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Ivan

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A Província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, possui uma rede de estradas que se estende por 3.707 quilômetros, dos quais 730 quilômetros (22%) são revestidos, enquanto 2.992 quilômetros (78%) permanecem não revestidos. Essa característica torna as estradas vulneráveis durante a época chuvosa, afetando a mobilidade e a economia local.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada na quarta-feira, 30 de outubro de 2024, o Delegado Provincial da Administração Nacional de Estradas (ANE), Jorge Govinhica, destacou que cerca de nove estradas estão sob risco de interrupção com as chuvas intensas esperadas para a Época Chuvosa 2024-2025. Govinhica detalhou os preparativos e as áreas críticas de Cabo Delgado, destacando os trechos que atravessam três bacias hidrográficas principais: a bacia do rio Messalo, a bacia de Montepuez e a bacia do rio Megaruma.

Bacia do Rio Messalo:
Estradas em risco incluem Macomia-Awasse, Montepuez-Nairoto e Nairoto-Mueda.

Bacia de Montepuez: Estradas afetadas são Balama-Piri, Balama-Mavala, Mapupulo-Mirante e Mwepane-Quissanga.

Bacia do Megaruma: Estradas afetadas incluem Montepuez-Namuno e Mecufi-Maze, que enfrentam dificuldades durante cheias do rio Megaruma.

Segundo Jorge Govinhica, a ANE implementou um plano de contingência para enfrentar esses desafios, envolvendo um mapeamento detalhado das estradas mais vulneráveis e o posicionamento de empreiteiros que poderão colmatar quaisquer eventualidades, com foco nas três bacias identificadas.

Para responder a possíveis ocorrências nessas estradas, o setor de estradas já mobilizou empreiteiros de manutenção de rotina, que atualmente estão trabalhando em parte da rede. Contamos com esses empreiteiros para agir em situações de emergência. Também está previsto um concurso específico para a aquisição de estruturas de betão armado, que permitirão, em algumas estradas, uma implementação rápida, assegurando a fluidez do tráfego em caso de eventualidade,” explicou Govinhica.

Além disso, um novo concurso será lançado para contratar empreiteiros para a rede complementar que ainda carece de manutenção contínua.

Por outro lado, prevemos, nos próximos dias, a abertura de um concurso para a contratação de empreiteiros que vão intervir na rede complementar, que ainda não possui cobertura de manutenção. A ANE em Cabo Delgado também está se preparando para uma coordenação direta com os distritos e as autoridades locais para garantir que qualquer interrupção seja resolvida de forma rápida e eficiente,” concluiu Govinhica.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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A Força Local da Província de Cabo Delgado, composta por veteranos da Luta de Libertação Nacional, denunciou a falta de armamento e suprimentos essenciais para combater a insurgência na região.

Em contato com a nossa equipe de reportagem nesta quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, o Chefe Logístico da Força Local, Zacarias Zawadi, expressou preocupação com a situação precária das forças de combate. "O problema do armamento ainda não foi resolvido. O que chega é insuficiente e de qualidade questionável. Além disso, estamos enfrentando sérios problemas de alimentação. Apesar das dificuldades, continuamos a trabalhar, mas a falta de suprimentos está nos enfraquecendo", relatou Zawadi.

Ele também destacou a falta de medicamentos para atender as necessidades de saúde no terreno. "Temos uma escassez de medicamentos. Precisamos pedir no quartel, mas se não houver, dependemos do hospital. Essa situação é insustentável. O governo sabe o que está acontecendo", afirmou. (x)

Por: Nazma Mahando

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No passado dia 25 de Outubro de 2024, terroristas tentaram atacar a aldeia de Omba, no distrito de Mueda, norte da província de Cabo Delgado, em Moçambique, onde mataram um homem que regressava da machamba para casa.

A informação foi confirmada esta sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, pelo Chefe de Logística da força local, Zacarias Zawadi, em uma entrevista exclusiva concedida à Zumbo FM Notícias.

"Isso foi numa das aldeias, na verdade aqui em Moeda, numa aldeia chamada Omba, foi na semana passada, bem na sexta-feira. Só que os malfeitores não chegaram a entrar na aldeia; cruzaram com ele quando voltava da machamba, então pegaram e mataram. Este homem estava sozinho, mas apanhou a informação no caminho de que os terroristas estavam a vir", afirmou Zawadi.

Na mesma senda, a fonte disse ainda que os terroristas não tinham o objetivo de atacar a aldeia.

