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Ivan

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Desde que assumiu a presidência da RENAMO em 2019, após a morte de Afonso Dhlakama, Ossufo Momade enfrenta desafios internos para manter a unidade do maior partido da oposição em Moçambique. Seu mandato tem sido marcado por avanços na implementação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) e negociações de paz com o governo, mas também por críticas crescentes dentro das fileiras do partido.

Uma fonte bem posicionada na RENAMO revelou à Zumbo FM Notícias nesta segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024, que parte significativa dos desmobilizados e outros membros do partido estão insatisfeitos com a liderança de Ossufo Momade.

“A análise que sempre tivemos, principalmente nós, os desmobilizados, é que, desde que Ossufo está no comando, a maioria acredita que ele não está a guiar bem o partido”, afirmou a fonte, que preferiu não se identificar.

Apesar das críticas, a mesma fonte sublinhou que há informações internas que não podem ser divulgadas no momento.

“Há coisas que não posso revelar agora, são da política. Se eu disser que o mandato de Ossufo é positivo ou negativo, estarei a ultrapassar minha competência. Digo que é positivo em certos aspectos, mas em outras questões temos medo de nos posicionar.”

Comparando a atual liderança com gestões anteriores, a fonte destacou a figura icônica de Afonso Dhlakama:

“Presidentes como Dhlakama não haverá mais na RENAMO, isso é evidente.

A liderança de Momade também é criticada pela condução de negociações com o presidente Filipe Nyusi. A fonte expressou o desejo de uma abordagem mais firme nas relações com o governo, mas evitou desqualificar totalmente o mandato do atual presidente da RENAMO.

“Eu gostaria que ele [Ossufo Momade] regularizasse o caso que resolveu com Nyusi. Mas não posso dizer que a liderança dele não está a ser benéfica, porque ele ainda é o presidente da RENAMO, e, como membro do partido, não posso afirmar algo que seja desfavorável.” (x)

Por: Nazma Mahando

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A luta contra os grupos terroristas continua a ser um dos maiores desafios para as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique, com a província de Cabo Delgado a viver uma situação de grande instabilidade. A recente chegada de mais 70 militares das FDS à localidade de Metoro, no distrito de Ancuabe, é uma resposta direta ao avanço das forças insurgentes que têm ameaçado a segurança e a paz na região norte do país.

Metoro, que se localiza a aproximadamente 70 quilómetros da vila sede de Ancuabe, tem sido uma área estratégica para o posicionamento das forças governamentais na tentativa de controlar os ataques e incursionar nas zonas mais afetadas pela insurgência. A movimentação dos militares ocorreu na sexta-feira, 06 de Dezembro, quando o grupo partiu de Nampula e chegou na madrugada do dia 07 a Macarara, uma localidade situada nas proximidades de Metoro.

A informação foi dada este Sábado, 07 de Dezembro de 2024, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias por uma fonte segura e membro das FDS.

"Saímos ontem sexta-feira, na madrugada de hoje, em que chegamos aqui em Macarara", revelou o militar, referindo-se à rapidez da operação de deslocamento e a chegada da força à nova posição estratégica. O grupo, que integra 70 novos efetivos, tem como objetivo reforçar a segurança na região, que tem sido alvo de ataques frequentes de grupos armados associados ao terrorismo.

Segundo a fonte, a situação atual no terreno parece ser relativamente calma, pelo menos nas áreas onde o grupo se encontra. "Aqui onde nós estamos, a situação está calma", declarou, destacando a paz momentânea no local de chegada. Contudo, a tensão permanece em outras áreas da província, onde os insurgentes continuam a desafiar as forças de segurança e a atacar civis.

Ainda de acordo com a fonte, as tropas estão à espera de novas ordens e podem ser deslocadas para outras zonas de maior confronto, como a estratégica cidade de Mocímboa da Praia, que tem sido um dos epicentros dos ataques terroristas na província. "Assim estamos a espera de novas ordens, não sei se vamos para Mocímboa da Praia ou não", afirmou o militar, sublinhando a incerteza em relação aos próximos passos das FDS na região.

