São dados partilhados nesta segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024, pelo Médico Chefe do Hospital Provincial de Pemba, Edson Fernando, que falava em uma entrevista exclusiva concedida à Zumbo FM Notícias.
De acordo com Edson Fernando, a província registrou uma redução de 1.936 casos de diabetes, comparando com o mesmo período do ano passado, que registrou 2.469 casos.
"Quanto à situação da diabetes a nível da província ao longo dos primeiros nove meses, registramos um total de 1.936 casos de diabetes, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2. Quando comparamos com o mesmo período do ano passado, tivemos cerca de 2.469 casos, o que resulta em uma redução de 27%. A maior redução foi verificada no diabetes tipo 1, com uma diminuição de 58%, e no diabetes tipo 2, a redução foi de 12%. Portanto, somando os dois tipos, a província registrou uma redução de 27%", explicou o Médico Chefe do Hospital Provincial de Pemba, Edson Fernando.
Na ocasião, Edson Fernando destacou que os distritos que apresentam maior número de casos de diabetes são Pemba, Montepuez e Chiúre.
"Os distritos com maior número de casos registrados são a cidade de Pemba, Montepuez e Chiúre. Em termos de disponibilidade de materiais e meios de diagnóstico, além dos medicamentos, a província tem feito a distribuição dos recursos para o tratamento da diabetes, incluindo medicamentos orais e injetáveis, como insulina, metformina e gliclazida. Todos esses medicamentos foram distribuídos nos diversos distritos, com maior ênfase nas cidades de Pemba, Montepuez e Chiúre, e nos demais distritos", detalhou Edson Fernando.
O Médico Chefe do Hospital Provincial de Pemba também falou sobre os desafios no combate à doença na província, ressaltando a importância da prevenção.
"Em termos de desafios para responder a essa doença na província, a melhor medida de combate a qualquer doença é a prevenção. Temos disseminado a mensagem sobre a doença, como ela se manifesta e os fatores de risco que podemos combater, como a má alimentação e a falta de atividade física. É fundamental melhorar a dieta e incentivar o exercício físico. Além disso, é importante aproximar a comunidade das unidades sanitárias para realizar testes de diabetes. Disponibilizamos serviços de diagnóstico em todas as unidades de saúde, bem como em brigadas móveis que realizam atendimentos nos distritos", enfatizou Edson Fernando.
Apesar de a diabetes ser uma doença crônica sem cura, Edson Fernando afirmou que é possível controlar a condição e aconselhou os pacientes a aderirem ao tratamento para melhorar sua saúde.
"Como mencionei, a diabetes é uma doença crônica sem cura, mas pode ser controlada. Nas nossas consultas, especialmente para doenças crônicas, com destaque para diabetes e hipertensão, sempre aconselhamos os pacientes a aderirem ao tratamento. A adesão ao tratamento pode melhorar os níveis de glicose no sangue e, consequentemente, a saúde do paciente. Isso ajuda a reduzir as complicações graves da doença, que podem levar à amputação de membros, cegueira e até à morte. Embora não possa divulgar o número exato, temos registros de óbitos relacionados à diabetes. No entanto, ao avaliarmos o período de 2022 para 2023, houve um aumento nos casos, mas de 2023 para 2024 observamos uma redução. Acredito que as ações de prevenção realizadas no ano passado, juntamente com a adesão ao tratamento e a implementação das medidas preventivas, contribuíram para essa redução", concluiu Edson Fernando. (x)
Por: Zaida Abdul
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A mina de grafite de Balama, em Cabo Delgado, conhecida como a maior produtora de grafite natural de alta pureza do mundo, está no centro de uma crise social. Apesar de sua importância econômica global, com capacidade de produção superior a 350.000 toneladas anuais, o impacto local é alarmante.
Mais de 200 famílias, que cederam suas terras para o projecto entre 2014 e 2016, denunciam o não pagamento das indemnizações prometidas pela empresa exploradora. O impasse, que já dura dois meses, atingiu um ponto crítico com a greve das famílias.
O Administrador do Distrito de Balama, Edson Lino, confirmou o protesto em entrevista à Zumbo FM Notícias, nesta segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024, destacando a exaustão e frustração das comunidades afectadas.