"O objetivo não era para entrar. Não sei se estavam a fazer patrulha, não sei o que eles estavam a fazer, então isso aconteceu como um atropelamento. Não sabemos exatamente o número do efetivo, porque cada pessoa que estava a ver o cenário tinha medo de contar. Outros diziam que eram 20 terroristas, outros 24", disse.

Zacarias Zawadi sublinhou que estão sendo realizados trabalhos para investigar de perto o acontecido, de forma a garantir a segurança.

"Por enquanto estamos a investigar para apurar a matéria verdadeira. Estamos a trabalhar; os nossos homens estão no terreno", concluiu. (x)

Por: Nazma Mahando

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Em Mazeze, um dos postos administrativos do distrito de Chiúre, enfrenta sérias consequências das incursões terroristas que afetaram a região nos primeiros meses de 2024. Essa situação resultou na interrupção significativa do aproveitamento pedagógico dos alunos.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada na quarta-feira, 30 de outubro de 2024, a chefe do posto administrativo de Mazeze, Distrito de Chiúre, Daniela Tunia, compartilhou a situação atual da educação na área.

Daniela Tunia revelou que, neste ano letivo, os alunos praticamente não tiveram aulas regulares. O que está a ocorrer são atividades recreativas oferecidas por professores alocados na região.

Os alunos aqui praticamente não estudaram. O que os professores estão fazendo agora é apenas recreação. Eles chegam à escola só para isso. Com o conhecimento que temos do serviço distrital, já é tarde, pois já se passaram dois trimestres. Este trimestre será apenas para preparar os alunos para o próximo ano; este ano é considerado um 'ano zero'”, explicou Tunia.

Quanto às condições das infraestruturas escolares, Daniela Tunia relatou: “Ainda não há reparações. Estou aqui no Cajueiro, onde a casa nem tem portas, e a secretaria administrativa foi destruída. Até agora, não houve nenhuma mão para reparar”.

De acordo com dados do censo de 2017, o distrito de Chiúre é o mais populoso da província, com uma população de 217.487 habitantes, representando 13,5% da população provincial. O distrito abrange uma área de 4.210 km², com uma densidade populacional de 51,65 habitantes por km². (x)

Por: Esperança Picate

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A biodiversidade de Moçambique, uma das mais ricas e diversas do planeta, enfrenta desafios crescentes devido à degradação ambiental e às mudanças climáticas. Com uma vasta gama de ecossistemas, incluindo florestas tropicais, savanas e uma costa rica em vida marinha, o país é um verdadeiro tesouro ecológico. Reconhecendo a importância de preservar esses recursos, o Governo de Moçambique tem investido em iniciativas que promovem a gestão sustentável e a troca de informações sobre a biodiversidade. Neste contexto, na noite de 31 de Outubro de 2024, na Cidade de Cali, Colômbia, à margem da COP 16, o Governo de Moçambique, através do Ministério da Terra e Ambiente, venceu o terceiro lugar do Prémio Clearing House Mechanism Awards da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), que decorre na sua 4ª edição.

Moçambique foi o único país da região da África Austral a vencer o prémio e partilhou a posição com países como Marrocos e Malta. A segunda posição foi partilhada entre os Governos da Filipinas e Burundi, e, por fim, o primeiro lugar coube ao Governo da Malásia.

A Directora Nacional do Ambiente, Guilherme Amurrane, disse durante a cerimónia do Clearing House Mechanism Awards que o país vai continuar a trabalhar na actualização da plataforma para trazer mais informação de actualidade sobre a biodiversidade do país.

“Ganhamos a medalha de bronze, essa medalha tem muito significado para nós, e ganhamos porque concorremos com uma plataforma nacional. Plataforma esta, que tem a informação oficial de Moçambique sobre a biodiversidade. Várias instituições públicas produzem informação sobre a biodiversidade, mas nós temos esta plataforma para uniformizar tudo aquilo que é informação sobre a biodiversidade do país. Então, avaliada a plataforma e concorrendo com os vários países, foi atribuída a Moçambique o terceiro lugar, que é a medalha de bronze e significa muito que precisamos de continuar a trabalhar na actualização desta plataforma, a trazer mais informação sobre a biodiversidade do país.”

O oficial sénior do Programa da Convenção da Diversidade Biológica das Nações Unidas, Erie Tamale, parabenizou o Governo de Moçambique e explicou que: “Aqui estamos a premiar as melhores plataformas e o prémio vai para os países que actualizam as suas plataformas para o benefício do país e do mundo.”

