O distrito de Metuge, situado na Província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, tem sido gravemente afectado pelos conflitos armados que assolam a região desde 2017. O conflito é amplamente atribuído ao grupo insurgente conhecido como Al-Shabaab.
Esses conflitos têm causado impactos significativos na infraestrutura e nos serviços essenciais, como saúde e educação.
Numa entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada nesta segunda-feira, 16 de Setembro de 2024, o Administrador do distrito de Metuge, Selesio Paulo, discutiu os desafios e progressos na promoção da coesão social e na reintegração dos deslocados.
“O desafio neste momento é que o governo é de continuar com apoio aos deslocados, atribuindo algumas zonas para prática de agricultura. Existem também os desafios a partir dos nossos parceiros que nos ajudam, para poder realizar acções que visam a coesão social no seio das comunidades, com algumas formações, quer na carpintaria, eletricidade, corte e costura, culinária, prática de negócios, neste caso de venda de produtos de primeira necessidade”, afirmou Selesio Paulo.
Sobre a situação dos jovens, Selesio Paulo observou que eles estão cada vez mais focados em actividades de autoemprego, dada a dificuldade em encontrar empregos formais.
“Os jovens neste momento, a preocupação número 1, não é ter um emprego que exige eles estar no gabinete. O emprego é aquela atividade que você realiza e dá o seu sustento. Por isso, os jovens estão preocupados neste momento, de conseguir uma atividade desta", explicou o Administrador.
Selesio Paulo garantiu que a segurança no distrito está assegurada.
“As escolas aqui estão a operar normalmente, até para o próximo ano garantimos a sua funcionalidade total porque houve algumas paralisações temporárias mas já estão a funcionar normalmente porque contamos com maior segurança no nosso Distrito. As atividades nunca pararam por causa da falta de segurança”, assegurou.
O dirigente também informou que todas as crianças deslocadas foram reintegradas no sistema de ensino.
“As crianças estão reintegradas nas turmas, onde os deslocados estão reassentados. Existem escolas nesses centros de reassentamento onde os professores correspondem", concluiu Selesio Paulo.
Este panorama reflecte os esforços contínuos para enfrentar os desafios e promover uma integração eficaz das comunidades deslocadas em Cabo Delgado. (x)
Por: António Bote
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Um ataque a um contingente de ruandeses no bairro Nachomele, durante uma patrulha noturna no dia 1 deste mês, levantou sérias preocupações entre os moradores de Mocímboa da Praia, no norte de Cabo Delgado. O incidente gerou alarme e levantou questões sobre como os agressores conseguiram penetrar na área urbana, considerada sob vigilância constante das forças de segurança.
Em entrevista à Zumbo FM Notícias nesta segunda-feira, 16 de setembro de 2024, Momade Momade, residente do bairro Naduadua, expressou seu receio quanto à presença de terroristas nas comunidades.
“Aquilo que aconteceu com os ruandeses mostra que os terroristas estão aqui entre nós. Não é possível que venham das matas para atacar à noite”, disse Momade Momade.
Júlio Feliciano, outro morador, compartilhou a mesma preocupação.
“Estamos a viver com terroristas, e os pais desses insurgentes estão a esconder os seus filhos em casa”, afirmou Júlio Feliciano.
Desde o ataque, medidas restritivas foram impostas, incluindo a limitação do horário de circulação dos mototáxis até as 21 horas. Suhaleh Dade, também residente local, destacou o impacto dessas restrições.
“Essas medidas indicam que estamos num clima de insegurança aqui no distrito e estamos a viver com terroristas.”
O administrador de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, não descartou a possibilidade de terroristas infiltrados nas comunidades, mas reafirmou a confiança no trabalho das forças de segurança.
“Bom, isso é guerra. Custa-me dizer categoricamente que não há terroristas infiltrados, mas eles podem existir. As forças de segurança estão a fazer a sua parte, e a própria população também está a colaborar. Então, tudo é possível”, afirmou Cipriano.