Cabo Delgado tem sido palco de um conflito armado desde 2017, com ataques cada vez mais frequentes de grupos jihadistas que, além de aterrorizarem as populações, também têm causado uma grave crise humanitária. Milhares de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas, e a segurança na província continua a ser uma preocupação constante para o governo moçambicano e para a comunidade internacional.

A chegada dos 70 militares em Ancuabe é mais uma ação para reforçar a presença das FDS na linha de frente do combate ao terrorismo, com o objetivo de restaurar a ordem e garantir a proteção das populações locais. O esforço das Forças de Defesa e Segurança tem sido fundamental, mas o conflito ainda apresenta desafios imensos, exigindo uma coordenação entre as tropas, o governo e a comunidade internacional para se alcançar uma solução duradoura para a crise de segurança em Cabo Delgado.

O acompanhamento da situação na região continua, com novos reforços previstos para os próximos dias. (x)

Por: António Bote

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Nos dias 04, 05 e 06 deste mês, as cidades de Pemba, Namuno e Mecufi, em Cabo Delgado, enfrentaram um clima de grande tensão, com episódios de violência que incluíram vandalismo em várias instituições, bloqueios de estradas e saques de produtos. Esses atos foram atribuídos a simpatizantes e apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido PODEMOS.

Esses acontecimentos geraram comparações com o contexto de extremismo violento que afeta a província desde 2017, levantando dúvidas sobre a possível infiltração de grupos terroristas nas manifestações. No entanto, a Polícia da República de Moçambique (PRM) refutou as alegações de que terroristas estivessem envolvidos nos protestos. Em declarações feitas pelo chefe das Relações Públicas do Comando Provincial da PRM, Aniceto Magome, esta segunda-feira, 09 de dezembro de 2024, numa conferência de imprensa, destacou que, embora a situação deva ser acompanhada com atenção, até o momento não há informações que confirmem a presença de elementos terroristas nas manifestações.

"Neste momento, é prematuro avançar com qualquer conclusão sobre a questão do terrorismo. Contudo, estamos acompanhando de perto o trabalho dos colegas que estão no terreno e que podem nos fornecer mais informações. Até o presente momento, não há evidências que indiquem a infiltração de terroristas", afirmou o porta-voz da PRM.

Embora as investigações ainda estejam em andamento, foi destacado que, entre os manifestantes, foram identificados funcionários públicos e agentes do Estado, o que gerou questionamentos sobre a participação de servidores do governo nas manifestações violentas.

A Polícia da República de Moçambique reafirmou que a ordem pública deve ser mantida e que todas as manifestações devem ocorrer dentro dos limites da legalidade, respeitando os direitos dos cidadãos e sem comprometer a segurança da população.

A PRM também pediu à comunidade para continuar colaborando com as autoridades, denunciando qualquer atividade suspeita, e reforçou seu compromisso em agir de maneira equilibrada e dentro da lei, sem prejudicar os direitos dos manifestantes pacíficos.(x)

Por: Bonifácio Chununi

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O mundo celebra hoje, 9 de dezembro de 2024, o Dia Internacional contra a Corrupção, uma oportunidade para refletir sobre os impactos dessa prática e as iniciativas de combate em diversos níveis.

Na província de Cabo Delgado, as celebrações ocorreram sob o lema “Unidos com a Juventude contra a Corrupção: Moldando a Integridade do Amanhã”. Durante o evento, o Procurador Provincial de Cabo Delgado, Octávio Manuel Uacitela, destacou que as populações mais pobres e vulneráveis são as principais vítimas da corrupção, sublinhando os prejuízos causados pelo desvio de recursos que deveriam beneficiar a sociedade.

“O dinheiro que se perde com a corrupção deveria ser usado para melhorar a vida dos cidadãos. Os mais atingidos por essas práticas são os jovens, os mais pobres e os mais vulneráveis”, afirmou o Procurador Provincial.

O Procurador disse ainda que os funcionário da justiça deve servir como exemplo, mantendo-se acima de qualquer suspeita.

“O funcionário da justiça deve servir como exemplo, mantendo-se acima de qualquer suspeita. A corrupção representa um dos principais desafios para as instituições, comprometendo o desenvolvimento socioeconômico”, destacou Uacitela.

