenvolvimento da cidade e do país, incentivando os graduados a considerarem o autoemprego como uma alternativa viável, dado o cenário competitivo do mercado de trabalho.

"A nossa cidade de Pemba tem estado a registar uma evolução assinalável.A faculdade de gestão de turismo e informática e do instituto de educação à distância, tem contribuído para o desenvolvimento do nosso município, cidade, província e país. Desejamos muitas felicidades esperando que possam aproveitar desta formação, que se ensina no mercado de emprego, tendo em conta que o mercado de trabalho é bastante agressivo, competitivo podendo olhar também no auto emprego como uma das alternativas igualável e viável "-afirmou o Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Satar Abdulgani.

Já o Reitor da UCM, Felipe Sungo, reforçou a importância da integridade e dos valores éticos no enfrentamento das pressões do mercado profissional, ressaltando que a ética deve ser sempre priorizada, mesmo diante de desafios.

"Caros graduandos agora começa para voz uma nova etapa cheia de possibilidades, ao entrar no Mundo de trabalho muito de voz vão enfrentar pressões para comprometer os princípios éticos e moral em prol- de resultados ràpidos, ou de objectivo lucrativo este é uns dos grande desafios da nossa sociedade actual. Lembrence de que a Integridade é o vosso maior patrimonio e é possível ser competitivo sem abrir mão dos valores que adquiram, saibam que mesmo quando ao vosso arredor parecer em porar voz em outra direcção a ética é sempre a escolha certa"-disse Felipe Sungo.

A representante dos graduados expressou gratidão e reafirmou o compromisso de sua turma em contribuir para uma sociedade mais ética e sustentável.

"Obrigada á todos por fazerem parte desta inesquecível jornada, onde a paciência, determinação e resiliência construíram denominador comum, ao receberemos os nossos diplomas estamos cientes do nosso papel na construção de uma sociedade sã, e tem os valores éticos como alicerces de boa convivência e realização de compromissos sustentáveis, cada um de nós e na sua área de formação vai com certeza fazer valer o seu papel na promoção do desenvolvimento sustentável,da Província e no país no geral." disse a Representante dos graduados.

A cerimônia formou 319 graduados, incluindo 189 mulheres, destacando o papel da educação na promoção da igualdade de oportunidades e no desenvolvimento sustentável da região e do país.

O evento destaca a relevância da formação acadêmica para impulsionar o progresso em Cabo Delgado, uma província repleta de desafios e oportunidades. (x)

Por: Nazma Mahando

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A violência que assola a província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, continua a intensificar-se à medida que as forças de segurança locais e nacionais enfrentam os insurgentes do grupo extremista que se autodenomina allshabab, desde 2017.

Neste Domingo, 17 de Novembro de 2024, um incidente inusitado e tenso teve lugar no distrito de Ancuabe, quando membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) foram capturados pela força local após serem confundidos com terroristas. Este episódio expôs a complexidade da situação de segurança na província, onde a confiança entre as forças militares, paramilitares e as comunidades locais é constantemente testada.

De acordo com um vídeo recebido pela redação da Zumbo FM Notícias, os militares das FDS, estavam uniformizados e escoltados por membros da força local. A situação gerou uma série de questionamentos sobre a dinâmica de operações no terreno e a comunicação entre as diferentes entidades envolvidas no combate ao terrorismo.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, uma fonte segura dentro das FDS revelou detalhes sobre o ocorrido:

"A força Nampara não aceita patrulhas das FDS em alguns lugares do distrito de Ancuabe. Então, quando a força local viu esses membros das FDS, eles os capturaram e os escoltaram até a esquadra da vila sede do Distrito. Os membros das FDS foram orientados a não reagir nem disparar contra a força local," explicou a fonte.

A fonte acrescenta que após a confirmação de que não eram terrorristas, os membros das FDS, foram liberados.

"Após a verificação da identidade dos capturados, foi confirmado que não se tratavam de terroristas, e os militares das FDS foram libertados."

O entrevistado explicou ainda que, enquanto isso acontecia, apareceram três membros da força local com ferimentos em resultado no combate contra os terrorristas.

"Enquanto isso acontecia, três membros da força local foram feridos em confrontos com terroristas," acrescentou a mesma fonte, destacando o perigo constante enfrentado pelas forças locais.

Em busca de mais informações, a Zumbo FM Notícias contactou o Chefe das Operações da força local, Cassita, que confirmou o incidente, mas forneceu poucos detalhes: "Já por confirmar a informação. Isso foi hoje," disse Cassita, sem esclarecer os motivos exatos da confusão.

Por outro lado, o Secretário Permanente do distrito de Ancuabe, Saide Amade, não conseguiu confirmar os eventos.

"Ainda não tenho informações," disse Amade, reforçando a falta de comunicação entre as autoridades locais e as diferentes facções envolvidas no combate ao terrorismo.

Recorde-se que no mês de Março de 2024, outro episódio trágico envolvendo a força local ocorreu no distrito de Chiúre, quando membros da força local mataram três agentes do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), alegando que os mesmos faziam parte do grupo de terroristas. A violência contra alvos civis e a contínua desconfiança mútua entre as forças de segurança e as comunidades locais levantam questões sobre a eficácia e a legitimidade das operações de combate ao terrorismo na região.

Ancuabe, situado no centro da província de Cabo Delgado, é um dos muitos distritos marcados pela violência. Limita-se ao norte com o distrito de Meluco, a oeste com Montepuez, a sul com Chiúre, e a leste com os distritos de Metuge e Quissanga. O contínuo deslocamento de civis e o agravamento da insegurança tornam a região uma das mais afetadas pela crise humanitária em Moçambique.

Enquanto o governo central busca implementar soluções de segurança em colaboração com aliados internacionais, como a Força de Defesa de Ruanda e a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a situação em Cabo Delgado continua a ser um desafio multifacetado, onde a confiança, a comunicação e a coordenação entre as diversas forças que atuam na província são fundamentais para garantir a paz e a estabilidade. (x)

Por: António Bote

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