“Há uma greve daqueles camponeses que cederam às suas terras para se alojar lá a mina de grafite. Já está por aí um mês e meio, a caminho de 2 meses,” declarou, destacando a gravidade da situação.
Inicialmente, o movimento grevista envolvia 39 famílias, mas agora abrange mais de 200, segundo o Administrador. “Estamos com perto de duas centenas ou um pouco mais de famílias,” revelou Lino.
Para os camponeses, o reassentamento realizado no passado não garantiu condições mínimas para reconstrução da vida, e o atraso nas compensações aprofunda a crise. O impacto direto é visível: famílias sem acesso às suas terras enfrentam insegurança alimentar e dificuldades econômicas crescentes.
A mina de Balama é explorada pela Syrah Resources, uma multinacional que utiliza o grafite produzido para fabricar baterias de lítio, essenciais para o mercado de veículos elétricos e tecnologia de armazenamento de energia. Cabo Delgado, com suas reservas significativas, é um dos principais exportadores de grafite natural da África, e Balama destaca-se como uma das maiores minas do continente.
Apesar dessa posição estratégica, a relação entre a empresa e a comunidade local tem sido marcada por desentendimentos, sobretudo em relação às promessas de compensação.
Diante do impasse, o Governo do Distrito de Balama busca soluções. “A nossa missão como Governo é fazer a ponte, para haver o entendimento entre os camponeses, neste caso os nossos produtores, e a empresa. Porque no âmbito de reassentamento, algumas indenizações têm que ser a empresa a suportar,” afirmou Edson Lino.
Lino reconheceu que o problema é antigo, remontando ao período inicial de implementação do projeto. “Este processo ocorreu no período entre 2014 e 2016, então, não é um processo recente, é um processo do passado. Estamos a gerir estes conflitos, mas penso que vamos ter um bom desfecho.”
Apesar da tensão crescente, o Administrador de Balama apela ao diálogo entre as partes. “A palavra que nós deixamos ficar é de que as duas partes, neste caso a empresa e os nossos produtores, voltem a assinar um cachimbo da paz. Nós, como Governo, estamos sempre disponíveis para mediar este conflito. Já tivemos alguns encontros, e creio que os próximos dias serão mais felizes.”
Com a mina de Balama sendo um símbolo de desenvolvimento para o continente, a resolução deste conflito é essencial não apenas para a comunidade local, mas também para a reputação do setor extrativo em Cabo Delgado. Enquanto isso, as famílias de Balama continuam à espera de justiça. (x)
Por: António Bote
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A aldeia de Mpiri, situada no posto Administrativo de Mieze, no distrito de Metuge, Cabo Delgado, está em estado de alerta após o sequestro de três homens no domingo, 1º de Dezembro de 2024. O incidente ocorreu por volta das 19h, quando as vítimas, dois adultos e um jovem, estavam a sair de uma machamba nas proximidades do posto administrativo de Mazeze, distrito de Chiúre.
De acordo com uma fonte local identificada apenas como Adavai, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, os terroristas capturaram as vítimas sem disparar tiros.
"Os terroristas pegaram três pessoas, depois foram na escola de Mpiri e depois saíram. Eles não mataram, levaram e, essas pessoas ainda não voltaram mais", relatou Adavai, explicando que as vítimas não foram feridas, mas permanecem desaparecidas até o momento.
Adavai, que conhecia uma das vítimas, um jovem de sua escola, destacou a preocupação da comunidade.
"Esses dois senhores são casados, mas este meu amigo não é casado. E nós não sabemos até neste momento onde eles estão. O pai dele já informou o chefe da aldeia, e muitas pessoas já sabem", afirmou, referindo-se ao impacto emocional causado pela situação. "Neste momento, a comunidade de Mpiri está muito mal, assustada, estamos numa situação muito difícil", lamentou.
A falta de resposta imediata das forças de segurança também foi mencionada.
"Nós não fugimos, porque era de noite. Agora, nós iríamos para onde essa hora? Por isso, não fugimos. Eles não dispararam", explicou Adavai, acrescentando que a comunidade não viu a presença de reforços militares após o incidente.
O medo gerado pelo aumento de actividades de grupos armados na região é amplificado por relatos de movimentações suspeitas em dias anteriores. Costa Cosman, morador de Mieze, relatou que, no Sábado, 30 de Novembro, grupos armados circularam pelas estradas que ligam Mieze às aldeias de Jawá, embora não tenham cometido nenhum ato violento.