No âmbito do combate à corrupção, a Procuradoria Provincial de Cabo Delgado divulgou dados sobre os casos tramitados em 2024, entre janeiro e novembro:

“Em termos de movimento processual, entre janeiro e novembro de 2024, a Secção do Combate à Corrupção na província de Cabo Delgado tramitou um total de 60 processos, dos quais 15 foram resolvidos e 45 permanecem pendentes. Do total de processos tramitados, 29 referem-se ao crime de peculato, 26 ao crime de corrupção, 4 ao crime de simulação de competências e 1 ao crime de abuso de cargo ou funções. Em termos de desempenho, a Secção do Combate à Corrupção findou 20 processos, dos quais 13 foram acusados e remetidos ao tribunal para julgamento e 7 foram arquivados, aguardando a obtenção de melhores provas”,concluiu.(x)

Por: Esperança Picate

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As manifestações populares que vêm marcando Moçambique desde o dia 21 de outubro de 2024, na sequência das eleições gerais realizadas a 9 de outubro, continuam a gerar repercussões alarmantes. Na última sexta-feira, 6 de Dezembro, um policial foi assassinado no bairro Alto Gingone, na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, em pleno local onde ocorriam protestos populares convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

O agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), identificado como Mussa Cheia Faque, era guarda policial efetivo da Primeira Esquadra da PRM em Pemba e exercia a função de patrulheiro. O incidente ocorreu por volta das 12h00, enquanto Faque desempenhava suas funções no referido bairro, que tem sido um dos principais pontos de concentração das manifestações populares na cidade.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, o chefe das Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado, Aniceto Magome, confirmou o falecimento do agente, mas destacou que as circunstâncias exatas do disparo que o vitimou ainda não foram esclarecidas.

“O que posso dizer relativamente a este acontecimento, em que o colega foi vítima de um baleamento, agora, este é o processo que segue para aferir, posteriormente, de onde provinha esta bala que dizimou o colega. Então, há um trabalho que está sendo feito, e seria prematuro dizer neste momento de onde esta bala vinha”, afirmou Magome.

O assassinato do agente Faque eleva a tensão em uma cidade já marcada pela instabilidade gerada pelas manifestações populares. As investigações estão em andamento para determinar a origem do disparo fatal e identificar possíveis responsáveis.

As manifestações convocadas pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, começaram a 21 de Outubro e têm atravessado diversas regiões do país, sendo motivadas por descontentamentos com os resultados eleitorais e questões sociais e políticas. Pemba, como muitas outras localidades, tem sido palco de confrontos entre manifestantes e forças de segurança, com incidentes que escalam em gravidade.

Este trágico episódio marca um novo capítulo na quarta fase das manifestações, reforçando a urgência de respostas concretas para evitar mais perdas humanas. (x)

Por: António Bote

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Um grupo armado de alegados terroristas atacou, no Sábado, 7 de Dezembro de 2024, o posto administrativo de Muaguide, situado a 50 quilómetros da sede do distrito de Meluco, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique. O ataque provocou a destruição de várias infraestruturas essenciais, mas felizmente não resultou em vítimas mortais.

De acordo com uma fonte segura que falou em exclusivo à Zumbo FM Notícias, o ataque ocorreu por volta das 17 horas, quando os terroristas incendiaram a casa do chefe do posto, o centro policial e a residência de um chefe de localidade. Após o acto de destruição, o grupo armado retirou-se sem causar vítimas fatais. "No sábado, queimaram a casa do chefe do posto, centro policial, a casa do chefe de uma localidade aí, e depois saíram. Isso aconteceu quando eram 17 horas", relatou a fonte.

A mesma fonte acrescentou que "não mataram ninguém", mas as consequências do ataque são devastadoras para a comunidade local. Muitos habitantes, em pânico, fugiram para a vila sede do distrito, enquanto outros ficaram desabrigados, sem saber para onde ir. "Outras pessoas fugiram para a vila sede e outras estão aí, não têm onde ir", afirmou.