Mocímboa da Praia é um distrito da província de Cabo Delgado, Moçambique, com sede na vila de Mocímboa da Praia. Faz fronteira a norte e nordeste com o distrito de Palma, a noroeste com Nangade, a oeste com Mueda, a sul com Macomia e Muidumbe, e a leste com o Oceano Índico.(x)
Por: Bonifacio Chumuni
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Na vibrante costa de Pemba, um drama visível desenrola-se com uma força destrutiva implacável.
A erosão, uma ameaça silenciosa, está a consumir terras, a desmoronar habitações e a comprometer a infraestrutura vital da cidade. Esta reportagem examina as causas, consequências e respostas envolvidas, trazendo à luz a magnitude de uma crise que demanda ação urgente.
A Zumbo FM Notícias deslocou-se a diversos pontos da Cidade de Pemba, para ouvir e ver de perto o dilema causado pela erosão.
Ruquia Magido, moradora do Bairro Mahate, relata: “Durante a chuva, a cova se deteriora e a água escorre com intensidade. As duas casas da minha mãe foram engolidas pela cova. Vivemos com medo. Sempre que a situação piora, recorremos aos chefes, mas não obtemos respostas. Muitas casas já foram destruídas. Estamos preocupados com essa cova; a água que desce com força está deteriorando ainda mais a cova, indo em direção à praia e causando estragos,” relatou Ruquia Magido, uma mãe de pouco mais de 37 anos, visivelmente angustiada.
Jovem com mais de 25 anos de idade, Jordão António Valério, outra vítima da erosão na mesma área, acrescenta: “Essa cova começou a se formar durante o tempo de Kennety. As empresas Alheia e outra próxima à oficina foram responsáveis pela erosão. Até agora, a situação tem causado danos e perdas nas vizinhanças. Uma pessoa quase morreu tentando atravessar; atualmente, não podemos nem ir conversar com os vizinhos devido à dificuldade de passagem. Não houve nenhuma intervenção do governo local, e estamos pedindo que as autoridades resolvam esse problema.” lamentou
A situação não é crítica apenas no Bairro de Mahate. Nas zonas de Chibuabuar e Embodeiro, localizadas no Bairro de Caríaco, por exemplo, o problema da erosão é igualmente devastador. Hermínia, nome fictício, moradora de Chibuabuar, descreve a situação com preocupação: “Aqui, quando começa a chover, o chão desaba. Várias casas já caíram, e muitas famílias foram forçadas a deixar seus lares. As valas são tão profundas que quase impedem a passagem de um lado ao outro.” Hermínia apelou às autoridades para que tomem medidas urgentes, antes que a erosão se torne incontrolável na região. “Precisamos de soluções concretas e imediatas. Nossas vidas estão em risco,” implora ela.
Já Manuel Abdulai, morador da zona de Embodeiro, relata como as famílias estão a ser diretamente afetadas pela erosão: “Observamos a terra desmoronar diante de nossos olhos. Quando as chuvas são mais intensas, a situação piora. A cada estação, perdemos mais do que apenas casas; estamos perdendo nossa segurança e dignidade.” Abdulai apela ao governo local: “Esperamos que desta vez as autoridades cumpram suas promessas e comecem a resolver o problema antes que toda a comunidade seja engolida.” apelou a vítima.
Engana-se quem pensa que os gritos de socorro ecoam apenas a partir do Bairro Mahate e Caríaco por intermédio da população pacata. A ameaça de erosão não poupa nem mesmo as instituições educacionais. Cacilda Rafael, Diretora da Escola Básica Amizade Moçambique-China, falou à nossa reportagem em fevereiro último e relatou o drama. A liberdade das crianças durante o recreio teve que ser limitada devido ao perigo representado pela cratera causada pela erosão nas imediações da escola.