"Circularam apenas, não fizeram nada de mal. Isso aí não falta, ficamos assustados, pior nós que saímos lá dos nossos distritos, pior ver que aqui estão a passar terroristas, sempre ficamos com medo", disse.
Em contacto com à Zumbo FM Notícias, o Administrador do distrito de Metuge, Selésio Paulo, não pôde prestar declarações sobre o ocorrido, alegando estar indisponível para comentar o caso. Até o momento, não há informações sobre a localização das vítimas ou sobre a intervenção das autoridades locais.
O aumento da actividade de grupos armados em Cabo Delgado tem gerado crescente tensão na população local, que exige medidas eficazes para garantir a segurança e a proteção das comunidades em áreas vulneráveis como Mpiri e Mieze. (x)
Por: António Bote
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Uma criança de seis anos de idade perdeu a vida após ser brutalmente atropelada por um transporte semicoletivo de passageiros no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado. O incidente ocorreu no dia 27 de novembro de 2024, quando a criança tentava atravessar a estrada nacional nº 1, nas proximidades do mercado de Najua.
De acordo com Aniceto Magome, chefe das Relações Públicas do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, o acidente aconteceu por volta das 7h30 da manhã, quando a viatura, de marca Toyota e modelo Aspe, que seguia no sentido Najua-Nancololo, atropelou o menor que estava no momento da travessia.
"Durante o período, registamos um caso de atropelamento entre carro e pedestre, ocorrido pelas 7h30 do dia 27 de novembro, na estrada nacional nº 1, próximo ao mercado de Najua, no distrito de Ancuabe. A viatura que causou o acidente, um transporte semicoletivo de passageiros, seguia na direção de Najua para Nancololo e atropelou o menor de 6 anos", detalhou Magome.
A Polícia presume que o acidente tenha sido causado por excesso de velocidade. Após o ocorrido, o condutor do veículo foi detido, e a remoção do corpo da vítima foi realizada pelas autoridades policiais. Além disso, foi elaborado o auto de denúncia, que foi encaminhado ao Ministério Público para os devidos procedimentos legais.
"Presume-se que a causa do acidente tenha sido a velocidade excessiva. A polícia de trânsito esteve no local, fez a remoção do corpo e o condutor foi detido, com o respectivo auto de denúncia remetido ao Ministério Público", acrescentou Aniceto Magome. (x)
Por: Esperança Picate
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A violência baseada no gênero (VBG) tem sido um problema crescente em Moçambique, especialmente na província de Cabo Delgado, onde o impacto do terrorismo agrava ainda mais a situação. Este é um desafio que continua a afetar diversas comunidades, gerando sofrimento e vulnerabilidade.
No âmbito do lançamento dos 16 Dias de Ativismo na luta contra a Violência Baseada no Gênero, realizado nesta segunda-feira, 25 de novembro de 2024, a esposa do Governador da Província de Cabo Delgado, Edna Algy Tauabo, informou que, neste ano, foram registradas cerca de 709 vítimas de VBG, das quais 564 são mulheres.
"Durante o presente ano, prestamos apoio a 709 vítimas de violência baseada no gênero, das quais 564 são do sexo feminino. Isso indica que há mais mulheres e meninas sofrendo violência em comparação com os homens. Para enfrentar esse problema, temos realizado diversas atividades. A título de exemplo, realizamos uma campanha de sensibilização em 26 instituições, sendo 15 públicas e 7 privadas, para assegurar a inclusão das mulheres em cargos de poder, tomada de decisão e gestão nos distritos de Ancuabe, Macomia, Nangade, Ibo, Palma, Montepuez, Balama, Metuge, Mueda, Meluco e Pemba, onde este problema é particularmente notável", explicou Edna Algy Tauabo.
Adicionalmente, ela destacou que, ao longo deste ano, foram realizadas 60 palestras sobre a promoção da igualdade de gênero, com a participação de 5.228 pessoas nos distritos de Mueda, Meluco, Metuge, Chiure, Mocímboa da Praia, Ancuabe, Balama, Ibo, Palma, Nangade, Muidumbe, Quissanga, Macomia e Pemba.