A fonte explicou ainda que, depois dos terroristas terem destruídos às infraestruturas, seguiram em direção a distrito de Macomia.

"Já foram em direção a Macomia", explicou.

O aumento da violência em Cabo Delgado tem sido uma preocupação constante desde que os ataques terroristas começaram a assolar a região em 2017, protagonizados por grupos insurgentes ligados ao extremismo islâmico. Com o passar dos anos, a situação deteriorou-se, resultando em milhares de mortes e deslocações forçadas de civis.

Os ataques de Sábado em Muaguide são apenas mais um exemplo da crescente instabilidade que afecta a província de Cabo Delgado, que continua a ser uma das mais afectadas pela violência terrorista em Moçambique. Os ataques não só destróem infraestruturas críticas, mas também afectam a vida das comunidades, que vivem com o temor constante de novas incursões. (x)

Por: António Bote

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A Cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, viveu uma manhã de tensão nesta quarta-feira, 4 de dezembro de 2024. Protestos inicialmente pacíficos, organizados por apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, transformaram-se em caos após um grave incidente na Avenida 25 de Setembro, próximo à paragem de Adling. Uma viatura da Polícia da República de Moçambique (PRM) atropelou manifestantes, desencadeando revolta popular.

Segundo testemunhas, o veículo da polícia avançou contra a multidão em circunstâncias ainda não esclarecidas, ferindo gravemente várias pessoas. O momento crítico ocorreu quando, em vez de prestar socorro às vítimas, o motorista e os agentes fugiram, abandonando a viatura no local.

António Manuel, uma testemunha que presenciou o fato, descreveu o ocorrido com indignação.

“Vi claramente quando a viatura da polícia avançou sobre os manifestantes. Foi um choque. Eles [os agentes] saíram do carro e fugiram, deixando todos em pânico. Isso revoltou as pessoas, que começaram a quebrar os vidros do carro e a tentar destruí-lo. Nunca imaginei ver algo assim.”

Revoltados, os manifestantes vandalizaram a viatura, quebrando o para-brisa e outras partes do veículo. As vítimas do atropelamento foram imediatamente socorridas por outros manifestantes e levadas às pressas para unidades de saúde. Relatos preliminares indicam que algumas estão em estado grave.
O impacto do incidente foi imediato.

Estabelecimentos comerciais encerraram suas atividades, e várias áreas da cidade ficaram paralisadas. As manifestações, que fazem parte da chamada “quarta fase” de protestos liderados por Venâncio Mondlane, intensificaram o clima de incerteza e tensão em Pemba.

A redação contactou Eugénia Nhamussua, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado, que admitiu ainda não ter informações completas sobre o ocorrido.

“No momento, não temos dados para divulgar. Ainda não recebi o relatório dos colegas que estão no terreno, mas vamos apurar a situação e fornecer mais detalhes em breve.”- Disse a Eugénia Nhamussua, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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A Cidade de Pemba, em Cabo Delgado, foi palco de um protesto nesta sexta-feira, 06 de Dezembro de 2024, quando manifestantes arrastaram pelas ruas a estátua de Alberto Chipande, uma figura histórica da luta pela independência de Moçambique, como um gesto simbólico de descontentamento com os resultados das eleições gerais de 2024.

O protesto, captado por um vídeo amador recebido na redação da Zumbo FM Notícias, mostra a estátua sendo puxada por uma corda amarrada ao "pescoço", enquanto os manifestantes bloqueavam as principais avenidas de Pemba. A ação foi parte das mobilizações organizadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que contesta os resultados eleitorais, acusando o processo de irregularidades e manipulação. O movimento, nomeado "4X4", exige uma revisão dos resultados e questiona a resposta do governo às reivindicações populares, especialmente em relação à situação política e social de Cabo Delgado.

A figura de Chipande, reconhecida pela sua luta durante o período colonial, agora se torna alvo de contestação. A remoção da estátua reflecte o descontentamento com a actual situação política na província, que sofre com uma guerra desde 2017, resultando em milhares de mortos e mais de um milhão de deslocados. Para muitos, a chegada de Filipe Nyusi à presidência, apoiado por figuras como Chipande, não trouxe as melhorias esperadas.