“O impacto desta cratera é extremamente negativo. Primeiro, impede a circulação das nossas crianças e funcionários e coloca em risco a vida dos nossos alunos, pois temos crianças de 6 anos que ainda não têm discernimento para identificar perigos e tomar precauções. Estamos na época chuvosa e pode começar a chover enquanto as crianças estão na escola e tentam ir para casa. Isso pode resultar em sérios problemas e até em tragédias,” afirmou Cacilda Rafael, Diretora da Escola Básica Amizade Moçambique-China.
Na época, a situação era igualmente grave na Escola Secundária Maria Mazaarelo. Irmã Rosária, Diretora da Escola, disse que o problema já se tornou crítico: “Tentamos minimizar o impacto com sacos de areia, mas a situação ultrapassou nossas capacidades. Comunicamos às estruturas locais e estamos aguardando respostas. Realizamos um estudo e agora estamos à espera para ver se as ações necessárias serão iniciadas,” descreveu.
A cova, localizada no Bairro de Mahate, na zona de Chapa 50, está a menos de 30 metros da EN1 e ameaça bloquear a principal via que da acesso à cidade de Pemba. Por isso contatamos a Administração Nacional de Estradas (ANE) em Cabo Delgado, que reconheceu a gravidade da situação: “É uma situação muito crítica. Estamos à beira de perder a EN1. No momento, não temos uma data definida para a solução, mas o problema será priorizado. Precisamos de recursos e ajustaremos nossos contratos para resolver a questão,” informou uma fonte da ANE.
Diante das dificuldades enfrentadas por algumas escolas, entramos em contato com a Direção Provincial de Educação de Cabo Delgado para investigar a gestão do problema.
Rachide Sualehe, Chefe de Departamento da Direção Pedagógica, Gestão e Garantia de Qualidade da Direção Provincial de Educação, destacou os desafios enfrentados: “O problema é amplamente conhecido, mas a falta de fundos tem dificultado a implementação completa das soluções necessárias. Estamos mobilizando recursos e aguardando a resposta do governo para avançar nas intervenções.”
Entrámos também em contato com o Edil de Pemba, Satar Abdulgani, que reconheceu a gravidade da situação e assegurou que estão sendo realizados esforços para mitigar o problema. "No Chapa 50, o vereador já visitou a área e, no processo de mitigação, não temos capacidade para fornecer uma solução de uma única vez. Estamos agindo de forma gradual; como mencionei, algumas erosões existem há mais de 8, 3, 4 anos e estamos tentando resolvê-las o mais rápido possível ao longo do nosso mandato. Estamos no caminho certo e acredito que em breve conseguiremos resolver todas as erosões," afirmou Abdulgani.
O Edil de Pemba também informou que estão sendo realizados processos para controlar algumas erosões, incluindo a da escola mencionada anteriormente: "Atualmente, estamos realizando processos para estancar algumas erosões. Identificamos cerca de 5 pontos críticos na cidade. Já conseguimos estancar duas erosões, uma entre a escola Maria Mazzarello e Alto Gingone, e outra no bairro de Eduardo Mondlane. Além disso, estamos trabalhando na mitigação da erosão no bairro de Metula. Estamos utilizando mecanismos convencionais e tentando trazer a infraestrutura por cima das áreas afetadas para simplificar e reduzir os custos," acrescentou Satar Abdulgani.
Entretanto, estudiosos revelam que a erosão em Pemba resulta de fatores combinados entre naturais e climáticos. De acordo com Dorival Motereda, Delegado Provincial do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), os fatores climáticos amplificam a erosão na região: “A erosão predominante na área é de origem hídrica, intensificada pelas chuvas. As mudanças climáticas estão a provocar um aumento na intensidade e frequência das chuvas, exacerbando a erosão. Dados históricos mostram uma escalada preocupante na erosão ao longo das últimas décadas.”
Motereda destaca que, além das chuvas intensas, a elevação da temperatura e os ventos extremos contribuem significativamente para o agravamento dos processos erosivos. Urge, portanto, a necessidade de mitigar seus impactos através da adoção de medidas como: “Temos que estar focados na criação de valas de drenagem que respeitem o curso natural das águas. Esta é uma solução essencial para mitigar os danos,” disse.