"Realizamos 60 palestras sobre a promoção da igualdade de gênero, com a participação de 5.228 pessoas nos distritos mencionados. Também realizamos 34 debates radiofônicos sobre o tema em Mueda, Metuge, Ancuabe, Montepuez, Nangade, Chiure e Pemba. Além disso, capacitamos 349 mulheres em matérias de empreendedorismo, gestão de negócios e promoção da igualdade de gênero, bem como 313 provedores de serviços públicos em temas de socioativismo, gestão de negócios e igualdade de gênero. Apoio também foi dado a 15 mulheres na aquisição de títulos de direitos de uso e aproveitamento de terra", frisou a esposa do Governador.
Em resposta ao impacto sócio-econômico do terrorismo, a representante também falou sobre as ações realizadas para apoiar as vítimas e combater a violência.
"Devido ao impacto sócio-econômico do terrorismo, temos realizado ações de apoio e assistência médica, jurídica, educacional e de reabilitação social no âmbito da prevenção e combate a todas as formas de violência contra mulheres e meninas", concluiu Edna Algy Tauabo. (x)
Por: Zaida Abdul
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O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo solicitou o bloqueio das contas bancárias de Venâncio Mondlane, domiciliadas no Bayport Financial Services Mozambique. Mondlane, candidato independente apoiado pelo partido PODEMOS, tem se destacado na atual crise política após as disputadas eleições gerais de 9 de outubro de 2024.
Mondlane, que se autoproclamou vencedor das eleições presidenciais, alega que os resultados oficiais foram manipulados para beneficiar a FRELIMO, partido no poder desde a independência do país.
A solicitação de bloqueio de contas foi formalizada através de um documento datado de 18 de novembro e assinado pela juíza Ludovina Florbela Marcelino David. O tribunal contactou o banco Bayport Financial Services Mozambique pedindo informações bancárias sobre Mondlane e o bloqueio imediato de quaisquer contas existentes em seu nome.
Além disso, o tribunal exige uma série de informações detalhadas, incluindo:
- A identificação completa das contas bancárias tituladas por Venâncio Mondlane;
- Identificação dos co-titulares ou assinantes em contas conjuntas, se houver;
- Cópias dos documentos utilizados para a abertura das contas;
- Extratos de transações bancárias realizadas entre 1 de janeiro e 8 de novembro de 2024;
- Comprovantes de transações, incluindo aquelas realizadas ou recebidas do exterior;
- Verificação sobre se Mondlane consta na lista negra de cheques sem provisão;
- Detalhes de cartões bancários associados às contas e possíveis valores guardados em cofres.
Essa medida legal baseia-se na Lei 13/2020 de 23 de dezembro, que trata da Perda Alargada de Bens e Recuperação de Ativos, aplicável a atividades criminosas relacionadas à gestão de ativos ilícitos.
A eleição presidencial de 2024 gerou protestos em várias cidades, incluindo Maputo, Beira e Nampula, com milhares de cidadãos exigindo a “restituição da vontade popular”. A Comissão Nacional de Eleições declarou a vitória de Daniel Chapo, candidato da FRELIMO, mas resultados paralelos divulgados pelo PODEMOS indicam que Mondlane teria vencido com 53% dos votos.
O presidente Filipe Nyusi, em uma comunicação à nação feita na terça-feira, convidou Mondlane e outros candidatos presidenciais para um diálogo, na tentativa de resolver os conflitos crescentes. No entanto, analistas veem dificuldades nesse processo, já que ambas as partes permanecem firmes em suas posições: Mondlane exige a validação de sua vitória, enquanto a FRELIMO, embora aberta ao diálogo, demonstra resistência em ceder o poder.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Segundo um comunicado recebido a redação da Zumbo FM Noticias nesta quinta-feira 21 de Novembro de 2024, Associação Moçambicana dos Juízes (AMJ) entende que as manifestações tornaram-se um palco de uma extrema violência e violação dos direitos humanos que cria danos materiais e humanos.