O protesto, que bloqueou as principais ruas da cidade, é um reflexo do crescente descontentamento popular. Os manifestantes exigem mudanças profundas no tratamento da província pelo governo central e no processo eleitoral, e o ato em Pemba é uma clara expressão da oposição ao sistema político actual.

A estátua de Alberto Chipande em Pemba, Cabo Delgado, foi inaugurada em 2019 pelo então Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. A inauguração ocorreu como parte das celebrações do Dia da Vitória, comemorado em 25 de Setembro. Nyusi, acompanhado por outras autoridades locais e figuras políticas, fez a cerimónia para homenagear Chipande, uma figura importante na luta pela independência de Moçambique, especialmente para a região de Cabo Delgado. (x)

Por: António Bote

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Moçambique vive um dos momentos mais tensos e instáveis da sua história recente. Desde as sétimas eleições gerais, realizadas em 09 de Outubro de 2024, o país tem sido palco de uma crescente onda de manifestações em diversas cidades, com particular destaque para Pemba, em Cabo Delgado. Essas manifestações, inicialmente pacíficas, foram ganhando proporções alarmantes, afetando diretamente a vida econômica e social do país. Em 04 de Dezembro de 2024, iniciou-se a quarta fase dos protestos, convocados por Venâncio Mondlane, que tomaram as ruas de Pemba, marcando uma escalada de violência e desordem que surpreendeu tanto a população quanto as autoridades locais.

Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada em Pemba nesta quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024, o Presidente do Conselho Empresarial e Representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Cabo Delgado, Mahamudo Irachi, falou sobre o impacto devastador das manifestações nas atividades econômicas da cidade. Irachi revelou que, embora o início da manhã tenha sido relativamente tranquilo, a situação mudou drasticamente a partir das 10h.

“No princípio, das 06 até 10h, a situação estava calma em Pemba, mas 10h o cenário mudou no sentido muito negativo, porque não é característica desde que iniciaram as manifestações na cidade de Pemba, mas desta vez nos surpreendeu bastante”, explicou.

Mahamudo Irachi, a cidade que já estava a recuperar de diversas crises regionais, viu-se novamente paralisada por barricadas e destruição generalizada. As vias principais da cidade, como a Baixa da Cidade, Emulação Socialista, Alto Gingone e Avenida Alberto Chipande, foram palco de intensos confrontos.

“Houve muitas barricadas ao longo das estradas, isso iniciando na baixa da cidade, na Emulação Socialista, seguindo até alto Gingone e de Avenida Alberto Chipande. Estamos a falar do Gingone até a rua Marginal (Praia do Wimbe), o ambiente aí não foi das melhores", afirmou Irachi, descrevendo um cenário de caos que abalou a cidade e deixou a população em pânico.

As consequências dessas manifestações foram sentidas principalmente no comércio local. O Mercado Mbanguia, uma das principais referências de vendas na cidade, foi severamente afetado, com a destruição das bancas de vendedores informais.

Para zona de Natite, Emulação Socialista, para saída da Estrada que vai até na sede da RENAMO, houve destruição das bancas. Infelizmente, os produtos não estavam nas bancas, mas aquelas bancas que estavam aí ao redor do mercado Mbanguia foram destruídas também, serviram de lenha dos manifestantes”, relatou Irachi. O impacto econômico foi profundo, com o comércio informal e local a sofrer perdas significativas.

Segundo Irachi, a sensação de insegurança foi tão grande que muitos comerciantes preferiram fechar suas lojas.

“Algumas lojas fecharam, outras abriram, em particular na zona de IMAP (Alto Gingone) até na praia do Wimbe. Muitas lojas fecharam naquelas zonas porque temiam mesmo invasão das pessoas, por isso, decidiram deixar às suas lojas e reterem aí por perto a ver o ambiente”, acrescentou. A cidade de Pemba, já fragilizada por vários desafios econômicos, viu-se agora com o seu comércio local em colapso devido à violência das manifestações.

O impacto nos transportes também foi devastador. Irachi descreveu como, durante toda a tarde, a cidade ficou praticamente paralisada, com o transporte público a ser severamente afetado.