João Sevene, geólogo, entende que a erosão em Pemba está ligada a fatores como a quantidade de chuva, a topografia acidentada e o tipo de solo: “Os principais fatores da erosão em Pemba incluem a quantidade e intensidade da chuva, a topografia acidentada e o tipo de solo. Solos arenosos e argilosos são particularmente vulneráveis, e a topografia inclinada concentra a água em pontos específicos, aumentando o risco de erosão,” alertou o geólogo João Sevene.
Sevene recomenda: “Planejar o uso do solo e a urbanização de forma adequada, entendendo as bacias hidrográficas e criando mecanismos para facilitar a passagem da água; construir longe de áreas propensas à erosão, evitando a construção em locais que possam bloquear os caminhos naturais da água; e utilizar espécies vegetais resistentes à salinidade, como algas e mangues, para proteger a costa e reduzir o impacto das águas. Estudos geológicos são sempre necessários.”
Em resposta a uma questão sobre erosão costeira, Sevene afirma: “A erosão costeira também pode ser abordada por meio da proteção das edificações costeiras e a redução da intrusão salina, que pode ser mitigada com práticas de gestão da água.”
A Zumbo FM Notícias ouviu em exclusivo o ativista ambiental, docente universitário e membro de Santo Egídio em Cabo Delgado, Claife Jermias, que destacou construções desordenadas e desmatamento como fatores significativos que impulsionam a erosão em Pemba: “A construção desordenada e o desmatamento são fatores significativos na erosão.”
Claife Jermias recomenda a implementação de sistemas de drenagem adequados e a promoção da arborização urbana: “Recomendamos a implementação de sistemas de drenagem adequados e a promoção da arborização urbana. Barreiras de concreto podem ser úteis, mas devem ser empregadas com cautela para evitar impactos ambientais negativos.”
Jermias enfatiza a importância da integração de soluções práticas e ecológicas: “A proteção das áreas costeiras deve incluir vegetação adequada para estabilizar o solo, enquanto o plantio de árvores e a criação de áreas de drenagem são essenciais para a zona continental.”
À Zumbo FM Notícias, Oryza da Graça, também ambientalista e docente universitária, acrescenta que a erosão em Pemba pode ter várias origens, destacando causas antropogênicas como o uso inadequado do solo para a agricultura, remoção de solo e construções impróprias, além de fatores naturais: “A degradação dos solos pode ter várias origens, destacando-se as causas antropogênicas, como o uso inadequado do solo para a agricultura, a remoção de solo e construções impróprias. Fatores naturais, como chuvas e ventos, também contribuem, mas em Pemba, a perda das camadas superficiais é principalmente atribuída às ações humanas e às características do solo.”
Para enfrentar a erosão, segundo Oryza da Graça, é crucial: “Educar e sensibilizar a população sobre a erosão e suas causas, fornecendo informações claras e acessíveis; promover o plantio de espécies vegetais que ajudam a controlar a erosão, como vegetação adequada para estabilizar o solo; e proibir construções em áreas inadequadas para evitar a erosão e respeitar o fluxo natural da água.”
Em fim, a erosão em Pemba é um desafio complexo, resultado de uma combinação de fatores naturais e humanos. A crise exige uma resposta abrangente que envolva autoridades, especialistas e a comunidade. A implementação de estratégias baseadas em pesquisa, a mobilização de recursos e a educação ambiental são fundamentais para mitigar os efeitos da erosão e garantir a resiliência da cidade.
Recorde-se que, em 2023, o Município e parceiros anunciaram um investimento de cerca de 589.000 USD (equivalente a 37.254.224,08 Meticais) para a construção de valas de drenagem em Pemba. O antigo Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Floret Simba Mutarua, declarou: “Nosso objetivo é estancar o problema da erosão acentuada com este projeto, apoiado e financiado pelo WFP e outras organizações. Também vamos acelerar a construção de valas de drenagem e promover a arborização.”