O Director Geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Pejul Calenga, revelou que foi uma candidatura renhida, porque estiveram a concorrer vários países a nível mundial.

“Moçambique foi reconhecido pelo esforço que esteve a fazer. Foram mais de 5 anos de trabalho entre o Governo de Moçambique e os seus parceiros e o fruto é este. Foi um reconhecimento; na região, Moçambique foi o único país a ser reconhecido. Tivemos a 3ª posição, mas isso significa um trabalho aturado que estamos a desenvolver e é preciso ressaltar que se trata de um trabalho feito por técnicos nacionais, por instituições do Governo e parceiros que estão a trabalhar no país” - disse o Director Geral da ANAC, Pejul Calenga.

Para Hermenegildo Matimele da Wildlife Conservation Society (WCS), ele disse que “sinto-me lisonjeado pelo prémio e agradeço a toda a equipa que trabalhou neste processo. Sinto-me lisonjeado e falo aqui em nome de uma equipa muito grande que esteve a trabalhar afincadamente nesta plataforma e que está aqui hoje a trazer um prémio para o país.”

Em meados deste ano, o Secretariado convidou todas as Partes da Convenção a apresentarem as suas candidaturas para o quarto Prémio CHM e foi constituído um Júri composto por 4 membros do Grupo Consultivo Informal de Cooperação Técnica e Científica para identificar os vencedores do prémio. O Júri reuniu-se em Cambridge, Reino Unido, para deliberar as candidaturas.

O portal oficial do Governo de Moçambique para a partilha de informação sobre a biodiversidade foi oficialmente lançado em 2022, onde possui o Sistema de Informação de Biodiversidade de Moçambique (SIBMOZ). O link de SIBMOZ: https://sibmoz.gov.mz/

Este portal faz parte da rede global de intercâmbio de informação estabelecida no âmbito da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) (Mecanismo de Intercâmbio de Informação ou Clearing House Mechanism - CHM). O seu objectivo é fornecer informação relevante sobre a biodiversidade nacional e facilitar a cooperação técnica e científica, assim como a partilha de conhecimento e de dados, facilitando o processo de tomada de decisão e promovendo o uso sustentável da biodiversidade no país.

Esta página alberga informação sobre conservação em Moçambique, áreas-chave de biodiversidade, mapa histórico de ecossistemas, informação sobre legislação e políticas. Esta plataforma faz ligação com outras nacionais e internacionais. Por exemplo, faz a ligação com a página da BIOFUND, da IUCN, que versa sobre o estado de conservação das espécies, entre outras plataformas. (x)

Por: António Bote

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Um número não especificado de terroristas invadiu a região de Nguri, na última terça-feira, 29 de outubro, localizada a cerca de 10 quilômetros do distrito de Macomia, na região central de Cabo Delgado. Conhecida como uma área habitada por pescadores, Nguri foi alvo de saque por terroristas, que levaram vários bens da população local sem recorrer à violência.

De acordo com alguns moradores entrevistados pela nossa equipe de reportagem, os invasores agiram de forma pacífica, sem ferir ou matar ninguém.

“Na região de Nguri, eles entraram e começaram a saquear os bens da população. Chegaram e levaram várias coisas, mas não mataram ninguém, e por isso somos gratos. Não houve mortes, mas, fora isso, não sabemos de outra coisa que tenha acontecido”, relatou Ana Abriósio.

Outro residente, Gemo Mempo, afirmou que os terroristas ainda circulam na região devido à falta de alimentos.

“Não sei os detalhes, pois é difícil obter informações, mas entraram porque ainda existem e continuam circulando por aí”, disse ele.

Outro morador acrescentou: “Não sei se  mataram, mas sim que roubaram a comida das pessoas. Nguri não é uma aldeia; é uma região onde os pescadores vão pescar e onde eles mesmos construíram suas casas,” disse Domigos Paz, residente.

A situação recente em Macomia tem sido marcada por desafios significativos devido ao conflito armado em curso. A região sofre com a violência de grupos armados desde 2017. Esses grupos lançaram vários ataques a cidades e vilarejos, causando destruição e o deslocamento de moradores.