“Estamos a ver a situação dos transportes, das 10 até no final da tarde, todas viaturas ficaram paradas, é um prejuízo enorme para os transportadores”, disse. Muitos veículos não conseguiam entrar na cidade, forçando os passageiros a descerem em locais afastados, o que gerou ainda mais transtornos. “Alguns carros só chegavam em Muchara, tinham que baldear as pessoas lá, por temerem a entrada na cidade. São prejuízos”, lamentou Irachi.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Cabo Delgado, está a monitorar atentamente os danos causados pelas manifestações, mas ainda não conseguiu fazer uma avaliação precisa das perdas econômicas.

“Neste momento, nós ainda não começamos a fazer avaliação de quantos meticais está se perder, porque estamos a iniciar neste âmbito de 4X4, então, ainda não estamos em condições de dizer que o gasto foi tanto, ou a perda foi tanto. Mas, ainda continuamos a monitorar a situação, para ver qual será o fim disto”, explicou Irachi, destacando a necessidade urgente de uma solução para evitar que os danos continuem a aumentar.

A CTA, juntamente com outras instituições do setor privado, apelam ao diálogo entre as partes envolvidas nas manifestações, temendo que os protestos se espalhem ainda mais, comprometendo a recuperação econômica e social da região e do país.

“O que nós estamos a apelar, é que as partes conversem para terminar com isso. Se hoje estamos a ver nos distritos onde as pessoas pensavam que não poderiam fazer as manifestações, mas já está a se fazer. Imagine lá amanhã, o que vai acontecer?”, alertou Irachi, deixando claro que a situação é ainda imprevisível e pode se agravar nos próximos dias.

O futuro de Cabo Delgado e de Moçambique como um todo está em jogo, com a esperança de que a situação seja resolvida antes que os danos se tornem irreversíveis para a economia nacional. (x)

Por: António Bote

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Duas pessoas morreram e 19 ficaram feridas, entre as 21 vítimas que deram entrada no hospital HPP, nesta quarta-feira, 4 de dezembro de 2024, durante protestos na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado. As manifestações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio António Bila Mondlane, marcaram o início da chamada “etapa 4x4” das marchas populares contra os resultados das eleições gerais.

O médico-chefe provincial, Edson Fernando, confirmou com exclusividade esta quinta-feira, que 21 feridos deram entrada nos serviços de urgência, todos com lesões causadas por armas de fogo. Desses, dez permanecem internados, e o caso mais grave foi transferido para o Hospital Central de Nampula devido à falta de recursos especializados em Pemba.

“No total das entradas, registramos 21 casos de vítimas de baleamentos, desses registramos dois óbitos. Além dos dois óbitos, temos atualmente dois casos graves, sendo um transferido para Nampula com trauma na região da coluna e outro com traumatismo craniano. Atualmente, há 10 pacientes internados. Sente receberam alta, incluindo três crianças. O total de casos registrados é 21.”- Disse o médico-chefe provincial, Edson Fernando.

A Zumbo FM Notícias apurou que o número de mortes pode ser maior do que o oficialmente relatado, uma vez que nem todas as vítimas procuraram atendimento médico. Relatos indicam que, no bairro Ingonane, duas pessoas teriam perdido a vida, enquanto no bairro de Cariacó há suspeitas de outras mortes.

A mobilização popular em Pemba reflete o descontentamento de parte da população com o processo eleitoral, que declarou Daniel Chapo, do partido Frelimo, vencedor com 73% dos votos. O movimento liderado por Venâncio Mondlane vem ganhando força, mas enfrenta respostas severas das forças de segurança.

Moradores da cidade relataram um forte aparato policial durante as manifestações, com o uso de balas reais para dispersar os manifestantes.

Até o momento, o comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Cabo Delgado não se pronunciou sobre o assunto.

Além das perdas humanas, os protestos afetaram drasticamente o cotidiano da cidade. Escolas, mercados e outros serviços básicos permanecem fechados, enquanto a população teme sair às ruas devido ao clima de insegurança.(x)

Por: Bonifacio Chumuni

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