A implementação de medidas práticas e uma coordenação eficaz são essenciais para restaurar a segurança e integridade de Pemba, assegurando que a cidade possa enfrentar e superar os desafios impostos pela erosão. (x)
Por: Rafael Cocorico
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Em meio aos ataques esporádicos de terrorista que continuam a semear o terror em distritos estratégicos de Cabo Delgado, como Mocímboa da Praia, Macomia, Quissanga e Muidumbe, o vogal da Comissão Nacional de Eleições (CNE) em Cabo Delgado, José Sabe, garantiu que as eleições gerais, marcadas para 9 de outubro de 2024, acontecerão em todas as regiões, incluindo aquelas mais afetadas pelo extremismo violento.
Durante uma conferência de imprensa realizada neste sábado, 14 de setembro, na cidade de Pemba, José Sabe foi enfático.
“Sim, há condições. Ainda não fomos notificados de nenhuma impossibilidade para a realização das eleições nas zonas de conflito. Portanto, vamos realizar eleições gerais em todos os distritos de Cabo Delgado no dia 9 de outubro. Os preparativos estão a decorrer da melhor forma, o que nos dá a certeza de que o processo seguirá conforme planeado.”- disse o o vogal da Comissão Nacional de Eleições (CNE) em Cabo Delgado, José Sabe.
Além de reafirmar a confiança no processo eleitoral, Sabe também destacou os esforços em andamento para garantir que o processo seja seguro e transparente.
“Os nossos técnicos estão a ser capacitados em matérias ligadas à legislação eleitoral na província de Cabo Delgado. Trata-se de uma formação que visa dotar os participantes de ferramentas legais capazes de prevenir conflitos, e essa capacitação será replicada em todos os distritos da província”, acrescentou. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, através da sua Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT), investigou recentemente a ligação de dois terroristas de Cabo Delgado ao sistema bancário português, conforme noticiado pelo Jornal Expresso. Os suspeitos, envolvidos em atividades de terrorismo no norte de Moçambique, utilizaram contas em bancos portugueses para movimentar capitais, facilitando o financiamento de ações terroristas na região.
Segundo fontes policiais consultadas pelo Expresso, os indivíduos conseguiram movimentar valores através de instituições financeiras portuguesas, direcionando os recursos para apoiar atividades relacionadas ao terrorismo em Cabo Delgado desde 2017.
A investigação da PJ menciona uma rede internacional de apoio financeiro, apontando o uso de sistemas bancários europeus para sustentar essas atividades.
A descoberta destaca a cooperação entre as autoridades moçambicanas e portuguesas no combate ao financiamento ilícito. A ligação entre Cabo Delgado e Portugal sublinha a necessidade de vigilância e estratégias conjuntas para impedir a utilização de sistemas bancários por redes ilegais. (x)
Por: Rafael Cocorico
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O Governador da Província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, anunciou um cenário de "razoável estabilidade" na região, em uma entrevista após a XII Sessão Ordinária do Conselho Executivo Provincial, realizada hoje, 17 de Setembro de 2024.
O Governador revelou que a atual situação de segurança permitiu a realização de uma campanha eleitoral sem grandes perturbações, algo impensável em períodos anteriores. “Atualmente, a situação de segurança na nossa província está razoavelmente estável,” afirmou. Ele explicou que, após um período de instabilidade, foi possível visitar todos os distritos da província e até mesmo locais antes inacessíveis, como as ilhas de Kiwise, Menfunfu, Quirimba, Matemo e a sede de Ibo.
Durante essas visitas segundo o Governador, observou-se um ambiente de renovada esperança. “O ambiente que encontramos é de muita esperança e muita expectativa,” comentou o Governador Valige Tauabo. Ressaltou, por outro lado, que a presença do governo tem contribuído para uma percepção mais positiva da segurança local. “Com a nossa presença lá, a população também se referiu ao fato de que agora já estamos sentindo o ar estável, e é esse ar que queremos que continue.” disse o Governador Valige Tauabo.