Em maio de 2024, Macomia enfrentou um dos ataques mais graves dos últimos tempos, envolvendo centenas de combatentes. O exército moçambicano, juntamente com forças regionais, continua em batalha para combater essas insurgências. Apesar dos esforços, a segurança permanece instável, e muitos moradores ainda vivem com medo de novos ataques.

O conflito também teve um impacto profundo na economia e na infraestrutura local, com muitas casas, escolas e outras propriedades destruídas. Macomia é um distrito da província de Cabo Delgado, em Moçambique, com sede na vila de Macomia. Limita-se ao norte com os distritos de Mocímboa da Praia e Muidumbe, a oeste e sudoeste com Meluco, ao sul com Quissanga e a leste com o Oceano Índico.(x)

Por: Bonifácio Chumunni

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A crise política em Moçambique, acentuada pelas recentes manifestações que se seguiram às sétimas eleições gerais de 09 de Outubro, continua a gerar preocupações em várias esferas da sociedade. As tensões políticas, reflectidas nas ruas e nas comunidades, afectam directamente a economia, especialmente em regiões como Cabo Delgado, onde a actividade comercial é vital para a sobrevivência de muitos cidadãos.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, esta quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, o Presidente do Conselho Empresarial e Representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Cabo Delgado, Mahamudo Irachi, disse que às actividades económicas estão ocorrer na normalidade ao nível da província.

"Desde as 07 até as 10h30 estava a fazer rondas ao nível da cidade. O comércio está a afluir na cidade e em alguns pontos dos distritos que eu liguei naquela hora. Mocímboa da Praia estava a trabalhar, Moeda estava a trabalhar, Palma estava a trabalhar, Montepuz estava a trabalhar, Balama estava a trabalhar; ainda não temos a paragem das actividades," afirmou.

Irachi enfatizou a importância de monitorar a situação: "Estamos a monitorar o terreno para vermos qual é a tendência. Neste momento, estamos em sintonia com o Comando Provincial para entendermos a possibilidade dos ânimos dos manifestantes."

O representante empresarial fez um apelo aos apoiantes das manifestações: "Para os apoiantes, eu queria pedir que não apoiem este tipo de manifestação. Fiquem em casa, continuem a fazer os trabalhos", apelou.

 A segurança e a continuidade das actividades económicas foram temas centrais na entrevista, com Irachi ressaltando que para o sector empresarial, que continuemos a trabalhar vigilantes àquelas pessoas que estão a chegar nas nossas firmas.

À medida que a situação em Moçambique evolui, o comprometimento dos empresários de Cabo Delgado em manter suas operações em meio a um clima de incerteza é crucial para a estabilidade económica da região, que depende fortemente do comércio e da confiança nas instituições. (x)

Por: António Bote

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Segundo um comunicado recebido na redação da Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira, 30.10.2024, a Procuradoria Geral da República (PGR) desencoraja todos os cidadãos moçambicanos a não aderirem às manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial do Partido PODEMOS.

“O ministério público no âmbito das suas competências constitucionais e legais têm estado a responsabilizar os autores morais e materiais destes atos, bem como instar a todos os autores políticos e sociais para atuarem com observância da lei. Assim, na qualidade de garante da legalidade, a Procuradoria Geral da República desencoraja a todos os cidadãos no geral da organização e adesão a manifestações que violam a lei”, lê-se no comunicado.

A PGR reitera ainda o apelo aos candidatos, membros e simpatizantes dos partidos políticos para que atuem na observância dos procedimentos e normas estabelecidas.

“Aos candidatos, membros e simpatizantes dos partidos políticos, reitera-se o apelo para que pautem pelo diálogo e atuem em estrita observância aos procedimentos e normas estabelecidas”, lê-se no comunicado.

No mesmo comunicado, refere-se ainda que os promotores das manifestações devem garantir que não desviem da finalidade e dos objetivos; caso contrário, serão punidos em termos da lei.

“De acordo com a lei, os promotores das reuniões ou manifestações são responsáveis pela sua organização e devem garantir que estas não desviem da sua finalidade inicial. E todo aquele que desviar das finalidades e objetivos da reunião ou manifestação e provocar danos materiais ou pessoais é punido nos termos da lei.”

Por : Esperança Picate

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O Governo do distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, encontra-se em uma situação crítica após a devastação de suas infraestruturas por terroristas no final de Fevereiro de 2024. Com a escalada da violência, muitas comunidades foram forçadas a deixar suas casas, e os serviços públicos essenciais sofreram um colapso quase total. Desde então, a administração tem trabalhado na cidade de Pemba para tentar restaurar a normalidade e atender às necessidades da população afectada.