"A AMJ esperava que as manifestações fossem ocorrer num quadro juridica constitutional de estrito respeito mutuo pelos direitos fundamentais de todos os intervenientes, porém, tem estado a notar que as mesmas, salvo algumas excepções, transformaram-se num palco marcadamente de extrema violência, com danos humanos e irreparáveis e prejuizos materiais avultados".Lê-se no comunicado
No mesmo comunicado a Associaçao Moçambicana dos juízes diz que lamenta e condena, a morte aos cidadãos baleados por agentes da PRM e afirma que e por falta de contestação policial.
"A AMJ lamenta e condena, vementemente, a morte dos cidadãos indefesos, baleados por agentes da policia da República de Moçambique PRM, numa actuação bastante desproporcional e de total falta de contestação Policial, conforme os Vídeos que têm estado a circular" Lê-se no comunicado
Por: Esperança Picate
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Os conflitos de terra em Pemba, Cabo Delgado, reflete uma questão recorrente, onde a posse de terras enfrenta desafios relacionados à informalidade, corrupção e falta de regulamentação clara.
À Zumbo FM Notícias, entrevistou com exclusividade, no passado dia 10 de julho de 2024, três cidadãos moçambicanos residentes na cidade de Pemba, que foram psicologicamente afetados por este problema. Essas narrativas destacam o impacto devastador dessas fraudes, não apenas no aspecto financeiro, mas também emocional e social.
Segundo Alima Alafo, expressa a dor de ver o esforço de anos economizando para garantir um futuro para sua família desaparecer.
"Neste momento, minha cabeça está a doer porque passei muito tempo economizando meu dinheiro. Meus filhos ficavam sem comer, eu não me vestia bem, não vivia bem, porque eu queria ter um espaço para meus filhos e netos. Agora, não sei o que fazer. Fui até as entidades superiores, mas meus pés doem de tanto andar. Eles sempre dizem para voltar amanhã, e assim o tempo passa. Já perdi o terreno e não espero mais recuperá-lo. Perdi meu dinheiro e meus filhos não puderam estudar,” lamentou Alima Alafo.
Lúcia Luís mostra o desespero de quem enfrenta um sistema que não consegue responder às suas demandas com a urgência necessária e diz não ter mais esperança de ter o seu espaço.
“Sinto-me muito mal, porque foram anos economizando meu dinheiro para conseguir meu espaço. Do nada, perdi meu terreno para um golpista. Ele vendeu o terreno para outra pessoa sem eu saber, e só soube através dos meus vizinhos, que me avisaram que o terreno já estava sendo construído por outra pessoa. Quando procurei o senhor que me vendeu o terreno, ele não disse muita coisa. Parece que ele vende terrenos para mais de uma pessoa. O que mais dói é que comprei o terreno há muito tempo e agora estou passando por isso. A polícia foi notificada, mas o senhor não forneceu informações relevantes. O caso está na Procuradoria, e eu não tenho esperança de reaver o terreno, pois a pessoa que está com ele já começou a construção. Acredito que vou acabar perdendo,” disse Lúcia Luís.
Por outro lado, Abibo reforça o apelo à cautela, compartilhando a decepção de ver seus sonhos desfeitos.
“Foi um esforço incomparável tive que vender tomates e outros produtos para comprar um terreno. No entanto, acabei sendo enganado, o que me deixou muito triste, com lágrimas nos olhos. No momento, o caso está nas mãos das autoridades. Apelo a todos para que evitem passar pelo que eu passei,” afirmou Abibo Chabane.
A história de Alima Alafo, Abibo Chabane e Lúcia Luís evidencia o impacto devastador dessas disputas na vida de pessoas que investiram arduamente para adquirir propriedades, apenas para perderem tudo devido a esquemas fraudulentos.
Esses casos demonstram a necessidade urgente de fortalecer os mecanismos de proteção e regulamentação fundiária. Além disso, a inação do Conselho Municipal de Pemba, após quatro meses sem resposta às consultas da Zumbo FM Notícias, agrava a sensação de impotência das vítimas e compromete a confiança nas instituições. (x)
Por: Nazma Mahando
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No passado dia 15 de novembro de 2024, a Montepuez Ruby Mining (MRM), situada no distrito de Montepuez, no sul da província de Cabo Delgado, foi alvo de uma incursão de grande dimensão. Um comunicado recebido pela redação da Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira, 20 de novembro de 2024, revelou que cerca de 150 garimpeiros invadiram a mina Maningue Nice, pertencente à mineradora, e fizeram reféns um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM) e um segurança privado.