Apesar dos avanços, o Governador enfatizou que a estabilidade ainda precisa ser consolidada. “O que precisamos mais é que a estabilidade seja consolidada, e quem pode consolidar somos todos nós,” destacou. O governante chamou a atenção para a necessidade de vigilância contínua e para a denúncia de comportamentos desviantes, para garantir que a tranquilidade não seja temporária.
Um aspecto crucial abordado foi o retorno gradual dos membros do governo e dos funcionários às áreas afetadas, com destaque para a administração do Distrito de Quissanga, que está a funcionar temporariamente na sede do Distrito de Pemba. Segundo o Governador Valige Tauabo, este processo é fundamental para restaurar serviços e apoio às comunidades. “Temos alguns membros do governo que são essenciais e não podem abandonar as zonas no seu todo em termos de segurança,” explicou o Governador. “A população, ao retornar às suas aldeias, já pede que os funcionários que serviam as comunidades possam regressar.”
Ele também ressaltou a necessidade de criar condições adequadas para que esses funcionários possam operar efetivamente. “É importante que eles tenham suas residências e condições básicas para que o ambiente se torne sadio,” acrescentou.
Com um olhar para o futuro, o Governador concluiu com um apelo à população e aos investidores para que continuem apoiando a província. “Estamos encorajando a população e os investidores a apoiar a recuperação da província e contribuir para a reconstrução e desenvolvimento de Cabo Delgado,” disse o Governador Valige Tauabo.
A província, embora ainda enfrentando desafios, está dando passos significativos em direção à estabilidade e ao desenvolvimento, o que é crucial para garantir uma recuperação duradoura.
Por: Rafael Cocorico
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O Governador da Província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, reiterou hoje, 17 de setembro de 2024, que a ocupação de Mucojo, no distrito de Macomia, pela população ainda não é recomendada, apesar dos avanços no processo de estabilização da área. Em uma entrevista realizada após a XII Sessão Ordinária do Conselho Executivo Provincial, o Governador explicou que, embora a situação em Mucojo esteja melhorando, é fundamental que o retorno dos residentes seja feito de forma gradual e segura.
“Na zona de Mucojo, neste momento, não aconselhamos que a população se faça presente, porque ainda está sendo criado um bom ambiente através das nossas forças de defesa e segurança e das ações conjuntas de Ruanda e da força local,” afirmou Tauabo. Ele destacou que o processo de estabilização inclui uma limpeza geral para garantir que não haja engenhos explosivos escondidos que possam representar um risco para os civis.
“Primeiro, é necessário fazer uma limpeza geral,” explicou o Governador, sublinhando que a segurança da população é a prioridade. Enquanto o trabalho de limpeza e estabilização continua, o Governador assegurou que a situação está se desenvolvendo positivamente. “Nos próximos momentos, não muito distantes, nossa população começará a retornar para Mucojo, Pambane, Quiterrajo e todas aquelas zonas aldeãs, mesmo lá em Marrere e outros locais,” garantiu Valige Tauabo.
Mucojo, uma das principais e importantes vilas do distrito de Macomia, foi anteriormente ocupado por insurgentes, sendo considerado um dos principais centros de actividades terroristas na região. Localizado no centro da Província de Cabo Delgado, Macomia está a aproximadamente 205 km da cidade capital provincial, Pemba.
Por: Rafael Cocorico
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O Hospital Provincial de Pemba (HPP), a principal unidade de saúde de Cabo Delgado, relatou um aumento preocupante no número de acidentes de viação. Desde o dia 6 de setembro até o presente momento, a instituição atendeu 33 pacientes vítimas de acidentes rodoviários, resultando em um óbito de um menor de 11 anos.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 13 de Setembro de 2024, pelo Diretor de Serviços de Urgências do HPP, Quico Gama Alberto, em entrevista à Zumbo FM Noticias.