Após mais de oito meses de operações, os esforços de reabilitação ainda enfrentam sérias limitações. Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, esta terça-feira, 29 de Outubro de 2024, uma fonte anônima, bem posicionada no governo do distrito, destacou os obstáculos que a administração enfrenta, acrescentando que o governo receia trabalhar nas tendas.

“Nós recebemos as tendas, mas são poucas, e, para além disso, se formos para lá, é a mesma coisa que pegar na administração e ficar apenas sentado, porque lá não temos espaço para montar nem uma secretaria. Acabamos por esperar para criar mínimas condições em termos de um local para o funcionamento do Governo. Recentemente, recebemos lá umas 15 tendas. A intenção é dizer que o governo deve montar tendas e funcionar, mas deve saber que as tendas são para cinco instituições: Saúde, Educação, Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura (SDPI), e o próprio Governo e secretaria. São cinco. Numa tenda dessas, estamos a falar de uma tenda não como escritórios; são tendas para vivência, e não para outra coisa. Estamos a ter esse receio também de levar os funcionários para lá”, recusou.

A situação torna-se ainda mais complicada pela falta de infraestrutura básica. A fonte enfatizou a necessidade urgente de condições adequadas para operação, afirmando: “Precisa-se montar energia lá, e temos experiências do passado em que queriam também fazer o mesmo, que nós fôssemos funcionar em tendas [...] E no fim, o que aconteceu? Apareceu chuva, ventania, e arrebentou com tudo. Eu me perguntava e perguntava aos colegas: o que aconteceria se nós levássemos computadores e secretarias para montar ali?”, prosseguiu.

Com a aproximação do fim do ano, a administração se vê pressionada por questões orçamentárias que agravam a situação.

“Nós já estamos no fim do ano, temos problemas de orçamento e não há garantia de que vamos reabilitar uma residência qualquer para depois nos tirarem rapidamente. Cada um vai viver como pode, mas onde vamos funcionar? Aí está. Temos uma experiência de registro notarial: montaram uma tenda aí hoje, e antes de nós sairmos, a tenda já não existia. Começaram a trabalhar na varanda, e, naquele lugar, então, há uma experiência já vivida”, informou.

A realidade no distrito de Quissanga ilustra os desafios enfrentados em toda a província de Cabo Delgado, onde a recuperação pós-conflito requer não apenas recursos, mas também um compromisso sustentado para garantir a segurança e o bem-estar da população. O governo local continua a buscar soluções para reabilitar as infraestruturas e restabelecer os serviços essenciais, mas o caminho à frente permanece repleto de incertezas.

Quissanga está localizado na costa norte de Moçambique, na província de Cabo Delgado, e é um dos distritos mais afectados pelos conflitos armados que assolam a região. (x)

Por: António Bote

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Em meio à agitação que se seguiu às Eleições Gerais, Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais, realizadas em 9 de Outubro de 2024, o Conselho Constitucional deu um passo decisivo ao notificar a Comissão Nacional de Eleições. Este movimento surge em um momento crítico, onde a necessidade de garantir a legitimidade e a transparência dos resultados eleitorais se torna fundamental para a estabilidade política do país.

No comunicado de imprensa recebido na Redação da Zumbo FM Noticias esta quarta-feira, 30 de Outubro de 2024, o Conselho determina que “manda que seja devidamente notificada a Comissão Nacional de Eleições, para todo o conteúdo do douto despacho adianta transcrito.” A análise dos documentos submetidos à luz do artigo n.° 2 do artigo 122 da Lei Eleitoral resultou na solicitação de Actas e Editais do apuramento parcial, realizados nas mesas de votação, bem como das Actas e Editais do apuramento intermédio, realizados pelas Comissões Distritais ou de Cidade de Eleições.”
Os documentos requisitados abrangem as seguintes áreas:
1. Cidade de Maputo;
2. Província de Maputo;
3. Província de Gaza;
4. Província de Inhambane;
5. Província de Tete;
6. Província da Zambézia;
7. Província de Nampula.

O Conselho Constitucional estabeleceu um prazo máximo de 8 (oito) dias para a entrega dos documentos solicitados.
Esta acção destaca a responsabilidade do Conselho em assegurar a lisura do processo eleitoral e reafirma a importância da confiança pública nas instituições democráticas de Moçambique. (x)

Por: António Bote

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