“Na sexta-feira, 15 de novembro de 2024, a Montepuez Ruby Mining (MRM) sofreu outra incursão de grande dimensão na sua mina Maningue Nice, que foi invadida por cerca de 150 pessoas.No início da incursão, os envolvidos fizeram reféns um membro da PRM (Polícia da República de Moçambique) e um segurança contratado, ameaçando-os para não pedirem ajuda. Quando os reforços chegaram, os dois reféns foram libertados sem ferimentos”, refere o comunicado.
A mineradora destacou que, desde o início do ano, 44 pessoas foram detidas nas suas instalações por envolvimento em exploração ilegal de rubis. Entre os participantes da incursão recente, foi identificado como líder Airos Samuel Tolecha, conhecido como “Boica”, que já havia sido acusado de várias incursões anteriores contra a mineradora.
“As equipas de segurança da MRM identificaram o líder como Airos Samuel Tolecha (também conhecido como ‘Boica’). Tolecha foi acusado em várias ocasiões anteriores, na esquadra da polícia de Namanhumbir, de outras incursões na MRM. A 6 de setembro de 2024, Tolecha foi detido pela PRM e levado para a esquadra da polícia de Namanhumbir. Ele evadiu da prisão pouco tempo depois”, acrescenta o comunicado.
O comunicado revela ainda que os garimpeiros recebiam 200 meticais (cerca de 3 dólares) para se juntarem à incursão, com a promessa de mais 500 meticais (aproximadamente 8 dólares) caso trouxessem sacos de “camada” contendo cascalho com rubis.
A operação foi atribuída a “Laye”, um conhecido comprador ilegal de rubis da Guiné, e financiada por um indivíduo identificado como “Zacare Idrisse”, cuja nacionalidade é suspeita de ser nigeriana ou guineense.
As autoridades e a empresa reforçaram a necessidade de maior vigilância, destacando que ações coordenadas para a exploração ilegal de recursos naturais continuam a representar um desafio à segurança das instalações da MRM.
(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Um grupo de terroristas foi visto pela população na tarde desta terça-feira, 19 de Novembro de 2024, nas machambas da aldeia de Nantavo, localidade de Nivolene, posto Administrativo de Chiúre Velho, no distrito de Chiúre, Província de Cabo, norte de Moçambique.
De fontes seguras apartir da vila sede do distrito de Chiúre, a Zumbo FM Notícias, soube que os terroristas passaram naquela aldeia por volta das 13 horas, tendo causado pânico no seio da população que culminou com a fuga dos residentes para vila sede do distrito.
João (nome fictício), relactou o episódio:
"Sim, os terroristas passaram em Nantavo, na localidade de Nivolene, no posto administrativo de Chiúre Velho, e que foram vistos nas machambas ao pé do Rio Megaruma. Então, às pessoas de Nantavo, depois de verem os terroristas, já estão a entrar na vila de sede de Chiúre, isso aconteceu hoje", narrou a fonte.
O entrevistado, diz não saber se atacaram ou não.
"Ainda não tenho informações se fizeram algum estrago ou não", explicou.
A fonte, manifestou a sua preocupação com retorno dos terroristas naquele distrito que foi severamente assolado pelos ataques nos primórdios de 2024.
"Nós já estávamos a vontade, fazíamos nossas actividades normalmente, a comunidade já estava a viver momentos de alegria, porque os outros já tinham limpado as suas machambas. Em termos do desenvolvimento económico, os nossos irmãos já estavam lá, e aqueles também que tinham sido queimados às suas residências, já estavam na fase de reconstrução, então, quando ouvimos isso, já ficamos desesperados", lamentou a fonte, mostrando-se mais agastado pela situação.
Outra fonte segura que falou em anónimo, confirmou a fuga da população de Nantavo para vila sede do distrito de Chiúre.
"Os terroristas entraram no dia de hoje às 13h para 14h na zona de Nantavo, em Chiúre. Aqui estou a ver mesmo pessoas que estão a sair de lá para vila sede do distrito de Chiúre. Às pessoas estão acumuladas aqui na vila sede do distrito de Chiúre", informou em exclusivo à Zumbo FM Notícias. (x)
Por: António Bote
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