“Desde o dia seis até hoje, recebemos 33 pacientes vítimas de acidentes de viação, dos quais um menor de 11 anos faleceu no local do acidente. Dos 33 pacientes, 20 foram encaminhados para a sala de observação, 11 foram internados na enfermaria de ortopedia e 3 na enfermaria de cirurgia. Todos os pacientes internados estão estáveis, apresentando fraturas diversas e algumas feridas”, relatou o Diretor de Serviços de Urgências do HPP, Quico Gama Alberto.
O director destacou que, as principais causas dos acidentes incluem o desrespeito às normas de trânsito, a falta de uso de capacete e a negligência com as regras de segurança para pedestres.
“A maior parte dos acidentes envolve colisões entre motociclistas e veículos, com menos casos envolvendo pedestres”, explicou o Diretor de Serviços de Urgências do HPP, Quico Gama Alberto.
A crescente incidência de acidentes de viação está gerando preocupações entre as autoridades de saúde, que ressaltam a necessidade urgente de maior vigilância e cumprimento das normas de trânsito para melhorar a segurança nas vias da Cidade de Pemba.(x)
Por: Nazma Mahando
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Entre janeiro e agosto de 2024, a província de Cabo Delgado registou mais de 1100 casos de desmaios inexplicáveis entre raparigas, especialmente em escolas. A situação gerou grande preocupação entre as autoridades de saúde e as comunidades locais, que buscam respostas urgentes.
Os dados foram divulgados recentemente durante a conferência provincial das lideranças religiosas da Província de Cabo Delgado, pela psicóloga Baina Armando, da Direção Provincial de Saúde.
A psicóloga Baina Armando descreveu a situação como grave e apontou as possíveis causas dos desmaios, destacando que o Instituto Nacional de Saúde está conduzindo uma investigação aprofundada. Ela relatou que, embora 250 das raparigas tenham sido levadas a unidades de saúde, apenas 10 pais responderam ao pedido para comparecer.
“Estamos realizando exames detalhados para compreender a origem desses desmaios em massa. Ainda não podemos confirmar se é um problema de saúde pública ou se condições ambientais estão envolvidas. Atualmente, o Instituto Nacional de Saúde está a conduzir uma investigação profunda para identificar as causas destes incidentes e encontrar uma solução,” afirmou a psicóloga Baina Armando.
Ela acrescentou que, de acordo com os relatos das raparigas afetadas, as crises parecem estar ligadas ao estado emocional de cada uma.
“Trabalhamos em quatro escolas e com os pais destas meninas. É crucial envolver os cuidadores para entender profundamente o problema. Muitas vezes, estas jovens enfrentam pressões emocionais que, sem a capacidade de resiliência, resultam em desmaios,”explicou a psicóloga Baina Armando.
O Secretário de Estado da Província de Cabo Delgado, António Njhe Supeia, também se pronunciou sobre o assunto, pedindo o envolvimento da comunidade na resolução do problema.
“A população está a pedir para que o Governo resolva, mas o que temos dito é que este é um problema social que todos devemos enfrentar juntos. Os pais devem participar na solução. Este é um assunto que devemos continuar a debater. Felizmente, já temos especialistas a tratar do problema, e estamos a ouvir também a perspetiva dos líderes religiosos, que estão a realizar orações,” afirmou o Secretário de Estado da Província de Cabo Delgado, António Njhe Supeia.
Entretanto, a Zumbo FM Notícias conversou com algumas das jovens afetadas pelos desmaios. Amélia Chitunda, de 15 anos, descreveu sua experiência como aterrorizante.
“Foi como se eu não conseguisse respirar, e tudo ficou escuro. Quando acordei, estava cercada por colegas e professores, todos preocupados,” desabafou Amélia Chitunda.
Lurdes Mário, de 14 anos, contou uma experiência semelhante. “Meu corpo parecia ter parado de funcionar. Tentei pedir ajuda, mas não consegui falar. Desde então, sinto-me extremamente fraca e assustada,”explicou Lurdes Mário.
Marta Zangue, de 16 anos, partilhou como os desmaios mudaram sua vida. “Antes, eu participava de todas as atividades escolares, mas agora tenho medo de me cansar. Este problema transformou completamente minha rotina,” relatou Marta Zangue.
Líderes religiosos da Província também começaram a mobilizar-se, oferecendo apoio espiritual às famílias afetadas. O pastor Cardoso Sair comentou.
“Estamos mal com o fenômeno. Realizamos orações coletivas, buscando proteção e orientação para nossas crianças. É um momento de grande angústia, e as famílias estão recorrendo à fé.”
O Sheik Celestino Bachir também se pronunciou, pedindo união e oração.
“Pedimos a todos que se unam em oração e mantenham a fé. Exigimos que as autoridades realizem uma investigação profunda para encontrar uma solução rápida e aliviar o sofrimento destas jovens e suas famílias,” declarou o Sheik Celestino Bachir.
A nossa equipa de reportagem também conversou com os pais e encarregados de educação. Joana Ngoma, mãe de uma das meninas afetadas, expressou o medo e a incerteza que as famílias estão enfrentando.
“Estamos aterrorizados. Não sabemos o que está causando esses desmaios. Minha filha sempre foi saudável, mas agora vive ansiosa e temerosa. Pedimos que as autoridades ajam rapidamente,”relatou Joana Ngoma.
Germano Makunhade, outro encarregado, partilhou suas preocupações. “Esse problema já atingiu outro nível. Tenho que sair todos os dias para levar minha filha à escola, e isso está gerando custos extras. Este problema está a ser demais,” lamentou Germano Makunhade.
Júlio Keet, também afetado, apelou ao governo da para a resolução do problema.“O que pedimos ao governo provincial e central é que resolvam esta situação. Estamos cansados. As meninas não estão a estudar por causa disto. Pedimos socorro e, por vezes, recorremos à igreja para ver se conseguimos minimizar esta situação. Tem sido a melhor opção,”desabafou Júlio Keet.(x)
Por Bonifácio Chumuni
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O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi afirmou que a distribuição da riqueza gerada pela exploração de recursos naturais no país tem trazido benefícios significativos para a população moçambicana. Em uma declaração feita nesta sexta-feira, 13 de setembro de 2024, durante a entrega de casas às famílias afetadas pelo projecto de gás e energia de Temane, no Distrito de inhassoro, Provincia de Inhambane, conduzido pela empresa sul-africana Sasol, o chefe de Estado abordou as críticas e discussões sobre como os recursos são alocados e detalhou as várias formas de distribuição implementadas pelo Governo.
“Em vez de simplesmente distribuir dinheiro diretamente às famílias, o Governo tem adotado uma abordagem mais abrangente,” afirmou o Presidente.
O Chefe do estado, citou exemplos concretos dos benefícios dessa abordagem, como o aumento do acesso à energia elétrica e à água potável em áreas antes desprovidas desses recursos essenciais.
“Essas melhorias têm proporcionado melhores condições de vida, permitindo que muitas residências agora desfrutem de serviços como televisão via satélite,” destacou Filipe Nyusi.
Além das melhorias diretas nas condições de vida, o Presidente sublinhou o investimento em infraestrutura e serviços públicos como parte fundamental da estratégia de distribuição de riqueza.
“Os impostos gerados pelos projectos de exploração de recursos são utilizados para construir e manter estradas, escolas e hospitais. Esses investimentos não só beneficiam as áreas diretamente impactadas pelos projetos, mas também ajudam a melhorar a qualidade de vida em outras regiões do país,” explicou.
O Presidente reconheceu que, embora haja espaço para melhorias na forma como os recursos são distribuídos, os esforços atuais têm contribuído para um avanço geral na qualidade de vida dos moçambicanos.
“As escolas melhoradas, as melhores condições para professores e o desenvolvimento de hospitais são exemplos de como os recursos estão sendo utilizados para promover o bem-estar da população,” afirmou.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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